Por Você romance Capítulo 113

Resumo de Prólogo 1: Por Você

Resumo de Prólogo 1 – Por Você por Autora Nalva Martins

Em Prólogo 1, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Por Você, escrito por Autora Nalva Martins, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Por Você.

Sobre o livro E Se Eu Te Beijar?

Esse romance conta a história de Cristal e Jonathan, os gêmeos de Ana e Luís, além de dois amigos de infância deles. Entre encontros e desencontros de amores e paixões, esse livro trará fortes emoções e eu tenho certeza que você irá se apaixonar pelas loucuras e travessuras desse quarteto.

***

Jasmine.

Olho pela décima vez o meu corpo seminu no espelho. Por que não sou igual as outras meninas? Pelo menos eu acho que não sou. Sei lá, elas parecem bem maiores em tudo. Peitos grandes, bunda grande, pernas grossas... Aff!!! Olho o relógio mais uma vez, acho que já estou atrasada para o nosso primeiro dia de aula. Corro para o meu armário e tiro o uniforme do colégio, vestindo-o logo em seguida. É o nosso último ano no ensino médio e depois vamos curtir as férias.

Desculpe! Eu não me apresentei a vocês. As vezes sou assim mesmo, desligada, estabanada, desequilibrada e desastrada... Um conjunto desastroso, em perfeita harmonia. Meu nome é Jasmine Vieira, Jas para os íntimos. Termino de pôr o uniforme e começo a fazer a maquiagem o mais rápido que eu posso. Deixo o lápis escorregar pela beirada dos meus olhos, fazendo um delinear perfeito. Encaro os meus olhos castanhos, quase mel e acho que ficou perfeito. Eu não me acho uma garota feia, mas também não me acho a mais bonita, tenho a pele morena clara e meus cabelos são castanhos escuros e compridos, lisos até a metade do cumprimento, que chega até a metade da minha cintura e a outra parte tem alguns cachos largos. Sou alta, magra... muito magra para o meu gosto. Acho que é por isso que Jonathan nunca me olhou com outros olhos. Suspiro de modo audível. Quem é Jonathan? Então, ele é um carinha muito legal... legal não. Ele é o cara! É lindo e tem um corpo malhado, não do tipo bombado, mas do tipo gostoso mesmo. É moreno, tem a pele bronzeada e ele ama surfar, embora se dedique ao futebol. Ele é o filho do magnata Luís Renato Alcântara, um dos maiores CEOs brasileiros, dono de uma das maiores redes de hotéis e construtora a CARAVELAS & CIA. E eu? Bom, e eu sou só a filha da empregada que foi criada junto com os filhos dos patrões e que recebeu todas as regalias que uma menina como eu poderia receber. Estudei em boas escolas, fiz viagens maravilhosas nas férias, curti ótimas baladas em salas vips, tive um baile de debutantes de dar inveja e tudo isso, e muito mais patrocinados por nada mais e nada menos do que os meus padrinhos, a tia Ana e o tio Luís Alcântara. Não sou ingrata, sei que devo muito a eles, muito mesmo. Tudo o que sou e tudo o que eu conquistei foi por causa deles.

Eu moro em uma comunidade com a Délia, ela é minha avó e trabalha para os Alcântara desde que eles se casaram e tiveram filhos, no caso os gêmeos Jonathan e Cristal, e seu irmão caçula, Caio que como eu já disse, são como irmãos para mim. Minha mãe morreu no dia que eu nasci. Ela foi mais uma vítima de bala perdida em um dos confrontos aqui na comunidade. Luís sempre insistiu para que fossemos morar com eles no Leblon. Mas minha vó é muito cabeça dura e por causa dos nossos familiares - digo, tios, primos e suas esposas - nós permanecemos aqui. Ponho a mochila nas costas e começo a descer os degraus do morro - que não são poucos - porque eu moro no lugar mais alto. Tem um lado bom nisso, eu posso ver a beleza que é o Rio de Janeiro em toda sua plenitude a noite. O lado ruim?

— Oi, Jas! — Ergo a cabeça e dou de cara com Marrento. O nome verdadeiro dele é Antônio. Quando crianças brincamos muitas vezes juntos, mas quando ele chegou na adolescência, se meteu com a gangue do Cicatriz, começou a trabalhar como aviãozinho e desde então, ele virou o braço direito do traficante e dono do morro.

— Oi, Marrento! — Ele me olha de cima a baixo e sorri largamente.

— Você cresceu, está bonita! — Puxo a respiração e engulo pensando no que dizer. Marrento não é um cara feio, pelo contrário, ele é muito bonito e se brincar, passa desapercebido no meio da bandidagem. Ninguém diz com quem ele anda realmente, a não ser que veja com os próprios olhos.

— Tá! É... eu tenho que ir. Estou... atrasada — digo ignorando o seu elogio. Ele assente e fica sério.

— Estudar é algo importante para você, não é? — inquire. Eu apenas assinto. Ele se aproxima e logo o seu rosto está bem perto do meu. Prendo a respiração e fico encarando os olhos negros intensos. — Você é diferente das outras meninas, Jasmine. — Seu hálito quente e mentolado escorrega por minha pele, causando um ligeiro arrepio. Não sei se de medo, ou se é devido o contraste do calor na minha pele. — Vai lá, bonitinha, a gente se ver — diz por fim e meu coração se alivia. Ele sorri e sai, seguindo a direção que estava indo, o alto do morro. Solto a respiração de modo audível, sentindo o estremecer das mãos e uma adrenalina percorrer o meu corpo. Esse é o lado ruim de morar aqui. Você não é dono de si mesmo, o dono do morro manda e desmanda e você apenas baixa a cabeça e obedece. O lugar não tem lei, policiais não entram aqui e se entram, ou acontece uma guerra, ou saem mortos. Chego à calçada e escuto a buzina do carro de Jonathan me chamando e agora sim, eu tenho motivos para sorrir. Entro no carro e encontro as pessoas que fazem o meu dia feliz. Jonathan, Cristal e Mick. Eles são os meus amigos desde sempre.

— Nossa, como está gata hoje! — Mick ralha com seu jeito tímido e olha de esguelha para Cristal. Pois é, ele é apaixonado pela morena desde a adolescência, mas é tímido demais para se declarar pra ela.

— Obrigada, bicho do mato! — digo e todos gargalham dentro do carro, por causa do apelido. Apelido que recebeu ainda pequeno, porque vivia acanhado pelos cantos.

— Vamos embora, estamos atrasados. — Jonathan avisa, dando partida no carro e eu me acomodo melhor no banco de trás.

***

Cristal.

Voltar às aulas para mim é o melhor momento. Passei mais de trinta dias longe do meu maior sonho de consumo, Victor Hanson. Não sei. Quando o vejo, eu esqueço completamente de quem eu sou, esqueço a minha própria essência e fico como uma boba babando no cara. Ele é tão lindo! O único loiraço da minha turma, visado e desejado por todas as garotas também. Ele veio para essa turma o ano passado e por algum motivo nunca consegui me aproximar do rapaz e olha que eu nem sou tímida, nem qualquer coisa desse tipo. Sou mais o tipo de garota que quando quero, vou lá e pego. Poxa, esse é o nosso último ano juntos e eu simplesmente não consegui se quer um olhar do cara pra cima de mim.

— Se você quiser, posso descrevê-la na visão de um homem. — Mick volta a se meter na conversa e eu reviro os olhos pra ele. Ele dá de ombros. — Quer dizer, eu sou um homem, então você teria uma ideia do que os homens pensam de você.

— Opa! Eu preciso ouvir isso. — Jonathan ralha se aproximando e eu olho para o loiro em pé na minha frente com determinação.

— Manda ver então — falo quando entramos na sala de aula. Mick solta a mochila na cadeira, enlaçando a minha cintura e me puxa timidamente para perto de si. Seu rosto, seus olhos amendoados e sua boca, estão bem próximos. A aproximação me deixa inquieta, eufórica, na verdade, e a minha respiração fica presa nos pulmões. Então ele começa a falar com tom baixo e suave. A sua voz rouca me faz engolir em seco.

— Linda! — Ele sussurra. — Você é perfeita, Cris! Sua pele, seus olhos, sua boca... Não tem nada de errado com você. É muito... — Sua boca se aproxima ainda mais da minha e seus olhos me pedem permissão. Droga! Eu me sinto diferente com a sua aproximação, mais escaldante e...

— Bom dia! — A voz da professora Yonara nos faz afastar bruscamente um do outro e percebo que estou um tanto ofegante. Mick parece desconcertado e eu? Porra! Não sei o que pareço.

Segundos depois, Victor entra na sala abraçado a duas garotas. Ele me olha e pisca um olho de modo sensual, enquanto adentra a sala.

Ele piscou para mim? Sério? Meu Deus! Ele realmente olhou para mim?

— Sim ele olhou. — Jasmine responde a pergunta que não fiz e me puxa para sentar na minha cadeira. As aulas começam e eu tento focar na boca da professora falando sobre linguística, enquanto a visão daquele par de olhos azuis me atormenta, dando aquela m*****a piscadinha.

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