Por Você romance Capítulo 76

Atualize 73 de Por Você por Internet

Com o famoso romance Por Você de Internet, que faz os leitores se apaixonarem por cada palavra, mergulhe no capítulo 73 e explore anedotas de amor misturadas com reviravoltas surpreendentes. Os próximos capítulos da série Por Você estarão disponíveis hoje?
Senha: Por Você 73

Luís Renato

— Calma, Luís, estou indo aí agora, cara! — Marcos fala assim que lhe falo sobre o sumiço da Ana. Já liguei mais de dez vezes e a ligação só cai na caixa postal. Alguma coisa aconteceu, eu sei que tem alguma coisa errada. Encerro a ligação e largo o celular de qualquer jeito em cima do sofá. Marta entra na sala com uma xícara de chá, mas eu recuso. Ela tem os olhos vermelhos. Esteve chorando. Penso angustiado. Deve estar tão preocupada quanto eu, pois sabe que Ana jamais sumiria assim, tampouco deixaria de me ligar por tanto tempo. Meu celular começa a tocar e eu o pego, olhando a tela com curiosidade. O fato de o número ser desconhecido me apavora. Atendo à ligação e o levo ao ouvido. De alguma forma essa ligação me deixou com o coração apertado. Um medo sufocante fechou a minha garganta.

— Alô! — sibilei receoso.

— Boa noite, gostaria de falar com o senhor Alcântara! — uma voz feminina disse do outro lado. Puxei a respiração.

— É ele.

— Senhor Alcântara, aqui é do Hospital Central do Rio de Janeiro. O senhor conhece a senhorita Ana Júlia Falcão? — indaga em um tom calmo. Imediatamente as minhas pernas tremem e eu me deixo cair sentado no sofá. Marta se aproxima nervosa e me faz uma pergunta muda.

— Sim, ela é a minha noiva — digo com um fio de voz.

— Eu sinto muito informá-lo, senhor, mas a sua noiva sofreu um acidente muito grave e precisamos que o senhor venha até o hospital.

— Estou indo agora! — falo, sem esperar que termine de falar, encerrando a ligação em seguida. Com passos largos, vou até o aparador e pego a minha carteira e as chaves e sigo apressadamente para fora do apartamento.

— O que aconteceu, querido? — Marta indaga vindo atrás de mim. Noto o nervosismo em sua voz e me repreendo por não ter lhe dito nada.

— Ana sofreu um acidente, Marta. Avise aos meus pais, estou indo para o hospital Central. Marcos está vindo pra cá, avise-o também e peça que vá direto pra lá — informo, saindo do apartamento em seguida. Aperto o botão do elevador e aguardo, impaciente as portas se abrirem e assim que entro e elas tornam a se fechar, sinto as lágrimas queimarem os meus olhos. Eu me encosto na parede de aço e puxo o ar com força. Tento me segurá-las, ser forte, mas não consigo e elas escorrem pelo meu rosto, dando vazão para outras em seguida. Meu coração parece que vai parar a qualquer momento e a respiração pesada, comprime o meu peito. Respiro fundo algumas e sinto o meu corpo inteiro tremer. Não posso perdê-la! Não posso perdê-la assim! Não acredito muito em Deus, tampouco em milagres, mas a Ana acredita. Engulo em seco e elevo os meus olhos para o alto e uma prece começa a sair da minha boca.

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