O Sheikh e Eu(Completo) romance Capítulo 8

Resumo de Capítulo 8: O Sheikh e Eu(Completo)

Resumo de Capítulo 8 – Uma virada em O Sheikh e Eu(Completo) de Diana

Capítulo 8 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O Sheikh e Eu(Completo), escrito por Diana. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Acordei no outro dia somente porque meu celular estava tocando estridentemente alto, de uma maneira tão ruim, com uma música tão chata – eu só podia me odiar para fazer isso comigo mesma – que a única coisa que consegui fazer foi atender sonolenta:

– Ai meu Deus, aí não está de madrugada, não é mesmo querida? – Perguntou minha mãe com medo de ter me acordado de madrugada do outro lado do país. Ri enquanto tentava me levantar, me espreguiçando e ouvindo os ossos estalarem. Estava, provavelmente, com a cara amassada. Meus olhos ardiam diante dos raios solares que batiam em minha retina, me cegando por alguns segundos.

Onde eu estava? Ainda me sentia um pouco grogue, tentando me lembrar de alguma coisa muito importante, ou, pelo menos, que horas eram.

– Acho que não mãe. – Disse enquanto balançava a cabeça. Meus cachos deviam estar uma bagunça por todo o lado da minha cabeça e certamente eu não estava com a coluna nas melhores condições com aquela dor mínima no pescoço em virtude de ter dormido de qualquer jeito em meio a todas aquelas pilhas. Onde eu estava afinal?

Meu cérebro estava funcionando lentamente naquela manhã. Talvez porque eu não tinha dormido numa cama, como deveria ter feito. Não me lembrava nem que dia que era. Por incrível que pareça.

– Aí que bom, querida. Como está tudo aí? – Ela perguntou curiosa. Havia algum misto de saudade, mas também de curiosidade na voz da minha mãe.

– Eu estou bem. Na verdade, preciso saber que horas são, porque não tenho certeza se estou atrasada para meu trabalho. – Confessei enquanto tirava o celular do ouvido olhando que horas eram e, óbvio, que dia era. Quarta-feira. Oito e quinze da manhã. Certo. Sei que estava atrasada. Demais. Preocupar-me-ia em trocar de roupa em outro momento. Por ora, precisava correr.

– E, para variar, estou atrasada. Te ligo quando estiver mais tranquilo mãe. Beijos. Te amo. – E não esperei que ela continuasse falando, desligando na cara dela e usando meu maravilhoso corpo de corredora para correr.

Consegui chegar na sala a tempo. Ainda consegui prender o meu cabelo de novo num rabo de cavalo e olhar o que havia na agenda da Sra. Zilena. Quando ela chegou, me olhando com a mesma roupa da noite anterior, ela deu uma risadinha, enquanto me perguntava:

– Você não se esqueceu que hoje depois de me apresentar meus compromissos você tem aula de árabe, não é mesmo querida? – Claro, porque eu não tinha nem esquecido de colocar o celular para despertar, tampouco de que deveria trocar de roupa. A senhora nem faz ideia de como tudo hoje está perfeito.

– Claro. – Disse com meu sorriso amarelo. Zilena balançou a cabeça enquanto saia sem me perguntar de sua agenda. Acho que ela já tinha uma mínima ideia do que ela devia fazer naquele dia. Suspirei enquanto seguia para a sala de estudos, procurando, assim, o professor de árabe.

Tinha esquecido por um momento de que Seth também estaria na aula. O olhei com relativa surpresa até porque, para mim, por que ele estudaria árabe? Já não deveria saber? O professor estava mais à frente e era um senhor de óculos e bigode, um pouco baixo, mas parecia ser bem inteligente.

– Atrasada. – Comentou Seth arrastando a fala pela frase que dizia sem ao menos me olhar. Eu sabia que estava atrasada, não precisava ser lembrada por ele desse meu infeliz problema da manhã.

– Eu sei. – Disse séria e o professor então se sentou ao meu lado.

– Eu estarei aqui qualquer coisa Seth. Continue a escrever o texto que lhe pedi. – Percebi que Seth, ao contrário de mim, estava tendo aula de gramática inglesa. Não sabia que ele tinha problema com inglês, visto que ele conversava comigo sem muitos problemas.

– Certo. – Disse Seth enquanto continuava olhando para seu papel, pensativo. Voltei o meu olhar para o professor que se apresentou em inglês:

– Chamo-me Kaal Hassan. – Disse e assenti enquanto me apresentava.

– Agnes Valença. – O homem balançou a cabeça concordando, dessa vez repetindo em árabe:

– Eu sou Agnes Valença. – Olhei o senhor e ouvi bem como ele falava. Eu lembrava de como falava que eu sou Agnes Valença do pouco que tinha aprendido de árabe no Brasil. Sentindo que embora o dia tivesse começado ruim, tudo daria certo a partir dali, repeti:

– Eu sou Agnes Valença. – O professor concordou enquanto continuava:

– Tenho 47 anos e você? – Me perguntou em inglês.

– 24. – Respondi. Novamente ele me recitou como se dizia isso em árabe. Obedeci, visto que já sabia essas coisas básicas, repetindo o que ele dizia. Mais uma vez ele concordou parecendo satisfeito com a forma como eu falava.

– Eu gosto de estudar várias línguas e ler o alcorão, e a senhorita? – Me perguntou. Agora as coisas estavam começando a complicar. Olhei Seth que continuava interessado em sua própria vida e papel.

