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Proibida Para o CEO romance Capítulo 148

“Ethan Hayes”

A casa continua exatamente como me lembro. As mesmas cores, as mesmas plantas, os mesmos quadros nas paredes — cada um retratando um dos projetos mais importantes do legado Hayes.

Mais de trinta anos de trabalho da minha família expostos como um museu particular de sucessos.

Lauren entra primeiro, anunciando nossa chegada em voz alta. Mia aperta minha mão quando hesito na porta, e é tudo que preciso para dar o primeiro passo.

— Ethan?

A voz da minha mãe ecoa pela sala, tremida e incerta. Segundos depois, ela aparece no corredor. Seus cabelos estão um pouco mais curtos do que me lembro, mas seus olhos… são os mesmos que me observaram crescer.

— Oi, mãe — digo baixo, sentindo um nó se formar em minha garganta.

Ela não responde. Em vez disso, atravessa a distância entre nós em passos rápidos e me abraça. O perfume dela, o mesmo de sempre, me atinge como uma onda de memórias que permaneceram esquecidas por tanto tempo.

— Meu menino — murmura contra meu peito, e percebo que está chorando. — Você voltou.

Mia solta minha mão discretamente, me dando espaço. Passo os braços ao redor da minha mãe e fecho os olhos com força, absorvendo o momento.

— Me desculpa — sussurro, beijando o topo de sua cabeça. — Me desculpa por demorar tanto.

Ela se afasta apenas o suficiente para segurar meu rosto entre as mãos, estudando cada detalhe como se quisesse ter certeza de que sou real. Seus olhos param nos últimos vestígios do roxo em minha bochecha, mas ela não comenta.

— Você está mais magro — diz, em vez disso, e não consigo evitar um sorriso. Algumas coisas nunca mudam.

— Não começa, mãe.

— É verdade! Lauren, você não acha que seu irmão está muito magro?

— Não me coloque no meio — Lauren responde, rindo. — Mas, já que perguntou, acho que a culpa é da Mia.

É só então que minha mãe parece notar a mulher ao meu lado, que quase se esconde atrás de mim. Seus olhos se arregalam levemente antes de abrir um sorriso caloroso.

— Então você é a Mia — diz, se aproximando. — Lauren me contou tanto sobre você.

— Espero que tenham sido coisas boas — Mia responde com um sorriso tímido.

— As melhores — minha mãe garante antes de abraçá-la. — Obrigada por trazê-lo de volta.

Observo a interação, sentindo meu peito aquecer. Como pude deixar tanto tempo passar?

O barulho de passos no andar de cima me tira dos pensamentos. Desvio os olhos para a escada, sentindo a tensão voltar aos meus ombros ao notar a porta do escritório do meu pai entreaberta. A luz está acesa.

— Seu pai não está — minha mãe informa, notando meu olhar. — Ele teve que resolver algumas coisas no escritório. Só chega amanhã.

Assinto, mas não consigo relaxar totalmente. Mesmo sem ele aqui, sua presença está em cada projeto emoldurado, em cada prêmio nas paredes, em cada livro de arquitetura cuidadosamente organizado nas estantes.

— Venham — ela continua, gesticulando para a escada. — Vou mostrar onde vocês vão ficar.

Mia deve perceber minha tensão, porque sua mão encontra a minha imediatamente enquanto subimos os degraus brancos.

O corredor do segundo andar também não mudou. As mesmas fotos de família alinhadas perfeitamente na parede.

Paro brevemente diante de uma delas: eu, aos dezoito anos, sorrindo ao lado do meu pai em frente ao escritório dele.

Encaro seus olhos por alguns segundos, tentando absorver suas palavras.

Antes que eu possa responder, Lauren aparece na porta.

— Família chegando — anuncia com um sorriso empolgado. — Prontos para o show?

Mia ri baixinho, beijando minha testa antes de dar um passo para trás.

— Vou tomar um banho rápido — diz, pegando sua necessaire.

— Me chame se precisar de alguma coisa, meu bem.

Mia assente antes de entrar no banheiro.

Quando fico sozinho com Lauren, ela se encosta no batente, me estudando.

— Não é tão ruim quanto você pensou que seria, é?

— Ainda não — respondo, passando a mão pelo rosto. — Mas amanhã sabemos que…

— Para de pensar no amanhã — ela me interrompe. — Hoje é sobre a mamãe, lembra?

Assinto, porque ela tem razão. Hoje é sobre minha mãe. Sobre seus olhos marejados ao me ver, sobre seu abraço apertado, sobre como manteve meu quarto intacto mesmo depois de tanto tempo.

Hoje é sobre recomeçar.

Amanhã… bem, amanhã lido com meu pai.

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