Resumo de Capítulo 21 - Iron – Capítulo essencial de Perigoso (Letal - Vol.2) por Dalla Mendes
O capítulo Capítulo 21 - Iron é um dos momentos mais intensos da obra Perigoso (Letal - Vol.2), escrita por Dalla Mendes. Com elementos marcantes do gênero Erótico, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
— Ele tá com ela. — comunicou Sore, mas eu já estava na cola, com o carro na direção à uma certa distância. — O que uma cadela não faz? Ele deixou metade da bagunça dele para trás. Você tinha razão, na droga do desespero o ruivo é um vacilão. O trabalho estava nas mãos dele.
— Não deixa rastros, e tira a Sandra do caminho. — ordenei.
Estão atrás dele, eu estava na cola e ele percebeu que foi encurralado por dois. Meu instinto de corno fodido diz pra deixar a merda acontecer, porque se o tiro sair da mão de um filho da puta, vai doer menos na cadela. Por outro lado, estou pouco me fodendo pros meios, desde que o resultado seja positivo.
Ele tentou desviar, apertou o pé, avançou na rua e começou a brincar de “mando bem no volante”. É, o idiota manda bem, eu não. Sou do tipo que preciso facilitar essa parte e me aproximar um pouco mais. Tomei outra estrada, desviei de alguns mequetrefes na rua, mantive a cabeça pensativa e pensei “a cadela não pode morrer”, ela ainda está amamentando. Meu pau é um frouxo…
Saí no acesso de um quarteirão, Dom se encontraria de frente comigo, parei o carro no meio da rua e fodi com o trânsito. Quando ele estava para se aproximar, abri a porta, engatilhei o projétil de mira, usei a porta como escudo e atirei contra um dos carros que estavam perseguindo ele. O filho da puta fodido passou por mim, quase sem acreditar no que eu estava fazendo, explodi um carro e mirei contra o outro. Senti algumas balas voar, retruquei no mesmo calibre e estourei o outro veículo. O mormaço quente quase me fez tombar, dispersou o calor e eu senti o cheiro de queimado se misturar no ar.
Simples? Não. Depois que você se fode na vida a ponto de sempre esperar a morte, você simplesmente não liga mais. Um dia eu tive esperanças de que a irmandade não seria mais a minha casa. Eu ia pegar aquela cadela e nós íamos brincar de casinha como se o passado não existisse. Hoje, a Disney socou meu conto de fadas no meu cú. A Rapunzel depilou a boceta e foi trepar com o “Robin hood”, e ainda foi dar uma voltinha com o fodido só pra esfregar na minha cara.
Entrei no veículo, manobrei, pisei fundo e fui atrás do carro, deixando uma população de curiosos desesperados de merda para trás. Alcancei o carro velho, dei farol alto e o filho da puta entendeu que era pra levar a garota pra casa. Eu estava milagrosamente com paciência, me questionando porque merda eu era o único caralho atingido nessa história; mas eu pedi, igual um maldito apaixonado, eu pedi. “Dá o fora no ruivo”, e o que ela foi fazer? Trepar com o vadio! Vamos fingir que eu entendo, vamos fingir que Sore não tem razão. Eu sou um cuzão fodido, numa queda maldita!
Estacionamos, eu só joguei a droga do carro de qualquer jeito e peguei o telefone que vibrava na calça. Coloquei na orelha, vi o olhar dela assustado e a cara franzida do ruivo do caralho, meu amigão do peito, o irmão de merda, Dominic!
— Qual é? — perguntei, mas a voz do outro lado não era a de Sore.
— Mantém ele aí dentro e eu espero aqui fora.
Desliguei o aparelho, suspirei cansado e tentei mover o lado do rosto quase travado. Essa maldita cicatriz parece pesada com o tempo e depois que eu matei o John, ela passou a ser uma parte dele grudada na minha cara. Como quem queria dizer que eu ia me foder a vida toda, mas nunca ia ter paz.
— Que história é essa de que eu tô tentando te matar? — o ruivo bateu a porta do carro, enquanto Érina só me olhava assustada. — Ficou maluco?
