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Proibida Para o CEO romance Capítulo 133

“Mia Bennett”

Meu coração b**e tão forte que Ethan deve conseguir facilmente ouvir, porque seus dedos apertam um pouco mais os meus.

Tento respirar fundo, mas o ar parece preso na garganta e o espaço fechado do elevador só piora as coisas.

Finalmente, a mentira chegará ao fim. Finalmente, vamos assumir nosso relacionamento, acabar com o medo constante do flagrante… Então, por que esse medo continua aqui?

Quando as portas se abrem, soltamos nossas mãos ao mesmo tempo, como um reflexo automático. Nos misturamos entre os convidados enquanto procuramos meu pai.

Então, o vejo.

James está do outro lado do salão, conversando animadamente com um grupo de homens, provavelmente contando uma de suas piadas sem graça.

Mas o sorriso em seu rosto é tão verdadeiro, tão relaxado, que me faz travar. E se essa for a última vez que o vejo assim antes de tudo mudar?

Seguro o braço de Ethan, fazendo-o parar ao meu lado. Ele me olha imediatamente, franzindo as sobrancelhas.

— Algo errado, meu amor? — ele pergunta, preocupado.

— Não. Só que… isso pode esperar.

— Mia…

— Pelo menos essa noite, por favor — peço baixinho. — Não faz sentido fazer isso agora.

Ethan olha de mim para meu pai algumas vezes antes de suspirar e assentir.

— Tem razão — ele diz, por fim. — Ele merece aproveitar a noite.

— Obrigada — murmuro, soltando seu braço.

— Mas amanhã resolveremos isso, Mia — ele me encara sério. — Sem mais adiamentos.

Assinto, sabendo que ele tem razão. Não podemos mais adiar isso, não com Miranda se sentindo ameaçada.

Mas, pelo menos essa noite, meu pai merece ser apenas… ser ele mesmo. Contar suas piadas ruins e rir delas, dançar ridiculamente após mais alguns drinks…

— Vou voltar para as histórias entediantes — Ethan informa, revirando os olhos antes de tocar discretamente minha mão. — Nos encontramos daqui a pouco.

Assinto, esboçando um sorriso. Ethan se afasta, se misturando entre as pessoas enquanto permaneço parada, ainda digerindo os últimos acontecimentos.

— Vocês são péssimos em disfarçar — ouço uma voz bem conhecida vindo por trás de mim. Ao me virar, encontro Lauren sorrindo.

— Ou você perceba apenas por que sabe, não?

— Talvez. — Ela dá de ombros, levando a taça aos lábios. — Só sei que essa história de vocês está mais interessante que novela mexicana.

— Bem, aproveite enquanto os protagonistas estão na fase do “final feliz” — respondo, tentando disfarçar minha insegurança. — O drama pode começar a qualquer momento.

— Não me diga que vocês…

— Sim, vamos contar — completo, soltando um longo suspiro. — Não dá mais para adiar. Só espero que meu pai não surte.

Ela assente devagar, observando a pista de dança por um momento antes de se virar para mim novamente.

— Você ama meu irmão? — pergunta, levantando uma sobrancelha.

— Amo — respondo, sem hesitação. Lauren sorri com minha resposta, como se já soubesse a resposta.

Antes que ela possa responder, meu pai se aproxima.

— Descanse, filha — ele me dá um beijo na testa.

— Pode deixar — respondo, olhando brevemente para Ethan quando uma ideia surge à mente. — Pai, que tal um almoço amanhã, lá em casa?

— Perfeito — meu pai sorri. — Levo o vinho.

Após nos despedirmos, seguimos para o carro em silêncio. O caminho até o apartamento é tranquilo, cada um perdido em seus próprios pensamentos.

Quando chegamos, Ethan sugere um banho para relaxar. A água quente ajuda a aliviar um pouco da tensão da noite, mas não afasta totalmente a ansiedade do que está por vir.

Visto uma de suas camisas, sorrindo ao sentir seu cheiro no tecido, e o encontro sentado no sofá.

— Vem cá — ele chama, abrindo os braços.

Me sento em seu colo, descansando a cabeça em seu ombro enquanto ele faz carinho em minhas costas.

— Tem certeza sobre amanhã? — pergunta baixinho, após alguns minutos em silêncio.

— Nunca tive tanta certeza de algo na minha vida — respondo, beijando-o suavemente.

Me aconchego mais em seu colo, saboreando cada momento. É estranho pensar que essa pode ser nossa última noite de paz, que amanhã tudo pode mudar. A ideia faz meu coração apertar.

— No que está pensando? — Ethan pergunta baixinho, notando minha mudança de humor.

— Em como tudo pode ser diferente depois de amanhã — confesso, soltando um suspiro.

— Vai dar tudo certo — ele beija minha testa, me fazendo sorrir com sua convicção.

— Amanhã… — murmuro, me acostumando com a ideia. — Só espero que tudo termine bem.

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