O Pai Bilionário do Meu Filho romance Capítulo 212

O olhar de Hugh escureceu, embora sua voz permanecesse calma. “Traição não existe. Estou apenas fazendo o que quero.”

Jessica piscou, ainda mais confusa. Será que ele estava tentando ajudá-la?

“Por que está me ajudando?”, perguntou com cautela.

A luz fraca dificultava ler sua expressão. O silêncio dele fez um arrepio subir pela sua espinha.

Então, sem aviso, ele se aproximou. Instintivamente, ela recuou. “Não ajudo de graça”, disse ele. “Tenho condições.”

Ela estreitou os olhos. Claro que não seria tão simples. “Que condições?”

O olhar dele era intenso, a voz baixa e inquietante. “Quero você de volta. Quero que a gente volte a ficar juntos.”

Jessica ficou pasma. Era a última coisa que esperava ouvir.

“Isto é um absurdo”, disse.

“Você só pode estar brincando”, disse incrédula. “Você e eu, de novo? Ridículo!” Jessica desconfiava que ele estava armando algo.

De repente, ele agarrou seu pulso, firme. “Não estou brincando. Você já está divorciada. Por que não nos damos uma nova chance?”

Havia algo descontrolado nos olhos dele algo selvagem, como se ele tivesse perdido a razão.

Jessica tentou se soltar, alarmada com a intensidade repentina, mas ele não soltava.

“E a Rhea? Também vai se divorciar dela?”, ela perguntou. “Quer que eu acredite nisso?”

“Se você disser sim, amanhã mesmo entrarei com o divórcio”, disse ele sem hesitar.

Ela o encarou como se ele tivesse crescido duas cabeças. Era loucura. Não havia outra explicação.

“Ah, por favor”, zombou. “Você acha que ela deixaria você sair assim tão fácil? Eu conheço a Rhea. Ela morreria antes de assinar esses papéis.”

“Esse é o meu problema, não seu”, disse Hugh, dando um passo ainda mais perto. “Só responda você vai me aceitar de volta?”

O coração de Jessica disparou. O que ele queria não era só reacender uma antiga paixão. Havia algo mais sombrio por trás.

Aproveitando um momento de distração, ela puxou o braço livre e deu vários passos para trás. “Nem pense nisso.”

A expressão dele se transformou em raiva. “Não seja tola. Você teve um filho e está divorciada. Quem mais te aceitaria além de mim?”

Jessica o enfrentou. “Obrigada pela gentileza, mas mesmo que todos os homens da Terra desaparecessem, eu ainda não voltaria com você”, disse, com frieza e firmeza. Por que ele teria o direito de me largar quando quisesse e depois voltar como se nada tivesse acontecido?

“Tem certeza que não quer reconsiderar?”, disse Hugh, suavizando o tom de uma forma que a enjoava. “Diga sim e eu te dou acesso aos planos de design da Vertex. Não quer ganhar?”

Ela congelou. Será que ele planejava desafiar Charles pelo controle da Vertex?

Pelo que sabia, Hugh nunca mostrara interesse no negócio da família, muito menos competiria com o próprio tio. O que tinha mudado?

Jane já tinha sido expulsa da família Hensley, e diziam que tinha enlouquecido. Jessica não acreditava que Hugh não guardasse rancor por ela ter exposto a verdade uma verdade que fez a mãe dele perder a razão.

“Comigo por perto, ela não vai ousar te machucar”, disse Hugh suavemente. A voz dele era surpreendentemente gentil, mas para Jessica soava arrepiante.

Quando ele se inclinou novamente, ela aproveitou o momento se libertou do aperto e saiu correndo, como se a vida dela dependesse disso.

E talvez dependesse. Algo em Hugh já não estava certo. Quem sabia o que ele faria se perdesse completamente o controle?

“Jessica! Volte aqui!”, a voz furiosa de Hugh gritou atrás dela. Ele não ia deixá-la ir.

O pânico apertou seu peito enquanto ela corria, o coração batendo descompassado como um tambor.

Dr*ga! Por que ele não para de me perseguir?

Ela não prestava atenção para onde ia até que esbarrou em algo sólido. Uma parede humana. Primeiro sentiu o cheiro familiar. Então olhou para cima e encontrou os olhos escuros e indecifráveis de Charles.

O rosto dele estava impassível, frio como gelo, e aqueles olhos penetrantes a observavam sem um sinal de calor. Mas, de alguma forma, naquele momento, ela se sentiu mais segura do que em toda a noite.

“Do que você está fugindo?”, Charles perguntou, franzindo ligeiramente as sobrancelhas enquanto olhava para ela.

Eles estavam sob um poste de luz. Sob o brilho, o rosto dela estava corado, a respiração um pouco ofegante. Ele de repente se lembrou momentos atrás, ao passar pelos arbustos próximos, ele tinha ouvido algo íntimo. Um homem e uma mulher. Agora, ele começava a juntar as peças.