Marco está nitidamente abalado, eu sei porque os olhos que sempre queimaram ao me ver estavam tristes, perdidos na estrada enquanto ele dirigia.
- Ei. - Chamei, tocando a sua perna.
- Eu não devia ter dito aquilo. - Ele pisca por cima das lágrimas.
- Não é culpa sua. - Reforço.
- Como eu pude ser tão imaturo, Amélia? Arriscar a segurança do Pedrinho só porque o playboy do Henry me afrontou? Não somos mais dois moleques no colegial.
- Você é melhor do que ele. O que ele fez foi...não tenho palavras para descrever...
- Juro pra você, quando encontrarmos o nosso moleque, o Henry e nem ninguém irá tocar em vocês. Nunca mais.
Há uma pausa.
Percebo que eu e Marco nos tornamos uma família. Ele estava em mim, no Pedro e por todo o meu coração. Sabia que estávamos em boas mãos, mesmo quebrado ao meio, meu coração sorriu.
- Nós vamos achá-lo. - Tento sorrir, ele faz o mesmo.
O celular vibra entre as minhas pernas, atendo antes mesmo de ver quem era. Marco freia o carro parando no acostamento, seus olhos apreensivos estavam presos em mim.
- Alô.
- Amiga! - Gabi fala eufórica - Acharam!
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