O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 207

Entretanto, mesmo que fosse para uma cidade vizinha, Tommy não queria dar a Anne a possibilidade de escapar, por isso, respondeu secamente ao pedido:

― Não. ―

Anne rangeu os dentes, exasperada e com raiva.

― O que eu preciso fazer para poder sair? ―

― Isso não é algo que eu possa te dizer agora. ― Tommy respondeu e desligou o telefone.

A insistente negativa do rapaz fez Anne andar de um lado para o outro, ofendendo a tudo e a todos em um ataque de raiva. No final, não ousava partir sem a permissão dele, então teria que encontrar um jeito de ficar em Luton.

Mas, o que aconteceria se Anthony descobrisse que ela não havia partido? A jovem não queria descobrir. Enquanto mantivesse um olho no rastreador de Anthony e o evitasse, ela estaria segura.

‘Não. Sem chance! Se eu ficar em Luton, com certeza serei descoberta!’

Não havia possibilidade de se esconder de Anthony. Sem contar que ela trabalhava no Marwood Group. Sem encontrar nenhuma saída. Anne segurou a cabeça e tentou se acalmar.

No fim, pensou que a declaração de Anthony não implicava em um prazo para que fosse embora. Ou seja, tudo o que ela tinha que fazer era resolver a questão com Tommy e, aí sim, deixar Luton de vez.

No entanto, como ela poderia arrumar sua situação com o rapaz? Sem conseguir esperar, Anne simplesmente foi direto para o condomínio de Tommy.

Depois de acordado pelo telefonema, o rapaz não conseguia voltar a dormir e foi tomar banho. Entretanto, quando secava o corpo, recebeu uma ligação da portaria, informando que Anne Vallois o procurava.

Cinco minutos depois, a jovem entrou em seu apartamento.

Anne congelou e abaixou a cabeça quando se deparou com Tommy parado no meio da sala e usando apenas uma toalha em volta da cintura.

Ainda olhando para baixo, Anne perguntou:

― Por que você está vestido assim? ―

― Esta é a minha casa, se eu quiser, posso tirar a toalha. ―

A jovem não soube o que responder e reprimiu sua raiva, afinal, sabia que Tommy fazia aquilo de propósito para provocá-la. É por isso que ela nunca tinha estado ali antes. No entanto, aquela situação era tão problemática que não havia maneira de contorná-la.

― Por que você está aqui em vez de ficar em casa cuidando de seus filhos? ― Tommy perguntou como se não soubesse da gravidade da situação.

Anne lançou um olhar frio na direção do rapaz, com tanta raiva que nem reparou em seus músculos bem esculpidos e definidos.

Depois de dizer isso, ela se virou e saiu.

Tommy observou a porta se fechar com olhos meio sorridentes.

‘Uma faca? Mas será afiada o suficiente?’

Anne saiu furiosa do elevador e, assim que saiu, notou uma mulher saindo de um carro familiar, estacionado em uma vaga rotativa e correu para o lado para se esconder. Anne só saiu do esconderijo depois que Lilian entrou no elevador.

‘Lilian está aqui.’

Anne suspeitava que Tommy tivesse descoberto sobre as crianças por meio de Lilian. Já que, em um dos encontros entre Anne e a mulher, a jovem teve que sair às pressas, após terminar a refeição, quando recebeu uma ligação da escola, informando que Chloe havia se queimado.

Se Lilian a tivesse seguido até a escola, ela teria desconfiado de algo.

Ela não era uma pessoa que podia ser ignorada e esquecida, afinal, como aliada de Tommy, quantas coisas horríveis ela já tinha feito?

Anne respirou fundo, pois imaginava que Lilian tinha desempenhado um papel importante na morte de Cheyenne e, se ela tinha algo a ver com esse incidente, Tommy também estaria.

Anne lidaria com Tommy primeiro, já que ele tinha se recusado a deixá-la sair de Luton.