POV DARIUS.
Não acredito que esse infeliz veio até aqui, atrás de Alice. Que audácia. No instante em que rosnei, o tal Luís deu um grito exagerado; eu podia ouvir seu coração disparado. Alice olhou para ele, surpresa com sua reação exagerada, e percebi que ela estava tentando entender o que se passava.
— Alice, ele… ele vai atacar! Sai de perto dele! — balbuciou Luís, tremendo.
— Que macho covarde — comentei mentalmente, revirando os olhos. Baltazar, por sua vez, já estava furioso.
— E morto! Como ele ousa invadir meu território? Esse sujeito quer morrer, vindo aqui após deixar seu cheiro na minha companheira? — rosnou ele, claramente irritado. Luís continuava de olhos arregalados, paralisado, encarando-me como se eu fosse um monstro saído de seus piores pesadelos.
— Meu Deus, Alice! Afaste-se dessa… dessa fera! Ele vai nos atacar! — gritou Luís, a voz trêmula, recuando um passo enquanto agarrava o braço de Alice.
Não gostei nada dele tocando na minha companheira. Só planejo atacar você, seu idiota. Nunca machucaria minha companheira, pensei, rosnando de novo, agora mais forte, só para deixá-lo ainda mais apavorado.
— Luís, calma! — pediu Alice, tentando soltar o braço das mãos trêmulas dele. — Ele só está assustado. Está tudo bem… ele não te conhece. É normal reagir assim a desconhecidos, principalmente quando… está vulnerável — sua voz hesitou, e percebi que ela estava nervosa.
— Quem disse que estamos assustados e vulneráveis? — zombou Baltazar. — Estamos é com raiva desse macho invadindo nosso espaço! Ele não tem o direito de estar aqui! — Enquanto ele falava, meus pelos se arrepiaram e meus dentes se exibiram ainda mais. Eu estava pronto para saltar em cima de Luís. Com um suspiro, Alice se virou para ele novamente, tentando soar mais firme.
— Luís, acho melhor você ir para casa. Eu… cuido do lobinho. Ele não vai fazer nada comigo — insistiu, o que fez meu peito se inflar de orgulho, embora o olhar preocupado que ela lançou para Luís me incomodasse. Ela estava preocupada com aquele idiota.
— Alice, você está louca? Esse animal é perigoso! Não quero… — ele começou, mas Alice o interrompeu, mais firme desta vez.
— Luís, eu sei o que estou fazendo. Vai embora. Amanhã a gente conversa, tá bom? — Ela tentava soar tranquila, mas eu podia ouvir a batida acelerada de seu coração.
— Que história é essa de se verem amanhã? Não a quero perto dele. — Rosnou Baltazar, irritado. Eu não o respondi, estava observando aquele infeliz.
Ele hesitou, observando-a com uma expressão confusa e cheia de desconfiança, mas, finalmente, deu um último olhar alarmado para Alice e saiu do celeiro, resmungando algo sobre “não entender o que se passa na cabeça de Alice, para ficar perto de um lobo selvagem e tratá-lo como de estimação”.

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