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Proibida Para o CEO romance Capítulo 130

“Ethan Hayes”

Odeio esse tipo de evento. Odeio as conversas superficiais, os sorrisos falsos, a necessidade de socializar. Mas hoje, especialmente, odeio não poder ficar perto da minha mulher.

Forço um sorriso enquanto Richard fala sobre sua mais nova aquisição, mas meus olhos continuam percorrendo o salão. Já faz tempo demais que não vejo Mia, e isso me preocupa.

— Vou pegar outro whisky — interrompo-o, me afastando sem me importar em parecer rude.

Mas antes que eu possa procurar por Mia, sinto um braço entrelaçando o meu. O perfume doce demais me faz tensionar imediatamente. Claro que Miranda não desistiria facilmente, mesmo tendo-a dispensado assim que cheguei aqui.

— Ethan — a voz de Miranda me faz virar o rosto para encará-la. — O coquetel está realmente…

— Agora não — interrompo-a, puxando meu braço. — Não estou com paciência para seus joguinhos hoje.

— Novidade… — ela diz, revirando os olhos. — Você nunca tem paciência para mim, mas para sua assistente…

— Não começa, porra — digo, ameaçando me afastar, mas ela me impede.

— Sabe o que é engraçado? — pergunta, esboçando um de seus sorrisos irritantes. — Como você olha para ela. Nunca me olhou assim.

— Talvez porque você nunca significou tanto — as palavras saem antes que eu possa contê-las, fazendo o sorriso sumir de seus lábios.

— Então você admite?

— A única coisa que admito é que esse não é o momento nem o lugar para essa conversa.

— Momento e lugar — ela repete com desdém. — Sempre tão controlado, não é? Sempre tão… perfeito.

Seus olhos se movem para algo atrás de mim, e seu sorriso volta.

— Mas não tão controlado assim — ela continua. — Não quando se trata dela.

Não preciso me virar para saber que Mia está nos observando. Miranda se aproxima ainda mais, deixando propositalmente pouco espaço entre nós.

— O que exatamente você quer? — pergunto, mantendo minha voz baixa.

— Ver você perder esse controle todo — ela sorri. — Agora sei seu ponto fraco, querido.

Antes que eu possa responder, James se aproxima.

— Ethan — ele chama. — Preciso de você aqui. Vou roubá-lo um minuto, Miranda. Com licença.

Ela força um sorriso, claramente irritada pela interrupção. Quando nos afastamos, solto um suspiro irritado.

— Você me deve uma — James comenta enquanto atravessamos o salão.

— Você que me deve, filho da mãe. Isso não aconteceria se você não tivesse fixação por socializar sempre que pode — resmungo, dando um gole no whisky. James ri, claro.

— Socializar não é só uma perda de tempo. É estratégia — dá de ombros quando paramos próximos ao grupo de investidores. — Aguentar Miranda se insinuando para você faz parte do castigo por pensar com a cabeça de baixo.

Não tenho tempo de responder. Antes que eu possa sequer respirar fundo, um dos investidores se vira para nós, apertando a mão de James com entusiasmo.

Como esperado, os outros logo se juntam, iniciando uma entediante conversa sobre o mercado jurídico. Por mais que eu esteja acostumado com esse tipo de conversa, hoje minha paciência está no limite.

— Nada do que já não tenha dito antes, mas vamos deixar isso para lá — responde, dando de ombros. — Não quero estragar minha noite por conta dela.

— Se quiser, sei uma ótima maneira de melhorar a sua noite — provoco. — Não me esqueci da promessa de tirar esse batom…

— Amor… — murmura, descendo o olhar para meus lábios enquanto suspira. — Alguém pode nos ver.

— Sei disso, perdição — me aproximo um pouco mais, controlando o impulso de segurar sua cintura. — Mesmo assim, não consigo evitar querer fazer as maiores loucuras com você.

Mia sorri antes de umedecer os lábios, ciente do poder que esse simples gesto tem sobre mim. Por um momento, penso seriamente em ignorar todos os riscos e beijá-la agora mesmo.

Então, ouço vozes se aproximando da varanda.

— Terceiro andar — murmuro, me afastando discretamente. — Tem uma sala de reuniões no final do corredor à esquerda.

— Como você…?

— Fiz questão de conhecer o lugar antes — sorrio, ajeitando o paletó. — Quinze minutos.

Mia assente e morde o lábio novamente, me obrigando a usar todo o meu autocontrole para não puxá-la para mim quando ela se afasta.

Assim que Mia sai, volto minha atenção para o céu estrelado de Chicago. Quinze minutos. Quinze longos minutos até poder tê-la só para mim.

Respiro fundo, terminando meu whisky em um só gole, e decido sair. No entanto, assim que passo pela porta e dou um passo para me misturar entre as pessoas, uma voz familiar surge por trás de mim.

— Então é assim que você está aproveitando a noite? — pergunta, num tom debochado. — E com Mia, ainda por cima?

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