Por Você romance Capítulo 75

Resumo de Bônus - parte 2: Por Você

Resumo do capítulo Bônus - parte 2 de Por Você

Neste capítulo de destaque do romance Romance Por Você, Autora Nalva Martins apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

— Só tem metade do que ele pediu aqui! — rosna, irritado. Seu bafo de bebida se espalha pelo ambiente. Automaticamente levo a mão ao nariz, sentindo a bílis subir a garganta. Que nojo!

— Deixa de ser otário, Carlos! Você só vai dar a outra metade quando o serviço estiver feito. Já falou com o homem?

— Já. Ele está só esperando o sinal. Vou levar pra ele agora mesmo — diz, se levantando com dificuldade. Ele se aproxima de mim e me beija no rosto, me deixando enojada com o seu cheiro, depois sai e fecha a porta atrás de si. Eu limpo a minha face com um lenço de papel e o jogo na lixeira.

— Idiota nojento! — resmungo, indo para o banheiro, a fim de tomar um banho rápido.

***

Duas horas depois...

— Está tudo certo, Camilly. Passei para ele todas as informações sobre a garota. Seus horários, o endereço do emprego, da faculdade e até a marca e placa do carro dela. Agora e só esperar o momento certo. — Carlos diz assim que passa pela porta do meu quarto. Noto a empolgação em sua voz e sorrio com satisfação. O idiota não faz ideia de que essa felicidade tem dia e hora para acabar.

— Ótimo! — digo e ele sorri. O imbecil me olha de cima a baixo. Os seus olhos parecem famintos olhando o meu corpo de alto a baixo.

— Você está linda, gata! Aonde você vai? — Volta a me olhar nos olhos. Sinto-me poderosa. É bom saber que não perdi o meu poder de sedução. Eu só preciso usá-lo com a pessoa certa.

— Preciso me distrair um pouco, Carlos. Vou dançar e beber alguma coisa. Qualquer notícia, me liga. Tchau! — digo pegando a minha bolsa a tiracolo e vou direto para a porta.

— Não posso ir com você? — indaga vindo atrás de mim.

Lógico que não, querido! Penso.

— Claro que não! Você vai ficar aqui aguardando notícias para mim — ordeno com irritação na voz. Ele suspira frustrado.

— Tudo bem! — diz com desânimo. Saio do apartamento ouvindo sua voz reclamando de um beijo, que eu não dei. Se ele soubesse o quanto sinto nojo dele, da sua voz e até mesmo da sua respiração em cima de mim.

***

Paro o carro no sinal vermelho e enquanto aguardo, ligo o som para tentar relaxar um pouco. A essa hora o trânsito tem pouco movimento. É algo que me deixa feliz, pois me fará chegar ainda mais rápido em casa. O sinal volta a ficar verde e eu dou partida, no mesmo instante em que uma luz muito forte é jogada no meu rosto. Incomodada, fecho os olhos e em seguida sinto um forte impacto, que me sacode com violência dentro do carro. Em seguida o barulho de vidros se estilhaçando se espalha e automaticamente tudo começa a girar ao meu redor. Sinto mais um impacto forte, e tudo escurece a minha frente. Ouço sons de buzina, mas elas parecem bem distantes de mim. Solto um gemido dolorido e tento abrir os olhos, mas não consigo, eles simplesmente não atendem ao meu comando. Logo sinto uma leveza em meu corpo, e parece que estou sendo jogada em algum lugar. Meu corpo parece flutuar e tudo fica silencioso e escuro...

— Luís? — O chamo. Eu tento ver onde estou, mas é impossível. A escuridão não me permite ver nada e esse silêncio aqui é perturbador. Não sei o que está acontecendo e nem exatamente onde estou. Nem quanto tempo se passou, mas tento abrir os olhos mais uma vez e isso faz a minha cabeça latejar. — Luís, por favor! — rogo. Me forço mais uma vez e algumas luzes vermelhas começam a piscar. Tudo é como um vulto à minha frente. Não consigo entender o que está acontecendo ao meu redor. Puxo a respiração, mas ela pesa em meu peito e por algum motivo, não ela vem. Como a me sentir desesperada e um frio começa a tomar conta do meu corpo. As minhas pernas estão doendo muito. Eu tento falar, chamar por alguém, mas a minha voz não sai. Ela não sai! — Luís, onde você está? Eu estou com medo! — O que está acontecendo aqui? O que está acontecendo comigo? Por que eu não consigo me mexer? A dor se torna mais intensa. Por que ninguém vem me ajudar? Por que eu não consigo falar? Se eu pudesse falar, pediria socorro. Sinto algo mexendo em meu corpo. Eu forço os meus olhos a se abrirem outra vez... é inútil... Deus, me ajude!

— Ela está presa nas ferragens! — Escuto uma voz distante e depois várias vozes soam ao mesmo tempo, mas elas se vão, e eu fico sozinha outra vez. Inevitavelmente a escuridão me abraça e eu sou puxada para mais fundo. Depois disso, a quietude, uma paz e eu não sinto mais a dor. É como se eu estivesse presa no tempo e cada vez mais, eu sou puxada para muito longe dali.

Vejo a imagem de Luís sorrindo para mim. “Eu te amo, meu amor!” ele diz, mas não ouço o som da sua voz.

— Estamos perdendo-a! — As vozes voltam, mas elas parecem cada vez mais distante.

— Moça, olha para mim, fica comigo, tá bom? Estamos terminando! — Queria poder lhe responder, dizer que não tenho muito tempo. Deus, onde estou? É tudo tão paralelo. Logo estou sentindo o meu corpo ser removido e a dor intensa volta a me assolar. Algo acontece. É como se o meu corpo fosse puxado de dentro da escuridão. Os barulhos retornam, as vozes também, mas a dor não está me deixando.

— Ela está voltando! — Alguém grita e todos os sons parecem voltar. O barulho de sirenes alguém segura a minha mão, fazendo-me sentir segura e tudo some outra vez. O barulho, o toque da mão. Tudo está silencioso outra vez. Eu estou tão cansada. Eu preciso descansar, só um pouquinho. Sou puxada para longe mais uma vez. Estou em estado de sonolência e dessa vez, deixo-me levar, porque agora eu não tenho mais medo.

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