O gordão passa a mão na minha barba pra fazer e solta uma gargalhada, decido não me importar com o Henry e focar no meninão que eu amava tanto nos meus braços.
Amélia senta ao meu lado e selamos. É tão bom isso que estamos tendo, mesmo não sabendo ao certo o que é, afinal não rotulamos.
Mas por mim ela pode ser a mulher da minha vida.
- Dormiu bem, Henry? - Sarah pergunta ao se juntar conosco a mesa e ele afirma com a cabeça.
- Vou precisar ir embora. Minha mãe não está muito bem. - Avisou, soltando o ar.
- Que triste! Espero que ela melhore.
Amélia encara a mãe, que fecha os olhos arrependida do que acabou de dizer. Não sei o que a mãe dele tem, e prefiro não me envolver no assunto. A última coisa que quero é diálogos com ele, então continuo brincando com o Pedrinho.
- Adorei ter ficado com vocês aqui, de verdade. - Ele agradece. - Me senti da família.
Minha testa esquenta. Ele não é da família, ele abandonou a família.
- Você pode vir sempre que quiser, querido. - Sarah da um sorriso maternal.
O encaro e vejo que ele já está me olhando, com o mesmo sorriso sínico. Hugo está ocupado lendo o jornal, Eduardo e Gabriela conversando, Sarah e Amélia trocando as geleias e eu sou o único a ver a forma como Henry me encara maldoso.
- Pode deixar, vou estar sempre por aqui. - Responde.
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Vou até o carro para pegar o meu carregador do celular e abro o porta luva.
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