O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 819

— Melhor se alguém morrer! Além disso, peça a mais repórteres! —

— Entendido. —

Bianca jogou furiosamente o telefone de lado. O seu pai acabara de falecer e ocorreram alguns problemas na fábrica. A moça queria ver se Anne ainda teria coragem de administrar a empresa, faria o que fosse preciso, desde que pudesse fazer a irmã sofrer!

Anne entrou no escritório e olhou para os documentos sobre a mesa, uma pilha que precisava examinar. Passando o olho sobre a papelada, viu as fichas técnicas de todos os aspectos relacionados à construção da fábrica, enfiadas entre todos os documentos. A moça puxou o arquivo e avaliou página por página, constatando que alguns precisavam de sua assinatura. A jovem pegou uma caneta, desenhou um círculo no papel e colocou-o de lado.

De repente, a porta do escritório dela foi aberta por alguém de maneira muito rude. Anne viu que Bianca era quem invadia o ambiente, então perguntou sem qualquer expressão:

— Você precisa de alguma coisa? —

— Papai não está mais aqui. Até onde essa empresa pode ir em suas mãos? Ainda não é tarde para você renunciar agora. — Bianca, como sempre, foi presunçosa e rude.

— É a vontade do meu pai que eu administre a empresa, então por que eu deveria renunciar? Não se esqueça de que a empresa agora é minha. Não existe possibilidade de que eu desista. — Afirmou Anne com orgulho.

Uma chama infernal irradiaria do olhar de Bianca, se fosse possível materializar seu ódio.

— Você está sentindo muito pesar agora que papai morreu, não é? Você acha que ficar assim é o suficiente para curar seu luto? —

— Você não está sofrendo? Pelo jeito que falou…— Anne devolveu outra pergunta. — Você também é filha do papai, não? —

— Precisamente porque também sou filha dele, por que ele só me deu uma migalha de dinheiro e nada mais? Por que todas as coisas boas foram dadas a você? Anne, que coisas vergonhosas você fez em segredo? — Bianca partiu para a suposição agressiva.

— Foi porque papai sentiu que me devia que ele fez isso. Há algum problema com a escolha dele? — Anne refutou.

— Quem sabe? Você e sua mãe são tão parecidas… e você parece dissimulada que ela, eu diria. Não seria estranho se algo tivesse acontecido. —

A expressão de Anne mudou drasticamente, ao passo que se levantou de repente.

— Bianca, do que você está falando!? — Com raiva, a moça imediatamente jogou os documentos que tinha em mãos na direção de Bianca.

Bianca se esquivou e não foi atingida pelos documentos. Ao entender que a irmã se exasperava, a pianista sentiu uma alegria distorcida.

— Sim. — Ken seguiu atrás da patroa.

Como Bianca poderia perder a chance de assistir a um drama tão bem arquitetado? Além disso, para começar, a moça tinha o objetivo de aparecer no escritório de Anne como alguém que pudesse ser mais confiável.

Depois que entrou no carro, Anne notou que um carro a seguia. O carro de Bianca. A moça sabia o que a pianista tinha em mente, sabia que queria vê-la fazer papel de boba.

Os veículos chegaram na entrada da fábrica e as duas desembarcaram, ambas percebendo que um carro da polícia se encontrava estacionado ali perto também. Não muito longe, o senhor Walker era sendo escoltado até a viatura, além de que havia repórteres tirando fotos continuamente de tudo que acontecia. Assim que o escoltado avistou a patroa, pediu ajuda apressadamente:

— Senhorita Vallois, me ajude! Deve haver alguns mal-entendidos nisso! —

— Mal-entendido? Não é melhor você explicar para a polícia? — Anne debochou, e isso fez Bianca entender que algo não parecia certo. Nada daquilo era o que a pianista esperava.

Por que o senhor Walker foi levado pela polícia? Bianca pediu que o muro fosse destruído, que duas pessoas fossem mortas no acidente e que Anne fosse responsabilizada, mas não parecia ser a cena que se desenrolava. Anne olhou para Bianca e perguntou:

— Você não está entendendo? Deixe-me explicar para sua mente lenta. Desde que o senhor Walker ficou como responsável pela expansão da fábrica, ele tem desviado uma boa parte do dinheiro da empresa. Ficou muito fácil de descobrir que ele fez compras de uma empresa, mas usou materiais de outras. Entreguei este caso ao departamento responsável pela auditoria, para investigação. Se eles não tivessem evidências concretas, não o teriam levado embora. Não se preocupe. Todas as pessoas envolvidas, seja o senhor York, os pedreiros e assim por diante, serão responsabilizadas. —