Os Irmãos Cavalcanti: Rendida romance Capítulo 5

Gabriela

Varri os meus olhos pela sala mas não o vi em lado algum.

Ah que droga!

O que estou fazendo?

O cara é lindo, cara de mauzão, gostoso pra caralho, olhar molhador de calcinhas e ainda uma voz dos infernos, poderia gozar lhe ouvindo. Mas ele me dispensou. Porquê?

Não sou burra, percebo como atraio o olhar dos homens e tenho um corpo bastante desenvolvido. Vi que me olhava com desejo, tesão, mas ainda sim me dispensou porque não se envolve com crianças!

Mas eu não sou nenhuma criança e se ele pensa que terá a última palavra, está muito enganado!

- Conseguiu falar com ele? - Priscilla perguntou, me fazendo olhar para ela.

- Ah Cilla eu consegui, mas o cara me dispensou, disse que não se envolve com crianças. - expliquei com irritação.

- Bem, apesar do seu corpo ser bastante desenvolvido, você tem o rosto muito inocente amiga. - disse rindo.

Queria ficar chateada, mas ela me fez perceber que talvez seja isso!

Não é a primeira vez que dizem que aparento ter uns 18 anos pelo rosto, então o que eu tenho que fazer é dizer a esse homem a minha idade. Talvez seja do álcool, mas estou decidida a conseguir esse homem.

Mas o que está fazendo Gabi? Meu consciente me pergunta.

Não o conheço e penso em entregar minha virgindade para ele.. mas que merda está se passando?

Claro, o cara é lindo e causa diversas coisas em mim, mas não é assim que eu devia agir. Mas por outro lado, é algo que nunca senti antes e tenho a leve impressão de que não vou sentir mais! É algo que me prende, só consigo pensar em passar os dedos entre seus cabelos enquanto me possui, falando coisas pecaminosas com aquela voz harmónica mas de tom duro, ríspido, mau!

Desde o primeiro dia que lhe vi! Me pego imaginando cenas pornográficas com ele e isso está me tirando do sério. Eu precisava ter aquele homem. Saber o que é isso que estou sentindo, que parece arder sem se ver, que faz minhas pernas fraquejarem só de pensar nele e em como seria ter seus lábios colados aos meus.

Estarei enlouquecendo?

Passeio pela sala, em meio a tantas pessoas e me pergunto como eu vou achar aquele homem novamente.

Subo para a área onde ele se encontrava antes, com a esperança de que ele esteja ali, mas não estava!

Me encosto sobre os vidros e olho lá para baixo, analisando cada rosto, cada canto da sala, para ver se o encontro.

Tento me virar ao sentir o cheiro do seu perfume, mas já estava encurralada por ele. Encostou seu corpo ao meu e me senti pequena demais, dominada pelo seu corpo grande e másculo.. quem passasse por trás dele facilmente pensaria que ele estava sozinho, de tanto que eu desaparecia na sua frente.

- O que você quer, menina? - colou a boca no meu ouvido e perguntou baixo, me fazendo soltar um gemido.

E com a voz carregada de tesão, consegui responder:

- Quero você.

Senti seus lábios no meu pescoço, enquanto rugia, me fazendo estremecer levemente e sentir minha calcinha ensopar.

- Já disse que não me envolvo com crianças. - mordeu o lóbulo da minha orelha e me mexi de leve, encostando no seu pau endurecido.

Ele quer isso tanto quanto eu! Sorri e provoquei, rebolando:

- Mas você quer.. - rebolei, sentindo seu pau pressionar contra a calça. Nossa, que pau é esse? Estremeci só de imaginar o quanto deve ser grande e grosso. - E já disse que não sou criança, tenho 23 anos. - menti, só me apercebendo depois.

Fiquei me perguntando se emendava ou não, até que o senti parar congelado, com os lábios no meu pescoço, como se pesasse a hipótese. Até que respondeu:

- Não acredito, seu corpo é de mulher, mas o rosto não passa de uma criança. - se afastou e eu aproveitei para me virar.

Quase gozei só de olhar para o seu rosto! Os olhos verdes escurecidos pelo desejo, maxilar cerrado e uma expressão carrancuda.

