"O silêncio não comete erros."
• 20:00 PM •
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Notar o pavor nos olhos da mia Bella foi como se o chão fosse arrancado dos meus pés. No início não compreendia certos comportamentos e cheguei a reclamar com ela, mas hoje fiquei triste ao constatar à forma como tudo é novo demais para uma mulher com vinte anos. Cheguei à conclusão que viveu em cárcere privado por todo esse tempo em que ficamos separados.
Após nos dividirmos adentramos na loja e na mesma observo uma Alessa madura e extraordinariamente firme em suas escolhas. Pediu tintas com os tons necessários e não era por nome e sim numerações, algumas com uma sequência muito grande e fiquei pensando como grava tão bem esses códigos na mente. Com certeza é o talento que possui!
Caminhamos pela loja e pediu algumas avulsas dizendo ser para retoques. Cores rosas, vermelho, amarelo e azul foram compradas.
— Nossa, são tão pequenas como conseguirá pintar aquela tela gigante com essas latinhas? — Questionei segurando várias no tamanho menor que ia colocando em minhas mãos.
— São para finalizar e dar luminosidade onde precisa, trabalharei o verde-escuro para o claro na base da tela e em cima farei um lindo céu de fim de tarde. Essas cores me darão o céu alaranjado com nuvens rosadas no alto do monte de videiras. — esclareceu sem se dar o trabalho de me olhar — O azul junto ao coral escurecerá com o cair da noite perfeito de Turim na parte superior da tela.
— Obrigado por me explicar. — ainda estava agradecendo quando ganhei um puxão na gravata grudando minha boca com a dela em um beijo supostamente roubado — Mais um?!
Pediu outro e logo nossos lábios estavam juntos novamente, me fazendo sorri.
— Preciso de broxa e pincéis maiores. — Rapidamente me largou indo atrás dos pedidos e me senti sozinho cheio de latinhas nas mãos.
— Deixe-me te ajudar, chefe. — Giovane pegou algumas e seguimos para o balcão.
— É para entrega senhor Maceratta? — O atendente questionou.
— NÃO, VAMOS LEVAR! — tomei um susto com o grito que deu ainda distante e logo vi seu rosto animado com vários pincéis nas mãos — ... Pronto, por hora essas serão o suficiente, levaremos agora moço, obrigada.
Tudo esclarecido começou a contabilizar e durante o grande processo nos redirecionou a um café na loja, entreguei meu cartão ao Andrea para finalizar a compra.
— O que me diz de jantarmos por aqui? Ou se preferir podemos ir ao Blanca Carni Pregiate. — Dei-lhe o direito de escolha visto que pela hora Emilia não conseguiria preparar o jantar.
— Então devemos ir ao Blanca quero conhecer o restaurante que possui o nome da sua mãe. — Admirei curioso já que nunca mencionei o nome da mesma — Emilia me disse que se chama Blanca.
— Então ligo reservando nossa mesa e dispensar os seguranças ficaremos somente nós quatro. — Consentiu bebendo seu café.
— Gostei dessa loja, aqui tem tudo que preciso, olha aquela tela redonda ali... — apontou para trás de mim e virei para observar — linda.
— Deseja levar? — negou com a cabeça — Se quiser pode pedir mio amore.
— Não, pretendo me dedicar somente ao vinhedo... terá toda minha atenção por vários dias. — meu sorriso ficou imenso — Já falei que fica lindo sorrindo?
— Já, obrigado pelo elogio mia Bella. — Beijei suas mãos e voltei a beber meu café.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ
O livro esta incompleto, para na metade....
Estou amando o livro! História muito engraçada, envolvente, cheia de mistérios e reviravoltas. Parabéns e estou ansiando pelos demais capítulos...