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Proibida Para o CEO romance Capítulo 142

James não se move. Não fala. Apenas mantém os olhos fixos na porta, os punhos cerrados ao lado do corpo. Então, solta um suspiro longo, passa a mão pelo rosto e, sem me encarar, se senta novamente.

O som da cadeira se ajustando sob seu peso é o único ruído por alguns segundos, antes que ele estenda a mão para o telefone na mesa.

— Quero que garantam que Miranda Pierce deixe a Nexus nos próximos dez minutos — diz, a voz baixa, mas cortante. — Se ela passar disso, podem tirá-la à força daqui.

Desliga e, sem pausa, disca outro número.

— Assim que a Srta. Pierce sair, reúna a equipe jurídica na sala de reuniões.

Mais um clique seco ao desligar. Ele se recosta na cadeira, tamborilando os dedos contra a mesa, como se sua paciência estivesse no limite.

Sei que ele quer que eu saia. Também sei que qualquer palavra minha agora pode ser um erro.

Mas não saio.

— Você está fazendo a coisa certa. — Quebro o silêncio, mantendo meu tom neutro.

James solta uma risada curta, sem humor, e finalmente levanta os olhos para mim.

— Engraçado ouvir isso de você — diz, o desprezo evidente na voz.

— Também vou pedir que… — começo, ignorando sua fala, mas ele me corta.

— Vou tomar as medidas jurídicas necessárias em relação à Miranda e isso basta — decreta, ríspido. — Não me interessa saber o que você vai fazer.

Ele desvia o olhar para os papéis sobre a mesa, deixando claro que a conversa se encerrou.

Passo a língua pelo corte no lábio, ponderando. Eu poderia sair sem dizer nada, evitar prolongar o inevitável. Mas James ainda está puto. Não só comigo, mas com tudo. Com Mia. Com a merda toda.

— Você quer mesmo me tirar da empresa — murmuro, atraindo sua atenção novamente.

Ele mantém o olhar fixo em mim, mas sua expressão continua indecifrável.

— Você sabe tão bem quanto eu que isso não depende só de mim — responde, sem rodeios. — Ou você já estaria fora.

— Sei, óbvio. O problema é que também sei qual é a outra opção.

— E?

— E você sabe que essa é a pior decisão que poderia pensar em tomar.

— A pior decisão foi confiar em você — ele cospe as palavras.

— Você tem razão — digo, fazendo James se virar para me encarar, desconfiado da minha súbita concordância. — Não há nada que eu possa dizer agora que vá mudar alguma coisa. Você está me odiando, e não tiro sua razão.

Ele permanece em silêncio enquanto volta a se sentar. Sua postura continua rígida, como se esperasse que eu tentasse argumentar mais.

Em vez disso, dou alguns passos em direção à porta. Paro com a mão na maçaneta, respirando fundo.

— Só espero — digo, sem me virar — que, apesar da raiva que está sentindo de mim, perceba que fazer isso será o mesmo que jogar fora a realização de uma vida inteira.

— Você sabe como resolver isso, Ethan — ele murmura, me fazendo virar para encará-lo. — Se afaste de Mia. Ela não merece alguém como você.

— Isso não é você quem decide, James. Enquanto ela me quiser, eu vou estar ao lado dela — afirmo, sem hesitar.

James estreita os olhos, contraindo a mandíbula.

— Veremos se isso continuará quando Mia perceber quem você é — sibila, num tom carregado de algo que não sei definir. — Mia acha que conhece você, que pode confiar em você. Mas eu sei quem você é de verdade, Ethan. E farei o que for necessário para que ela também enxergue.

A forma como ele diz isso me faz sentir que não estou lidando apenas com um pai puto. Estou lidando com um homem que decidiu que essa guerra será vencida por ele.

Ele vai garantir que isso aconteça.

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