Encostei minhas mãos no seu peito e descaradamente, graças ao álcool, me aproximei e com certa dificuldade devido a altura, rocei meus lábios nos dele, cheia de tesão e murmurei:

- Mas não sou uma criança.. sou uma mulher e sei que também me deseja. - mordisquei o lábio inferior e chupei. - Porquê fugir? - o peguei de surpresa e beijei seus lábios.

Chupei e mordisquei, até que a minha língua já dançava com a sua e suas mãos circulavam minha cintura.

Oh Deus! Minha pele queimava e minha boceta palpitava de tesão. Me apertou contra ele e senti seu volume, me excitando além da conta.

Uma mão entrava pelos meus cabelos e a outra pousou na minha bunda, apertando-a de leve, para provocar. Quebrou o beijo quando apertou meus cabelos e me fez olhar nos seus olhos, dizendo ameaçadoramente:

- Eu tentei te avisar, sou perigoso demais para você, mas agora você vai se queimar. - chupou meu pescoço e eu gemi alto, involuntariamente. Foi me soltando aos poucos quando continuou: - Não vou tomar você assim, não enquanto estiver tocada pelo álcool. O que faremos tem que ser consentido e você tem que estar lúcida. - Foi ríspido, como se estivesse zangado. - Amanhã, 18h levo você. - mordi o lábio inferior, desejando internamente que me tomasse agora.

Passou o polegar pelo lábio que eu mordia e saqueou minha boca, invadindo-a com a sua língua.

O beijei de volta, incapaz de resistir. Nos beijamos até que ele se afastou de repente, esbravejando:

- Porra! - me olhou fixamente e eu quase encolhi diante do seu olhar. - Amanhã. - me lembrou e de novo, saiu.

O olhei enquanto se afastava, quase pedia que me levasse hoje, porém parecia irredutível na sua decisão e não tinha percebido o que eu precisava consentir.

Meus lábios formigavam e minhas pernas tremiam. Passei os dedos pelos lábios e sorri..

Ai que beijo! Não sei como conseguirei dormir hoje, de tão excitada que estou e entusiasmada, mal posso esperar por amanhã.

Procurei a minha amiga, ainda perdida em pensamentos.

Apenas disse que me levaria amanhã as 18h.. Para onde me levaria? E mais, como sabe onde fico hospedada?

Mas tudo isso era nada em comparação a excitação, a ansiedade, o entusiasmo.

Porra o homem parece de outro mundo, de certeza que me dividiria em duas! E aquele pau? Aquele volume todo formado nas calças não era normal. Queimei só de imaginar como seria livre..

- Procurei tanto por você, está maluca? - minha amiga ralhou mas pouco liguei.

- Ahh Priscilla ele me beijou! Meu Deus do Céu que beijo!! Me pegou e senti seu pau duro encostado em mim e ohh Deus! - me olhava surpresa, mas logo seu olhar passou para preocupação quando eu terminei: - Amanhã eu vou com ele, Priscilla.

- Vamos para o hotel, estamos cansadas e precisamos dormir. - foi o que disse apenas, e eu tive certeza que preparava um discurso.

O trajeto para o hotel foi feito em silêncio, tal como a entrada no mesmo e a subida até o nosso andar.

Entramos no quarto e eu tomei banho primeiro, ainda sem acreditar no que aconteceu e mal esperando pelo que vai acontecer.

Priscilla saiu do banho e depois de vestida se sentou na cama, olhando atentamente para mim:

- No que está pensando Gabi? Você não conhece esse homem, rolou o que rolou no clube, tudo bem, mas ir em frente com isso, tem certeza? - perguntou e eu respondi prontamente:

- Tenho certeza sim Priscilla, eu o quero, o desejo tanto, mas tanto, como nunca desejei alguém! Desperta coisas em mim.. não consigo evitar não o querer, desde o primeiro dia em que o vi passar ali naquele carrinho de comida. Não consigo pensar direito, só vejo ele na minha cabeça e me sinto incapaz de negar isso. - respondi sinceramente.

- Eu entendo, juro que entendo, mas pare para pensar em como se sentirá depois.. você é virgem Gabi, vai entregar isso para um desconhecido, que nunca mais virá na vida? Você sabe que para ele será apenas uma foda. - chamou o meu senso, mas eu já sabia de tudo isso.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Os Irmãos Cavalcanti: Rendida