O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 181

Os trigêmeos se amontoaram, com os bracinhos erguidos, querendo o colo da mãe e Anne riu, colocando as malas que carregava no chão para, com habilidade, pegar um por vez, até que tivesse as três crianças em seu colo. Por mais que soubesse que estava bem, sempre que ficava longe, a jovem sentia muita falta deles.

Os trigêmeos notaram imediatamente o curativo em sua testa.

― Mamãe, o que foi isso na sua cabeça? ―

― Você caiu, mamãe? ―

― Tá doendo, mamãe? ― Chloe pergunto, com lágrimas nos olhos.

Não querendo preocupá-los, a jovem respondeu, com velocidade:

― Não dói nada, foi uma batidinha, só. Parece pior do que é! ―

― Como você bateu? Vou me vingar! ― Charlie disse, fazendo cara de mal.

Mas, quando Anne abria a boca, notou Lucas se aproximando.

― Se tem algo perigoso assim na sua casa, você tem que mudar de lugar. ― Disse o diretor com um tom maduro que fazia as pessoas o respeitarem naturalmente.

Anne colocou as crianças no chão e estendeu uma mão:

― Olá, Senhor Newman. ―

O rapaz a cumprimentou, com um aperto firme, mas caloroso e olhou para a testa dela, enquanto pegava as malas no chão.

― Entre. ―

Anne notou que ainda estava parada à soleira e entrou, seguindo as crianças. Anne se sentiu envergonhada com o quão carinhoso Lucas era, ele não apenas se ofereceu para deixar as crianças ficarem com ele, como até a ajudou a carregar as malas, quando não tinha motivos para ajudá-la.

― O que você quer beber? ― Lucas parou por um momento. ― Eu ouvi das crianças que você gosta de leite? ―

Anne corou porque não era bem assim. Na verdade, a jovem bebia leite quando os filhos não conseguiam terminar o deles.

― Eu estou bem, senhor Newman, muito obrigada. Posso te pagar um jantar? ― Ela sugeriu.

― É seguro? ― O rapaz perguntou, sem olhar diretamente para ela.

Compreendendo instantaneamente o que ele queria dizer, Anne hesitou e disse:

― Deve estar tudo bem. Não posso ser tão azarada. ―

Lucas deu um discreto sorriso triste e apontou para a cozinha.

Lucas se virou. Em sua roupa casual, ele parecia muito mais acessível do que quando usava terno na escola, os óculos em seu rosto davam uma impressão de sabedoria e esse era exatamente o tipo de homem mais admirado pelas mulheres.

― Não se preocupe com isso. Vou saber como cobrar de você, quando chegar a hora. ― O diretor brincou.

Anne de um sorriso largo.

― Claro. ―

Então, o diretor olhou para trás dela, para a sala de estar, onde os trigêmeos estavam assistindo televisão, lendo livros e brincando com facas de brinquedo, lado a lado.

― Animais de estimação e crianças são o remédio perfeito para um coração exausto ― disse ele ― onde quer que eu more, o lugar sempre parece vazio, então eu aprecio ter as crianças aqui. ―

― Se você gosta tanto de crianças, por que evita tanto se casar e ter sua própria família? ―

Lucas assentiu com a cabeça, mas não respondeu. Depois, se virou para Anne.

― Posso dar uma olhada em sua ferida? ―

Pega de surpresa pelo pedido tão direto, Anne não teve presença de espírito para recusar, afinal, não teria nenhum bom argumento para impedir Lucas.