O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 126

― Ai... ― A pontada aguda da cólica fez Anne franzir a testa e se afastar um pouco, apoiando as mãos nos ombros largos de Anthony. Então, ela contorceu o rosto uma segunda vez, respirou fundo e falou ― Olhe para mim, agora, não vou estragar o clima para você? ―

Anthony trincou os dentes e seu rosto ficou morbidamente branco. Ele passou a ponta dos dedos sobre seus lábios macios de Anne e disse:

― É realmente decepcionante ― então, aproximou o lábio contra o ouvido da jovem e disse ― fica para a próxima ― mas, depois de falar, ele mordeu a orelha dela com força.

― Hmm! ― Anne sentiu o corpo tremer, com a dor súbita, e a dormência se espalhou por todo o corpo.

Pouco tempo depois, o carro parou e Anne saiu. Ela estava de volta ao prédio antigo, seu novo lar. A jovem não se preocupou com o trabalho, afinal, desconfiava que, mesmo se faltasse um mês inteiro, ainda assim, receberia o salário integral.

No entanto, estava curiosa para saber como Zelda havia sido tratada. Se ela realmente tivesse sido demitida, com Anne imaginava, seus colegas e até mesmo os dirigentes de todos os níveis da Clínica Estética, a veriam de forma diferente e teriam medo de desagradá-la.

Após dois dias de repouso, a cólica finalmente se dissipou. A menstruação não havia terminado, mas o fluxo por si só, não afetava seu trabalho. Por isso, ela retornou para a clínica e, só então, confirmou que Zelda tinha sido demitida.

Entretanto, todos pareciam ser simpáticos com Anne e responsabilizar Zelda pelo acontecimento:

― Anne, ouvi dizer que a pessoa que derramou água em você foi Zelda mesmo. Ela chegou a admitir, inclusive. ― Falou uma enfermeira.

― Sim, ela disse isso quando veio arrumar as coisas. ― Eu não esperava que ela fosse tão cruel! É assustador pensar nisso! ― Outra funcionária se pronunciou timidamente.

― E ela sempre gostava de falar de Anne pelas costas. Sua atitude era ruim! ―

Todos culparam Zelda pelo incidente e Anne, naturalmente, se tornou a vítima neste contexto. Então, como houve um fato e um culpado, os funcionários não pensaram que, de alguma forma, Anne tivesse sido favorecida pelo grupo executivo.

Mas, Anne não estava completamente aliviada. Ela imaginava que Zelda fosse responsável pelo balde de água, entretanto, desconfiava que haviam cúmplices.

Ela olhou ao redor e encontrou, pelo menos, duas pessoas desgostosas com seu retorno. No entanto, era cedo demais para outra confusão e decidiu não dizer nada. Saber com quem deveria tomar cuidado, naquele momento, era o bastante.

Quando saía do trabalho, Anne recebeu um telefonema de Lilian, perguntando se estava livre para o jantar. A jovem pensou em recusar, mas como poderia? E se ela quisesse indicar um cliente para ela? Ela instantaneamente disse que sim.

Lilian sugeriu buscá-la, mas ela recusou. Já que tinha sido convidada, a carona em casa era um luxo que a deixaria constrangida.

Antes de sair de casa, Anne ligou para a escola e combinou o horário dos filhos, para que não houvesse nenhum inconveniente. De qualquer forma, os trigêmeos gostavam de brincar com as outras crianças na escola e, às vezes, se recusavam a ir para casa, então Anne não carregava nenhum fardo em seu coração.

Ao chegar ao restaurante elegante, Anne disse ao garçom que havia reservado um lugar e foi conduzida. Em um dos corredores, uma figura familiar a deixou atordoada:

― Diretor? ―