– Eu gosto de ler e escrever, mas sou péssima em todo o resto, ao menos que eu saiba. – Kaal me ouviu com atenção enquanto parecia tentar achar as melhores palavras para o que eu tinha dito e pareceu o dizer com suas palavras o mesmo que eu tinha dito. Repeti da mesma maneira o que ele tinha dito, mas, para minha surpresa, Seth começou a rir conforme eu falava.

– Céus, seu árabe é horrível. – Seth riu com graça enquanto tentava se concentrar no que diabos ele estava fazendo. Tentei não levar pelo lado pessoal.

– Estou tentando, se você não percebeu. – Disse olhando para o professor. Seth estava começando a me deixar novamente com raiva. Agnes. Agnes. Agnes.

– Não parece muito uma tentativa. Parece uma cabra falando. – Olhei para ele com meu melhor olhar quarenta e três. Ele só podia querer me tirar do sério.

– Senhor Kaal, como eu posso dizer para o Seth que ele está faltando com respeito comigo, sendo um mimado como ele é? – O senhor Kaal pareceu ficar assustado com a maneira como eu falava com o filho do Sheikh, como se eu não tivesse me tocado, em algum momento, na loucura que eu estava fazendo ao confrontá-lo. Ele devia me achar bem louca, visto que ele pareceu passar por um processo estranho de delete na mente dele, até o momento que seus lábios, antes selados, pareceram começar a querer falar isso em árabe, mas Seth o interrompeu:

– E como eu poderia falar em inglês, para a Srta. Agnes que a voz dela está insuportável hoje, inclusive depois do atraso que acredito que uma governanta como ela não deveria ter? – Revirei os olhos. Seth era um babaca.

– Você está falando isso em inglês para mim. Não pode pedir para o senhor Kaal traduzir o que você mesmo traduziu. – Seth me encarou. – Você sempre age como uma criança? – Perguntei tentando me acalmar. Juro que podia ouvir o barulho de fumaça saindo pelo meu ouvido. Eu ia estourar. Sabia que não o podia fazer, mas estava bem perto. Falar meu nome mentalmente não estava ajudando.

– Você sempre age achando que é superior? – Ele retrucou.

– Só com filhos de Sheikh como o senhor. – O senhor Kaal pareceu assustado com o que fazíamos na frente dele, parecendo duas crianças de dez anos brigando na frente dele. Ele pareceu se dar conta que estava sobrando ali e acabou dizendo naquela balburdia sem fim:

Quando consegui sair do banheiro, um pouco mais revigorada, liguei pelo Whatsaap para minha mãe. O celular dela tocou algumas vezes e ela não atendeu. Desisti de chamar. Não sabia que horas eram no Brasil, mas certamente devia ser uma hora que a mãe não podia atender. De qualquer forma, queria tanto falar com ela, com Sofia. Queria lembrar um pouco da voz delas que aos poucos se apagavam da minha mente. E isso porque ainda não tinha nem se passado uma semana da minha estadia por ali.

Quando estava prestes a dormir, percebi que meu celular tocava incessantemente e, ao olhar o mesmo, percebi que era Matias, me mandando mensagens. Estava cansada para responde-lo, mas, mesmo assim, fiz um esforço para ver o que ele mandava.

Olá Srta. Agnes, muito cansativo o trabalho hoje?

Sorri enquanto olhava a mensagem do mocetão. Parecia tão simples.

Muito cansativo, Sr. Matias. Ou posso chama-lo de Matias?

Matias demorou para me responder, me dando tempo de colocar meu pijama de ursinho. A noite o deserto parecia cair uns bons graus de temperatura, ficando mais fresco e ventando consideravelmente.

Só se eu puder chama-la de Agnes ;)

Dei uma risada gostosa enquanto respondia Matias. Ele era hilário!

Claro! E o seu dia, muito cansativo também?

Matias então começou a me mandar áudio contando sobre o seu dia. Disse-me que uma das piscinas estava vazando e ele teve que correr atrás de remendo enquanto não podia comprar outro azulejo. Disse-me também que precisava todos os dias seguir uma rotina enfadonha de trocar a água ou até mesmo de colocar alguns produtos nas piscinas.

A conversa fluía, mesmo que eu estivesse com sono. Contei para Matias sobre as pilhas e sobre o chá que teria no outro dia, como ele estivera certo. Por fim, fiquei tentada a conta-lo sobre o acontecido com Seth, mas não sabia como ele interpretaria aquilo, embora eu imaginasse que Fadhir tivesse já contado isso para todos.

Não foi um dia fácil. Mas é verdade que o senhor Seth te destratou?

Uou. Não sabia que Matias era rápido assim no gatilho. Sorri enquanto o respondia. Não tinha sido um destrate, mas, talvez, a gente tivesse opiniões muito diferentes um sobre o outro, o que acabava sempre dando em briga entre nós dois. Matias demorou para me responder. Eu estava quase sendo embalada pelo sono.

Vou dormir. Está tarde, Agnes. Tenha um boa noite de sono. ;)

Sorri. Matias parecia saber a hora exata de se despedir.

Você também. Bjinhoos.

E ali terminava nossa conversa da noite. Eu estava exausta. Fechei meus olhos para tirar mais uma noite de sono. Olhei o celular duas vezes para conferir que tinha posto o despertador. O outro dia seria bem cansativo.

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