Os dias passaram rápido demais, quando deu por ela, já passavam 2 meses.
Gabi chorava diariamente.
Se dividia entre estudar e ir ao hospital.
Não estava sendo fácil, era doloroso ver seu pai naquela situação.
Tinha a sua amiga do seu lado e sempre a apoiava.
Sua mãe e irmã pouco ligavam para ela e Davi ainda não tinha telefonado.
Ele realmente não lhe queria mais. O que viveram em Nova Iorque ficou em Nova Iorque. Estava mais que claro agora.
Gabriela procurava não pensar no assunto. Sabia onde se metera e que não devia ter alimentado esperanças quando estava claro que não passaria de uma aventura.
Estava ciente disso quando entregou sua virgindade a um estranho e não era agora que ia se fazer de vítima.
Ela está ciente disso. Só não consegue colocar realmente em prática.
- " Não vai comer? " - a voz de sua mãe a tirou do transe. - " Está tão magra, como arranjará um namorado assim? "
A olhou torto
- " Vou ao hospital. " - respondeu se levantando, agora sim realmente perdera a fome.
- " Está perdendo a sua vida naquele hospital, ainda mais por um homem que não é nada para você. " - falou com raiva, o que fez com que a sua filha mais velha virasse para fita-la.
- " Por um homem que não é nada para mim? " - frisou, devolvendo o mesmo tom. - " Devia se envergonhar! Te tirou da lama, hoje ele está numa cama de hospital e você nem se digna a ir vê-lo nem por uma vez!! E para mim? Ele é o meu pai! Me cuidou, educou, me ensinou o que é amar alguém e tudo que sou hoje eu devo a ele, ao contrário de você. " - cuspiu com raiva, pegando nas chaves do carro e se dirigindo a porta.
- " Teria sido outro se não fosse ele, e seu pai morreu faz tempo, não seja burra.. "
Não ouviu tudo que ela disse pois já fechara a porta de casa e se dirigia ao carro.
" Como pode alguém ser tão insensível? " se perguntava.
Decidira esquecer esse episódio e se concentrar em dirigir ao hospital.
——
Por outro lado, Davi se encontrava pensativo outra vez.
- " Davi! " - seu irmão mais novo chamava mais uma vez.
- " Perdão, Gustavo. O que estava dizendo? "
- " Cara, você está sempre aéreo desde que voltou de NY, o que tem? É por causa do papai? " indagou.
- " Sim, perdão. Essa situação toda tem me deixado um pouco instável. " justificou. Embora soubesse que isso não era 100% verdade.
- " Tudo bem, também não era nada demais mesmo. Pode deixar que depois a gente fala irmão. " - o moreno de aparência muito certinha se despediu do irmão.
Davi passou as mãos pelo rosto, desconcentrado mais uma vez.
Não era mentira o que dissera ao seu irmão mais novo. Mas também não constituía toda verdade.
Estava muito abalado com a situação de seu pai e sem contar que com o pai no hospital, ficava apertado de trabalho. Claro, seu irmãos também se esfolam, mas sendo o mais velho e tendo outros negócios, ficava bastante pressionado.
E para completar havia aquela mulher. Que o desconcentrava em demasia.
Ficava duro só de pensar nela. Mas isso não era novidade. É um homem com um apetite sexual descomunal e sexo não é novidade. O que mais lhe desconcentrava, era o palpitar acelerado do coração e as mãos suando. Era o desejo de vê-la não só para sexo, mas para sentir seu cheiro, ouvir sua voz, senti-la ao seu lado.
Estava totalmente de quatro. Mais de mil vezes discava seu contacto mas não chamava.
Estava agindo como um adolescente e tinha noção disso. Mas, preferia ter a mente limpa, pensando com clareza e definitivamente falaria com ela.
Estava impregnada na sua pele, sentia seu cheiro mesmo sem estar por ali e isso o deixava completamente louco.
O barulho do seu aparelho chamando o fez acordar.
- " Otávio. " - cumprimentou, imediatamente em alerta.
- " Davi, eu.. " - ouviu o tom de sua voz e prontamente se levantava, pegava no casaco e na carteira.
- " Estou chegando aí " e desligou a chamada.
" Por favor não " rezava internamente.
Chegava no carro, onde encontrara Ângelo já a sua espera.
Ângelo era filho de um dos jardineiros da casa. Uns quatro anos mais velho que Davi, desde pequenos brincavam juntos. Emílio pagara seus estudos, sempre fora inteligente e tinha altas notas. Seu físico era gigantesco, Davi era grande mas Ângelo era muito maior.
Trabalhou durante muito tempo para entidades do estado Americano, onde aproveitou muito bem sua inteligência e físico. Retornou ao Brasil cerca de 5 anos atrás, quando seu pai veio a falecer e nunca mais saiu. Davi ofereceu um acordo e depois de uma discussão começou a trabalhar como segurança pessoal de Davi e dando formação a milhares de seguranças da empresa secundária de Davi. Era espetacular.
Chegara rapidamente ao hospital, seus irmãos já se encontravam lá.
Era horrível e tentava manter se forte, assim como seus irmãos.
Tratara documentação do hospital junto com seus dois irmãos. Assim que entraram no quarto, foi impossível manter a postura.
Os três irmãos choravam ao redor da cama em que se encontra o já falecido pai.
Otávio deu um tapa amistoso em seus ombros e os abraçou, deixando as lágrimas caírem também.
Tinha sido horrível. Estava sendo.
Davi, Lucas e Gustavo se encontravam sem chão.
Otávio, implorou que fossem para casa e que ele trataria de tudo. Os irmãos se recusavam, mas entenderam. Precisariam se unir e consolar uns aos outros.
Estava abalado demais quando passou pela recepção em direção ao estacionamento e viu longos cabelos castanhos da cor de mel entrarem em um carro.
Gabi. A reconheceria de longe.
Estancou na porta do carro e pensou em como seria bom se jogar nos seus braços e sentir o seu calor.. ser consolado por ela.
Estava passando pela pior dor que conhece, pela segunda vez, e só queria seus braços.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Os Irmãos Cavalcanti: Rendida
Amei o primeiro livro,por favor posta a trilogia. Segundo livro irmãos cavalcanti: Seduzida (Lucas e Priscilla) e terceiro livro os irmãos cavalcanti:Apaixonada (Gustavo e Rafaela) Obrigada!...
Excelente romante. Super erótico, enredo envolvente, cativante. Amei....