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Proibida Para o CEO romance Capítulo 117

“Ethan Hayes”

Assim que termino de falar, Mia fecha os olhos. Suas lágrimas começam a escorrer e meu coração aperta. Ela está chorando… por minha causa. Pelo jeito que falei.

Merda.

Passo a mão pelos cabelos, me sentindo o pior dos homens. Merda. Ela deve estar me comparando ao desgraçado do padrasto.

— Mia… — me aproximo devagar, puxando-a para um abraço.

Ela resiste no início, apoiando as mãos no meu peito como se tentasse se afastar, mas não a deixo.

— Me desculpe — murmuro, pressionando meus lábios contra o topo de sua cabeça. — Mas a ideia de te perder desse jeito, sabendo que tem algo errado… Não dá para simplesmente aceitar.

Acaricio seus cabelos enquanto a sinto tremer em meus braços, o que só aumenta minha aflição.

— Por favor, meu amor — sussurro. — Me conta o que está acontecendo. Se você realmente quer se afastar, eu vou aceitar, mesmo que doa. Mas seja sincera comigo.

Sinto suas mãos se fecharem desesperadamente em minha camisa, até os dedos tremerem. Então, ela cede.

— Não quero… — sua voz falha, e ela aperta ainda mais minha camisa. — Mas preciso me afastar.

— Por quê? — pergunto suavemente, ainda acariciando seus cabelos. — O que aconteceu para você mudar assim de repente?

— Eu não posso… — suas unhas cravam nas minhas costas. Ela respira fundo, hesita. Então sussurra: — Você vai perder tudo… por minha causa.

O alarme tocando em cima da mesa me traz de volta à realidade. Os compromissos, a próxima reunião…

Por mais que eu queira continuar essa conversa e aproveitar que ela finalmente está se abrindo, sei que não podemos. Não se eu não quiser James aparecendo aqui, querendo saber o motivo do meu atraso na reunião.

Solto um suspiro pesado, beijando o topo de sua cabeça antes de me afastar um pouco.

— Não vou te forçar a falar agora — digo, num tom baixo. — Mas você sabe que essa conversa ainda não acabou.

— Ethan, já disse que…

— Apareça no meu apartamento mais tarde — corto-a, resistindo à vontade de puxá-la mais uma vez para perto. — Por favor.

Mia hesita por um momento antes de assentir. Quando sai da sala, ainda posso ver suas mãos tremendo.

Passo a mão pelo rosto, tentando me recompor enquanto me sento novamente. Tento me concentrar nos tópicos da próxima reunião, mas a imagem de Mia continua na minha mente.

As lágrimas dela, o medo em sua voz… tem algo muito errado acontecendo.

Pouco depois, ela volta à minha sala apenas para trazer alguns documentos que solicitei. Por mais que seu olhar evite o meu, ao menos um pouco da tensão parece ter se dissipado.

— É importante — ela insiste, ignorando minha impaciência. — Como advogada responsável…

— Como advogada responsável — a interrompo, finalmente a encarando. — Você deveria se lembrar de que eu não tenho porra nenhuma a ver com esse caso.

Miranda levanta uma sobrancelha, me estudando com aquele olhar analítico que sempre me tira do sério. O canto de sua boca se curva minimamente, o suficiente para perceber que minha postura mais fria em relação a Mia parece satisfazê-la.

— Claro, que burrice a minha — ela justifica rapidamente, jogando os cabelos loiros para trás. — Bem, nos vemos mais tarde então.

Quando ela se afasta, respiro fundo, tentando organizar os pensamentos. Algo não está certo, e tenho certeza de que Miranda está envolvida de alguma forma.

— Mas como estaria? — murmuro, finalmente me levantando para sair.

O resto do dia se arrasta. Mesmo mantendo o profissionalismo, é impossível não perceber como Mia parece ter voltado à tensão inicial. Quando finalmente dou o dia por encerrado, ela praticamente foge da empresa.

Espero alguns minutos antes de ir embora também. Durante todo o caminho para casa, não consigo parar de pensar na possibilidade de finalmente entender tudo.

Quando chego em casa, o silêncio que sempre foi agradável parece agora intensificar meus pensamentos.

Tiro a gravata, tentando relaxar enquanto espero por ela. A cada minuto que passa, a ansiedade cresce, fazendo com que eu me sinta como um adolescente apaixonado no seu primeiro encontro, repetindo a mesma pergunta:

E se ela não vier?

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