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Proibida Para o CEO romance Capítulo 134

Acordo sentindo beijos suaves em meu pescoço. Sorrio, ainda de olhos fechados, enquanto os braços de Ethan me apertam um pouco mais contra seu peito.

— Bom dia — murmuro, me virando para encará-lo.

— Bom dia, perdição — ele sorri antes de me beijar.

Correspondo ao beijo preguiçosamente, aproveitando a sensação de acordar assim. É engraçado como, em tão pouco tempo, isso se tornou tão natural, tão… nosso.

— Que horas são? — pergunto, me dando conta de que já está claro demais, e que Ethan parece já ter acordado há mais tempo.

— São dez horas.

— Nossa, dormi demais — afirmo, passando a mão no rosto. Então, a lembrança me faz sentar rapidamente. — Meu pai vem para o almoço, preciso ir para casa.

— Ou… — ele me puxa de volta, beijando meu pescoço. — Podemos tomar um banho primeiro.

— Hum… — mordo o lábio, fingindo pensar. — Acho que é uma ótima ideia, mas não podemos demorar.

— Prometo que não vou te atrasar… muito.

— Você não é muito bom com promessas.

— Não é minha culpa — ele continua distribuindo beijos pelo meu pescoço. — Você que me provoca.

— Eu não te provoco tanto assim.

Ethan se afasta apenas o suficiente para me encarar, estreitando os olhos enquanto esboça um sorriso malicioso.

— Quer mesmo que eu explique?

Antes que eu possa responder, ele me puxa para mais um beijo. Esse não tem nada da preguiça do anterior; é urgente, intenso.

— Banho? — ele pergunta contra meus lábios.

— Sem dúvidas.

Ele se levanta primeiro, estendendo a mão para me ajudar. Seus dedos vão direto para os botões da minha camisa, me fazendo sorrir.

— Se você continuar me olhando assim — murmuro quando seus olhos escurecem —, esse banho vai demorar.

— E qual é o problema? — ele pergunta, desfazendo mais um botão.

— O problema é que meu pai vem almoçar e...

Suas mãos param nos botões.

— Você tinha que mencionar seu pai justo agora? — ele revira os olhos. Rio da sua frustração, puxando-o para outro beijo.

— Vem — sussurro contra seus lábios. — Prometo compensar isso depois.

Ele sorri, se afastando para terminar de desabotoar a camisa. Quando ela cai no chão, sinto seu olhar percorrendo meu corpo.

— Você é linda.

— E você está vestido demais — respondo, deslizando minhas unhas pela sua barriga até chegar na cueca boxer que ele usa.

Ethan ri e me deixa tirar a peça branca. A água quente cai sobre nós, enquanto seus lábios encontram os meus novamente.

— Achei que era só um banho — provoco quando suas mãos começam a percorrer meu corpo.

— Mudei de ideia — responde, me prensando contra a parede. — Alguma objeção?

— Quase onze — murmuro ao olhar o relógio na parede. — Dá tempo de tomar um café antes.

Meus cabelos ainda pingam algumas gotas pelo caminho enquanto sigo para a cozinha, distraída, secando-os com outra toalha menor.

No instante em que viro o corredor e chego na sala, ouço o som da porta principal se abrindo. Meu coração quase para.

James entra como se estivesse em sua própria casa — e, tecnicamente, não está errado, considerando que tem a senha da porta.

Quando levanta a cabeça, nossos olhares se encontram. Ficamos em silêncio pelo que parece uma eternidade.

É como assistir a um acidente em câmera lenta: você sabe que vai acontecer, mas não consegue fazer nada para impedir.

Ele pisca uma, duas vezes, como se estivesse tentando processar a cena à sua frente. Meu corpo encolhido na toalha, os cabelos ainda molhados, os pés descalços no chão de mármore…

— Que porra…? — James começa, mas antes que consiga terminar, Ethan surge da cozinha, ainda com a toalha enrolada na cintura.

— Mia, se continuar demorando…

Ele para no meio da frase ao ver meu pai parado na sala, com a mandíbula travada e as sobrancelhas franzidas.

James alterna o olhar entre nós dois, como se estivesse montando um quebra-cabeça óbvio e detestando a resposta.

— Vocês dois… — Meu pai começa a falar, num tom baixo, carregado de incredulidade.

Ethan me encara, como se estivesse escolhendo as melhores palavras, ou talvez repetindo as mesmas orações que eu.

Abrimos a boca quase ao mesmo tempo, mas meu pai nos interrompe, sua voz agora mais alta e o rosto se contorcendo de fúria.

— QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

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