O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 75

― Você acha que tem outra opção? ― Anthony olhou para ela, com uma expressão sombria. Não havia traço de luz, em seus olhos escuros ― Anne, Anne... você não é muito obediente. ―

Anne percebeu que havia dito algo errado, mas não sabia exatamente o quê:

― Não... eu não quis desobedecer... ―

Então, o homem sorriu e, sem sequer olhar para ela, disse:

― Suba para o quarto, limpe-se e espere por mim! ―

Anne entendeu o que ele quis dizer e, concordando com a cabeça, sentiu-se tão humilhada que não conseguiu responder verbalmente. Um funcionário a levou para o primeiro pavimento.

Anne foi deixada em uma suíte presidencial, com design sofisticado e luxuoso. Enquanto conhecia o quarto imenso, praticamente um apartamento, abriu um dos guarda-roupas e reconheceu diversos ternos de Anthony. Ou seja, o lugar não era um quarto alugado casualmente, mas pertencia ao magnata.

Os objetos do local deixavam claro que era um lugar utilizado para realização das mais diversas práticas sexuais e Anne sentiu o corpo arrepiar. Então, em outro compartimento, parecido com um closet, encontrou uma infinidade de roupas femininas, das mais sensuais até as mais vulgares e a jovem se perguntou qual daquelas peças agradaria ao demônio, até chegar à conclusão de que ele preferiria que, quando ele chegasse, ela estivesse completamente nua.

Pensando assim, tomou um banho e, obedientemente, aguardou, deitada na cama.

Debaixo das cobertas, seu corpo estava quente, mas mesmo assim, ela tremia descontroladamente. Ela tinha se tornado a prostituta de Anthony? Que ironia. Entretanto, nem isso importava, desde que ela pudesse resgatar sua mãe. Anne estava disposta a pagar qualquer preço.

― Você e Anne... ― Tommy hesitou, mas na verdade estava muito curioso. Olhando para a expressão de Anthony, ele se inclinou ligeiramente para frente, como se quisesse ver através dele ― Você já queria fazer isso, há muito tempo, não é? De qualquer forma, Anne é bem atraente. Eu te entendo! ―

Anthony mordeu o cigarro, desconfortável com a fala do primo e irradiando uma aura terrível:

― Fique longe dela! Eu não vou repetir este aviso. ―

Tommy levantou as mãos, em sinal de rendição.

― Me desculpa. Eu não estou interessado nela. ―

Anthony deu mais uma tragada longa e enfiou a bituca no cinzeiro.

― Não está interessado, mas está curioso... Posso saber o motivo da sua curiosidade, primo? ― Apesar de ter perguntado, Anthony não pareceu interessado em saber a resposta. Por isso, apenas se levantou e subiu para o segundo pavimento.

Tommy deu um sorriso e disse para as mulheres do sofá:

― Com licença. ― E saiu do clube, indo apressadamente para o estacionamento, onde pegou o celular, no porta-luvas do Porsche e fez uma ligação:

― Você conseguiu a informação que eu queria, sobre Anthony? ―

― Ainda não. Eu não poderia agir sem autorização. ― disse a voz da mulher.

― Tenha cuidado com a sua segurança. ―

― Entendido! ―

Tommy jogou o telefone de lado e um lampejo cruel brilhou em seus olhos, desejando que Anthony jamais tivesse reaparecido. Afinal, as coisas não iam bem para todo mundo? O que aquele maldito fazia de volta em Luton? Tinha voltado somente para perturbar Anne? Como isso não podia ser interessante? Claro que era.

Anne estava prestes a adormecer, nua, envolta por cobertas macias e cheirosas, quando um barulho na porta do quarto a despertou, fazendo com que toda a tensão que sentia, minutos atrás, retornasse. Seu corpo estava em estado de alerta, como se estivesse em uma situação de perigo mortal.

Então, o predador se aproximou, desabotoando as calças e encarando a jovem, estreitando os olhos.

Como que atiçada pelo olhar assassino do demônio, o corpo de Anne se tornou incontrolável e, antes que ela pensasse no que estava fazendo, jogou as cobertas para o lado e levantou rapidamente.

Mas, imediatamente, uma mão forte agarrou o pescoço de Anne e a tirou do chão. Assustada, ela tentou, utilizando tudo o que tinha, soltar o aperto, mas foi em vão. O homem a puxou de encontro a seu corpo possante, envolvendo Anne, completamente, enquanto falava, com uma voz rouca:

― Por que você está fugindo? Você quer mais um tempo para se preparar? ―

Anne estremeceu: