Resumo de 20 – Uma virada em Por Você de Autora Nalva Martins
20 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Por Você, escrito por Autora Nalva Martins. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Jamine
— Deus, me tire daqui! — peço em agonia e fico um longo tempo deitada e chorando, até as minhas forças acabarem e eu finalmente adormeço. — Hum! — solto um gemido baixo e abro apenas uma brecha de olhos, percebendo que a noite já chegou. O quarto está em uma penumbra só e inevitavelmente eu penso em minha avó. Ela não voltou para casa e se voltou, não teve chance de vir até mim. O que fizeram com ela? Será que os Alcântara não permitiram a sua volta para casa? Não. Eu conheço bem a dona Delia, ela jamais me largaria aqui sozinha. Então, por que ela não chegou ainda? Forço-me a levantar no exato momento em que a porta volta a se abrir. As luzes que invade a escuridão do quarto me fazem fechar os olhos.
— Boa noite, princesa! — Marrento diz se agachando ao meu lado. — O Cicatriz quer te ver. Vai lavar esse rosto e nada de falar sobre o que aconteceu aqui. Entendeu? — rosna baixo, porém, frio. — Entendeu, Jasmine? — Ele insiste e eu assinto. — Ótimo! Agora entra naquele banheiro e ajeita essa cara. — Ele me ajuda a sair da cama. Eu entro no banheiro, prendo os meus cabelos e lavo o meu rosto, voltando para o quarto em seguida. Cicatriz me olha por um tempo e depois para a comida intocada em cima do criado mudo. — Você não comeu nada? — inquire com voz calma.
— Eu não estou com fome. — Ele pressiona os lábios e meneia a cabeça.
— Vou pedir para trazerem o seu jantar e dessa vez eu quero que coma. Se o prato voltar do mesmo jeito, eu volto aqui e a faço comer, entendeu? Agora sente aí! — Ele ordena e eu faço. Ele me estende o meu celular e receosa o seguro.
— Mande uma mensagem para o rapaz e peça para ele vir até aqui. Diga que está precisando da sua ajuda. — Sinto um nó sufocar a minha garganta e logo sou tomada pelo desespero.
— Por favor! — peço com a voz embargada.
— Faça, Jasmine! — ordena. Meus olhos se enchem de lágrimas. Eu não posso atrai-lo para a morte. Não posso fazer isso com ele!
— Por quê?
— Porque a tia dele me deve uma! — Eu o encaro atônita. Como assim? Que tia lhe deve? O que o Jonathan tem a ver com isso? — Agora faça! — insiste agora mais rude. Trêmula, eu abro a tela do celular e com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, procuro pelo seu nome no W******p. Começo a digitar algo quando alguém invade o quarto. Um homem fala algo ao seu ouvido e para o meu alívio, ele precisa sair às pressas. — Marrento, fique de olho nela. E vocês venham comigo! — Enquanto ele passa as devidas ordens, aproveito para esconder o celular debaixo do travesseiro e após todos saírem, Marrento retorna para o quarto e fecha a porta com chave. Meu coração pula feito um louco no meu peito quando ele se aproxima de mim e me puxa violentamente para perto do seu corpo.
— Não sei o que o chefão quer contigo, princesa, mas agora que estamos só nós dois aqui...
— Me solta, Marrento! — rosno irritada.
— Só depois que eu conseguir o mais quero de você. princesa.
— Não! Me solta, Marrento! — grito quando ele me choca contra uma parede e rasga a minha blusa. E quando me segura firme pela cintura e tenta me levar para a cama tenho a minha grande chance. Ergo o meu joelho com muita força e acerto firme entre as suas pernas. Marrento me larga de imediato gemendo de dor e eu o chuto outra vez com toda força no mesmo lugar, pego as chaves caíram no chão, abro a porta e corro para fora do quarto.
— PEGA ESSA FILHA DA PUTA! — ele grita e quando adentro a sala encontro dois homens armados guardando a saída. Congelo no lugar sem saber o que fazer. No entanto, logo sinto um puxão forte nos meus cabelos e sou arrastada para dentro do quarto outra vez. Marrento fecha a porta e me arremessa contra o chão. Em seguida ele monta em mim desfere uma sequência de socos bater, e quando já não tenho forças para lutar ele começa a dar alguns chutes.
— É que... está doendo. Eu não consigo. — Começo a chorar.
— Eu sei que está doendo, querida, mas você desistir. Comece a gritar, Jasmine. Grite muito, querida!
— Me ajude, vó Delia. Me ajude por favor! — peço desistindo do choro e lhe estendo a minha mão.
— Só... abra os seus olhos, Jasmine. Escute! Consegue ouvir?
— O que?
— Ele está te chamando, querida. Abra os seus olhos e escute-o. Ele está te chamando.
— Quem? — Me forço a abrir os olhos e encaro o teto. O som do celular. Ele está me chamando outra vez! Atônita eu olho ao meu redor. Estou sozinha. Vó Delia não está aqui, ela nunca esteve. Foi só um sonho. Contudo, não me permito chorar. Eu preciso ser forte. E mesmo com uma forte dor, eu me arrasto e finalmente alcanço o telefone, mas ele já não chama mais. As mãos trêmulas e sujas de sangue não me permitem digitar. — Chama de novo! Chama de novo, por favor! — Começo a tossir e um gosto de sangue sobe a minha boca. Deus, eu vou morrer aqui. — Desculpe, vó Delia eu não vou conseguir! Eu não sou forte. Eu não sou... Eu não... — Logo sinto que estou flutuar. Os sons das vozes se misturam e elas parecem cada vez mais distante de mim. Eles voltaram. Penso. É o meu fim. Penso em Jonathan. Ele está a salvo agora. Aquele homem não vai poder mais me usar para pegá-lo. Eu o amo! Sempre o amei e ele nunca vai mais saber disso. Nunca terei a chance de lhe dizer isso.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Por Você
Não tem final? Que pena!!!!!!!!!! Mais uma história que ficou com gostinho de quero mais, e com isso estou triste...
Onde estão os capítulos de 21 a 59??...