O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 879

— Dessa vez ela vai precisar de pontos — disse Kathryn.

Em alguns lugares Anne havia cravado as unhas, abrindo novos cortes que não fechariam sem pontos.

Mesmo quando Kathryn injetou anestésico no braço de Anne, a jovem permaneceu entorpecida, como se nada daquilo tivesse a ver com ela. Enquanto isso, Anthony a observava com raiva, pensando que deveria ter dito a Kathryn para prosseguir sem a anestesia para punir Anne por desobedecê-lo.

Antes de tudo aquilo, ele estava no escritório, mas depois decidiu trabalhar na área comum fora do quarto. Foi nesse momento que ouviu sons vindos de dentro do quarto, mas percebeu que tudo havia caído em silêncio logo depois. Se ele não a tivesse impedido a tempo, o braço de Anne estaria completamente destruído.

O pensamento fez o coração de Anthony disparar de medo.

— Está feito. — Kathryn tinha dado pontos em vários lugares e aplicou pomada antes de envolver tudo com o curativo. — Você não pode fazer isso de novo, ou correrá o risco de causar algum dano permanente. —

Kathryn esperava que Anne se importasse, mas Anne não respondeu, quase como se ela não pudesse se importar menos.

— Você já pode ir, doutora Brown — ordenou Anthony.

Com um aceno de cabeça, Kathryn saiu do quarto.

Anthony sentou-se ao lado da cama e ergueu o queixo de Anne para que ela o encarasse, então disse:

— Olhe para mim. Você ouviu o que Kathryn disse? —

— Sim, eu ouvi, mas se eu vou morrer, de qualquer maneira, será que realmente importa se meu braço estiver com danos permanentes? — Anne murmurou irracionalmente.

O peito de Anthony se agitou, enquanto ele reprimia a raiva.

— Você realmente não se importa em definhar lentamente na frente das crianças? Você se preocupa com elas, não é? Você vai assustá-las! —

— A única coisa de que elas deveriam ter medo é de você — respondeu a jovem, em um sussurro.

Percebendo que a discussão não levaria a lugar nenhum, Anthony se levantou frustrado. Ele deu dois passos para trás, tentando recuperar a compostura, mas apenas avançou e a segurou pelos ombros.

— O que diabos você quer? O caso da sua mãe ainda está sob investigação, e não pretendo mostrar misericórdia a ninguém envolvido, mesmo que seja Bianca! —

Aquilo finalmente atraiu a atenção de Anne, que olhou para ele. Mas seu coração se contorceu de dor enquanto lágrimas enchiam seus olhos.

— Por que você faria isso? Você deve estar feliz porque minha mãe está morta, não é? Afinal, ela foi a pessoa que se interpôs entre seus pais. Então, por que você está investigando o assassinato de alguém que odeia? Não consigo acreditar em uma palavra do que diz. Você só quer provar que Bianca é inocente. Por que está me forçando a ficar ao seu lado se se preocupa tanto com ela? Por que faz isso se eu não passo de lixo? Isso mesmo. Sou apenas uma destruidora de lares, assim como minha mãe. Merecemos morrer porque nunca seremos livres de um demônio como você, até que a morte me liberte! —

— Escute o que eu estou dizendo, Anne. Eu vou cancelar meu noivado com Bianca — disse ele, pensando que Anne ficaria satisfeita em ouvir isso.

Houve um tempo em que ela ficaria encantada em ouvir aquela frase. Mas, seu machucado era profundo demais.

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