O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 80

― Claro que você não vai contar para ninguém. Você é uma assassina! ― Sarah não aguentou a pressão ― Não importa o que você diz, não fui eu que errei! Foi você! ―

De qualquer maneira Cheyenne já tinha sido presa e libertada. Ela não tinha mais motivos para ter medo, então se virou e saiu.

Mas, Sarah ficou com tanta raiva que quebrou a bolsa, jogando-a no chão. Ela tinha certeza que Cheyenne apodreceria na prisão. Isso se não fosse condenada à morte. E vê-la livre, caminhando pelas ruas, a deixou perplexa e confusa.

Como ela tinha saído em tão pouco tempo? Algo tinha acontecido. “Certamente Anne pediu ajuda a Anthony. De que outra forma ela poderia ter feito isso? Mas, por que Anthony faria um favor desses para Anne?”

Sarah estava cansada de ver as coisas sempre acontecendo do jeito que Anthony queria. Ela estava farta de viver com medo dele.

Dois dias depois Anne estava no trabalho quando recebeu um telefonema de Sarah:

― Quer sair e comer alguma coisa? ―

― Só você e eu. Já reservei uma mesa no restaurante ― Sarah disse, animada.

Anne ficou intrigada:

― Hoje é um dia especial? ―

― Tem que ser um dia especial para fazer uma refeição com minha preciosa sobrinha? ― Sarah fingiu estar ofendida.

― Eu não quis dizer isso. É só que eu tenho que ir trabalhar. Receio não ter tempo... ― Disse Anne.

― A Clínica Estética não dá horário de almoço aos funcionários? Você não tem permissão para sair e comer? Não se esqueça que você é protegida de Anthony. Se seus colegas não sabem disso, eu vou contar para eles. ―

― Não. Chega, tia. Eu vou almoçar com você. ― Anne não teve escolha, a não ser concordar.

De qualquer forma, não demoraria muito para sair da clínica e chegar no restaurante. Se sua tia fosse até lá para buscá-la, acabaria fazendo um caos. A jovem não queria que ninguém soubesse que ela era protegida de Anthony. Ela estava ali para trabalhar, não para participar de jogos de poder.

Anne não pensou que isso ofenderia Anthony. Afinal, Anthony já sabia sobre sua ligação com a tia.

― Acho que você está no lugar certo. Sente-se. ― Lucas se levantou e gentilmente puxou uma cadeira para ela.

Anne ficou lisonjeada e se sentou, agradecendo e imaginando o que poderia ter acontecido. Sua tia tinha dito que o encontro era somente entre as duas, mas pelo jeito, não era bem assim.

― Você conhece minha tia? ― Anne perguntou ao homem sentado em frente a ele.

― Ela é amiga da minha mãe... ― Lucas pareceu pensar sobre o assunto e as peças começaram em se encaixar em sua cabeça ― Parece que estamos aqui para um encontro às cegas. ―

Anne ficou atordoada. Um encontro às cegas? Sua tia marcou um encontro sem contar para ela? Ela reagiu se desculpando:

― Sinto muito, minha tia é... ela... eu... eu nem sei o que dizer... ― Anne estava em um encontro às cegas com o diretor da escola de seus filhos? Que desastre!

― Não fique nervosa. Eu também fui enganado. Meus pais sempre se preocupam por eu não encontrar uma esposa. De qualquer forma, já que você está aqui, por que não almoçamos e conversamos um pouco? ― Lucas sorriu elegantemente, sem se importar.