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Proibida Para o CEO romance Capítulo 137

Minhas pernas tremem tanto que preciso me apoiar na parede. Só agora percebo que estou chorando de novo.

— Mia… — Ethan se aproxima, tocando meu braço.

— Não. — Me afasto, limpando o rosto com raiva. — Ele tem razão.

— Não tem, meu amor.

— Tem, sim — insisto. — Destruímos tudo. A confiança dele, nossa relação com ele… Como vamos consertar isso?

— Vamos dar tempo a ele — Ethan responde, tentando se aproximar novamente.

Dessa vez, não me afasto. Deixo que seus braços me envolvam enquanto as lágrimas continuam caindo.

— Tempo? — repito, sentindo o peso da situação. — Você viu o olhar dele. A decepção…

— Vi — ele suspira, beijando o topo da minha cabeça. — E vou ter que conviver com isso. Com a certeza de que traí a confiança do meu melhor amigo.

Fecho os olhos com força, me lembrando das palavras do meu pai. Perfeitos um para o outro. Destruindo quem confia em nós.

— E se ele nunca nos perdoar? — pergunto, minha voz quase um sussurro.

— Então teremos que aprender a viver com isso — Ethan responde, num tom tão baixo quanto o meu. — Mas quero que saiba que… — ele se afasta um pouco, segurando meu rosto entre as mãos — se você quiser se afastar, se achar que precisa de tempo para recuperar a confiança dele… vou entender.

— Ethan…

— Estou falando sério — ele insiste. — Sei o quanto seu pai é importante para você, o quanto vocês lutaram para construir essa relação. Não quero que perca isso por minha causa.

— Não é só por sua causa — discordo, tocando seu rosto com delicadeza. — Foi uma escolha minha também, lembra?

— Mesmo assim. — Ele fecha os olhos por um momento, apoiando o rosto em minha mão. — A escolha continua sendo sua.

— E eu já escolhi — respondo, convicta. — Escolhi você. Escolhi nós dois. Não há dúvidas, ou não teríamos chegado a esse ponto.

Ethan abre os olhos, me encarando com uma intensidade que faz meu coração apertar.

— Sei que meu pai está magoado, devastado — continuo. — E tem todo o direito de estar. Mas espero que, quando a raiva passar, quando ele pensar com mais calma… — respiro fundo. — Ele sempre diz que só quer me ver feliz. E você me faz feliz, Ethan.

— Mia…

— Não vou desistir da gente — insisto. — Não depois de tudo que passamos para chegar até aqui.

Ethan me observa em silêncio por alguns segundos antes de sorrir. Envolvo meus braços em seu pescoço, puxando-o para um beijo calmo, ignorando o gosto metálico do sangue seco no canto de sua boca.

— Agora — murmuro, me afastando —, vamos cuidar desses machucados.

— Não precisa…

— Precisa, sim — insisto, pegando sua mão. — Vem.

Seguimos até o banheiro, tentando ignorar o nó que ainda aperta minha garganta. Enquanto procuro a caixa de primeiros socorros embaixo da pia, percebo que minhas mãos ainda tremem.

Ethan apenas assente, ainda perdido em pensamentos. Enquanto a água quente enche a banheira, molho uma toalha limpa e a passo suavemente sobre sua pele para limpar o sangue.

Quando termino, a banheira já está cheia. Ethan entra primeiro e estende a mão para me ajudar.

Me acomodo entre suas pernas, apoiando as costas em seu peito. Seus braços me envolvem automaticamente e, por alguns minutos, ficamos assim, apenas sentindo a água quente e a presença um do outro.

— O que vai acontecer agora? — pergunto baixo, observando a água levemente rosada.

Ethan demora alguns segundos para responder, fazendo círculos distraídos em meu braço.

— Não sei — admite finalmente. — Mas seja o que for… vamos enfrentar juntos.

— Ele vai contar para todo mundo — murmuro, já prevendo o que acontecerá. — Na empresa, todos vão saber.

— Não acho que James vá sair espalhando isso agora — comenta, soltando um suspiro. — Ele sabe que qualquer palavra errada pode mexer com a reputação da Nexus.

— Mas as pessoas vão perceber — insisto. — Não tem como esconder mais.

— Não, não tem — concorda, beijando minha cabeça. — Mas não quero mais esconder o que sinto.

Fecho os olhos, deixando suas palavras se instalarem dentro de mim. Depois de tanto tempo nos escondendo, mentindo, fugindo…

A ideia de não precisar mais fazer isso me traz um certo alívio, mas isso não ameniza totalmente o medo do que está por vir.

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