Procura-se um pai romance Capítulo 43

Me viro na cama e abraço o Marco durante a noite, em dois dias já me acostumei com ele por perto. Quando não sou eu que puxo ele pra perto, Marco que me puxa.

Inspiro o seu cheiro quando coloco meu rosto no seu pescoço. O sono começa a desaparecer, meu peito trava em uma agonia estranha que eu não consigo identificar o motivo.

Mudo de posições algumas vezes até despertar o Marco. Ele acaricia meu braço tentando me acalmar, e beija o meu ombro.

- O que foi? - Pergunta sonolento, ainda com os olhos fechados.

- Não sei, não consigo dormir.

- Hum. - Tenta abrir os olhos e logo fecha - O que te incomoda? Deve ser o tanto que comeu. - Soltou um sorriso preguiçoso e eu sorri junto.

- Estou agoniada.

- Ok. - Ele coça a garganta e vai se sentando lentamente, encostando a cabeça no batente.

- Pode dormir, amor. - Peço e ele nega com a cabeça.

- Posso te fazer companhia. - Coça os cabelos negros e eu me apaixono mais uma vez.

Porém meu peito aperta novamente e eu tenho vontade de andar pelo quarto. Minhas pernas e mãos estão inquietas.

Olho para o berço do Pedro e vejo que a coberta está pendurada grade. Ele deve estar com frio. Faço menção de levantar e o Marco pergunta onde vou.

Ele se levanta e vai até o berço. Seus passos param antes de chegar.

- O que? - Pergunto baixinho.

Mas ele não responde.

Seu corpo se vira lentamente e os olhos arregalados me assustam.

Marco sai correndo do quarto e eu ando rápido até o berço. Meu ouvido apita, e tenho a sensação de desmaio.

Pedro não está no berço.

- Gabriela! - Marco da um grito forte, batendo em alguma porta.

Não consigo me mover. Não consigo pensar em nada a não ser no meu filho.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Procura-se um pai