O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 40

Mas, assim que desceu as escadas, logo depois de cruzar as catracas, uma mulher de meia-idade carregando frutas passou, andando rápido e Anne se virou, em estado de choque, achando que tinha visto um fantasma.

Sem perceber nada diferente, a mulher continuou galgando os degraus, mas agora ela estava muito perto de Anne e a jovem não tinha como ter feito confusão. Ela realmente via um fantasma, em carne e osso.

“Aquela era minha mãe? Como? Como pode ser? Ela está morta! Será que estou alucinando?"

A mulher caminhava na direção da catraca quando Anne tomou uma atitude e decidiu segui-la. Ela caminhou até chegar em um edifício muito antigo, cheio de apartamentos e sem portaria, o que facilitou a entrada da jovem que ainda acompanhava a mulher à distância. Até que ela parou em um dos apartamentos, e só enquanto ela pegava a chave na bolsa, sentiu uma presença atrás de si e virou na direção de Anne.

Confusa, a mulher derrubou a sacola de frutas e as chaves, deixando que tudo se espalhasse pelo chão.

Os olhos de Anne estavam vermelhos e inchados, enquanto chorava em profusão:

― É realmente você... ―

No entanto, Cheyenne se recusou a admitir e abaixou a cabeça para pegar as frutas:

― Você está me confundindo com alguém. Eu não te conheço. ―

― Você quer dizer que eu não sou capaz de reconhecer minha própria mãe? ― Anne tinha a respiração acelerada.

Cheyenne congelou.

― Me disseram que você morreu em um acidente de carro. São todos mentirosos? ― perguntou Anne.

Ela ainda estava no ensino fundamental quando soube que sua mãe morreu em um acidente de carro. Ela foi ao hospital, mas não conseguiu vê-la. Porém, a família informou que ela estava morta e, por mais que quisesse ver o corpo, seu pai não permitiu e ela foi levada para a casa de sua tia. Não havia mais nada a fazer, senão aceitar a realidade.

Cheyenne sabia que Anne a tinha reconhecido e, naquele ponto, era inútil negar. Assim, ela reuniu coragem para olhar Anne nos olhos, e as lágrimas gradualmente encheram seus olhos. Sua respiração tremia quando ela disse:

― Seu pai e eu não nos dávamos bem, eu não era feliz. Fugi do hospital, depois do acidente de carro, disposta a me esconder... Eu queria te ver e eu ia tentar te encontrar, mas ouvi dizer que você tinha sido acolhida por sua tia e, como ela tinha se casado com um homem rico, acreditei que sua vida seria melhor longe de mim. ―

― Como isso pode ser verdade? ― Anne perguntou ― Você me abandonou... mesmo sabendo como meu pai era uma pessoa horrível! ―