POV DARIUS.
Minha mão afrouxou, mas meu olhar permaneceu frio e cruel. Eu sabia que Josué não havia revelado tudo, ele ainda escondia informações, e o lobo dentro dele rosnava e se contorcia, submisso à dominância de Baltazar.
— Você traiu seu rei, sua espécie e a própria honra, e sua alcateia que jurou proteger. Se deseja misericórdia, será em troca de tudo que você sabe e tenta esconder. Poupe-me o tempo e seu suor e me revele logo tudo. — Falei. Mas mesmo que me revele tudo, isso ainda não será suficiente para perdoar sua fraqueza e covardia. Dei a ele um último olhar de desprezo.
Soltei-o, permitindo que ele caísse na pedra fria, humilhado e vencido. Ele arfava, sua expressão era uma mistura de pavor e alívio, como se tivesse escapado de algo muito pior. Mas eu estava longe de terminar.
— Você acha que acabou, Josué? Você ousa pensar que pode sair daqui só com uma confissão? — Minha voz era contida e fria, preenchendo cada centímetro da sala sombria. — Me diga todos os nomes. Quem, no conselho, está envolvido? Quem são os traidores? Quero cada detalhe, cada fôlego, cada sussurro dessa conspiração. — Ordenei que me contasse.
Josué respirou fundo, tentando organizar seus pensamentos enquanto seu corpo tremia. Sabia que estava entregue, mas minha voz o impelia a falar, a confessar todos os segredos.
— Os conselheiros… Alden e Kira… — confessou Josué, tentando evitar meu olhar cortante. — E na alcateia Lua de sangue… Alfa Estêvão. Entre as bruxas, Agnes é a traidora. Conde Klaus dos vampiros e é tudo. Não existem mais ninguém. — Disse tremendo de dor. Agora eu acreditava que havia revelado tudo que sabia.
Ouvi os nomes em silêncio, gravando-os em minha mente. Cada um daqueles traidores pagaria com a vida, mas eu queria saber mais, entender a profundidade daquela traição. Eu sabia que Estevão e Klaus me odiavam, não era segredo a nossa rixa. Mas o que leva um lobo se unir à escória vampírica?
— Darius, — Baltazar chamou em minha mente, sua voz carregada de ódio puro. — Vamos esmagá-los. Não podemos permitir que esses ratos conspirem contra nós, rei alfa supremo. — Falou rosnando.
— Teremos nossa vingança, Baltazar. Mas primeiro, vamos nos divertir um pouco mais com nosso traidor aqui, o amedrontando, — respondi, sentindo uma sombra de prazer sádico passar pelo meu olhar. Abaixei-me, encarando Josué de perto, deixando que ele sentisse toda a intensidade do meu poder.
Ri de forma baixa e cruel, fixando meus olhos em Josué, como um predador avaliando a última resistência de sua presa. Ele se encolheu, ciente do que estava por vir, mas tentou apelar pela própria vida.
— Eu… meu rei… contei tudo… se me der uma chance, posso ser… posso ser leal novamente, posso… servir como espião, posso ser útil. — Implorou Josué. Soltei uma risada fria, cheia de desprezo.

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