Ignorei, passei reto e tentei me concentrar. Tinha um plano em execução, não podia ter brechas na falha. Eu fui ali, atirei em uns cara, cuidadei da vida dela, de novo, e da dele para variar, e o maldito está me fazendo cobranças? Eu não sou do tipo que preciso ser endeusado, mas deixa eu ver se eu entendi. Eu sou o mercenário de merda, mas ele é o gostoso? Jogando sujo? Dei um passo pesado, tentei ignorar, mas o filho da puta insistiu.
— Que porra é essa que você inventou, Iron?
— Você, tá bem? — parei de andar ouvindo a voz dela, fiquei de costas, fechei os olhos e pisquei muito devagar.
— Bem? — o ruivo insistiu — Isso é pra impressionar a garota?
— Dom, estavam seguindo a gente! Como aquele dia no apartamento...
— Estavam atrás dele, é diferente! — ele retrucou puto, e eu escolhi não participar da D.R. do casal.
Entrei nos acessos, subi as escadas, encontrei Brianna no caminho e Mésmer, o idota que Dom chama de “carinha do RH”.
— Aqui estão todos bem. — comunicou Brianna.
— Os fundos? — perguntei andando.
— Limpo. — contou Mesmer, mas ouviu o barulho lá de baixo — Quem está gritando?
— O novo casal de todos os tempos, estão tendo uma D.R. — contei, andei no corredor dos fundos e os dois se mantinham atrás de mim. — Mésmer, chame o Mars. Entregamos uma pista na mão da cadela, ela abriu o jogo pro ruivo. Ele pescou a ideia.
— Você o quê?
— Eu te amo. — soltou, deixou uma lágrima escapar e olhou pra mim — Só não quero que as coisas dê errado de novo. Eu só não consigo…
Eu a beijei. Que merda, não? Enfiei a língua grossa na boca inchada, suguei os cantos dos lábios carnudos, senti sua respiração quente, e chorona mesmo ela grudou em mim. Eu era capaz de foder todos os seus buracos ali mesmo, mas não estava afim de me enfiar no seu traseiro de novo, pra levar uma caralho de um fora de novo. Soltei a sua boca, grudado na raiva que ainda estava entupindo a minha garganta.
— Deixa eu te contar uma merda, caso você ainda não tenha percebido. Isso não é por você, cadela. Não mais. Agora sai da frente da porra porta, eu não tô afim de brincar de recaída, foder tua bunda e depois ver você sair correndo atrás do ruivo de novo. — ela engoliu em seco, deu um passo pro lado e suspirou — Meu saco ainda tem um caralho de orgulho fodido de raiva por causa das tuas manhas.
— Idiota. — resmungou, chorona e ofegante. — Você acabou de me beijar.
— Parece que você curte. E só mais uma coisa, ele não chega perto da Pray, entendeu? — cuspi, abri a porta e respirei fundo. Mais um minuto, e eu enfiava a missão no cú dela. A missão toda, até as minhas bolas!
Dei longos passos até a saída, vi ele caminhar fodido de raiva em minha direção e partiu pra cima ainda na escada. Dominic cego, é um puta de um vacilão. Ele foi o primeiro atingido, rolou a escada e Mésmer pegou ele no chão. Engatilhei um silenciador, coloquei um tranquilizante na ponta e olhei na cara dele, espumando ódio.
— Vai se foder, Iron! — rosnou entre os dentes, preso nos braços de Mésmer. Apontei a mira na testa e apertei o gatilho, vendo ele vira os olhos em questão de segundos e amolecer o peso no chão.
— Você tem certeza que vai dar certo? — perguntou Mésmer, me vendo puxar o pano de proteção no rosto e pegando o capacete, colocando-o na cabeça.
Bom, vamos ao maldito gran finale. Dom não está tentando me matar, aquilo foi só uma joagada. Mas ele trabalhou pros dois lados, e eu tenho um “ás” na manga. Como sempre, os piores trabalhos são meus, e eu ainda sou um puto que preza pelos irmãos da família. Eu vesti o uniforme dos mercenários, porque estou indo em missão no lugar dele. Ele descobriu o cabeça que ainda pode derrubar o comando da Sore, e ia fazer essa sozinho. Mas, ele não vai. O risco é muito alto, e até poderíamos fazer essa juntos, mas ela escolheu ele.
Então é ele que tem que viver.
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