Perverso romance Capítulo 54

Coloco Geórgia mais uma vez na cama, hoje especialmente ela estava mais agitada que nunca, pois seu pai ainda não havia voltado do trabalho, essa era uma daquelas noites de inverno que Sebastian ficava até tarde no trabalho. Puxo o lençol a altura de seu queixo, enquanto ela me observa com os olhinhos atentos, isso eu posso garantir que puxou a mim, os olhos verdes, porém mais claros, puxando para um azul do Sebastian.

— Mamãe, conte mais uma história para mim, por favor. — Pediu ela com os olhinhos brilhando. — Eu juro que vai ser a última.

— Você disse isso da segunda vez.

— Mas dessa vez prometo ser a última.

Balanço a cabeça, ameaçando sair do quarto. Geórgia segura na manga do meu pijama, com às duas mãos.

— Cante uma canção de ninar para mim, mamãe.

Meus ombros caem, era impossível dizer não a ela com aquele olhar de doçura.

— Tudo bem, mas prometa que vai dormir.

Ela cruza os dedinhos.

Me acomodo ao seu lado, e ela fecha os olhos.

Começo a cantar uma canção de ninar, pude ver a forma como ela respirava mudar. Passo a ponta dos dedos em seus cabelos escuros, observando os olhinhos contornados por cílios grandes e volumosos.

Geórgia tinha 6 anos, era o amor de nossas vidas e a criança mais doce que já vi. Ela havia recebido esse nome como uma homenagem à falecida mãe do Sebastian, uma forma de incentivo para seguimos sempre em frente, também não seria mais o único incentivo. Descobri semana passada que estava grávida de quatro semanas, e hoje seria o dia que contaria ao Sebastian.

Dessa vez seria diferente, pois quando engravidei dela, minha menstruação atrasou e eu estava enjoada, Sebastian havia comprado o teste e foi o primeiro ver o resultado do teste, isso foi uns meses depois que vinhemos para International Falls . Fazia alguns meses que ele jogava indiretas para darmos um irmãozinho a Geórgia, e eu preferia apenas ela, pois mal conseguia dar conta dela, apesar de ser uma criança doce, Geórgia tinha meu temperamento.

Ela respirou fundo, adormecida.

Continuei cantando baixinho, saindo de seu lado com cuidado para não acordá-la, apesar de querer muito permanecer ali, mas aprender a dormir sozinha era um passo importante.

Liguei o abajur giratório de estrelinhas para ela não ficar no escuro total, e sai do quarto nas pontas dos pés. Para minha surpresa Sebastian olhava tudo encostado no batente da porta, com um sorriso bobo nos lábios.

Levei um pequeno susto, rindo de nervoso.

— Que susto. — Cochicho.

— Demorou para dormir desta vez? — Perguntou sussurrando.

— Como sempre.

Ele sorrir, olhando para sua filha, adormecida.

Fecho a porta deixando uma fresta. O abraço, seguido de um beijo.

— Não deu tempo de cuida da filha, mas posso cuidar da mamãe, o que acha?

— Seria muito bom.

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