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Proibida Para o CEO romance Capítulo 152

“Mia Bennett”

Assim que nos levantamos do banco de pedra, Ethan segura minha cintura com uma familiaridade que me causa arrepios. Seu olhar intenso se fixa no meu e, por um momento, esqueço completamente da ideia que tive.

— Não sei qual foi sua ideia para me relaxar — ele sussurra contra meu ouvido, me puxando para mais perto — mas sei de uma excelente maneira de fazer isso lá em cima, no meu quarto… na minha cama.

Sinto minhas bochechas queimarem e disfarço, soltando uma risada baixa.

— Você é terrível! — digo, dando um leve empurrão em seu peito. — Realmente uma excelente ideia, mas não quero ser expulsa da sua família antes mesmo de entrar nela oficialmente.

— Uma semana, Mia — dramatiza, deslizando os dedos pela minha cintura. — Sete dias inteiros sem absolutamente nada.

— E você está sobrevivendo muito bem — provoco, arqueando a sobrancelha.

— Finjo muito bem, meu amor. Porque estou à beira do colapso.

— Em breve te recompenso — digo, dando-lhe um beijo rápido.

— Vou cobrar essa promessa.

— Pode cobrar — dou de ombros, sorrindo. — Mas até lá… que tal fazermos algo mais… seguro?

— Defina “seguro”, perdição.

— Um piquenique — sugiro, deslizando os dedos pelo seu peito. — Só nós dois, longe dos olhares e da tensão.

Ethan solta um suspiro dramático antes de me dar outro beijo e assentir.

— Certo, mas só porque conheço o lugar perfeito — diz, entrelaçando nossos dedos. — Vamos até a cozinha pegar algumas coisas.

Seguimos pelo caminho de pedras devagar, trocando alguns beijos durante o trajeto.

Quando chegamos à cozinha, Teresa, a governanta que provavelmente trabalha aqui há mais tempo do que existo na Terra, nos recebe com um sorriso caloroso.

Enquanto ela prepara uma cesta com sanduíches, frutas e uma garrafa de vinho, observo Ethan interagindo com ela.

É como se, por alguns minutos, ele voltasse a ser apenas um garoto. Sem o peso do sobrenome Hayes sobre os ombros.

Vinte minutos depois, seguimos pelo caminho de pedras devagar, de mãos dadas, enquanto Ethan me guia para seu refúgio secreto, mostrando cada detalhe com a familiaridade de quem viveu aqui por anos.

Quando o lago surge à nossa frente, refletindo o céu em suas águas cristalinas, não consigo conter um suspiro de admiração.

Um pequeno deck de madeira se estende sobre a margem, e é no meio dele que Ethan estende a toalha que trouxemos.

— O que aconteceu? — pergunto suavemente.

— Ele tinha acabado de rasgar um catálogo de Direito que eu estava olhando. — Ethan lança uma pedra na água, observando os círculos que se formam. — Eu ainda não havia decidido nada. Só estava considerando. Mas, para ele, não havia outra opção. Três gerações de arquitetos, e eu deveria ser a quarta.

Me perco na vista à minha frente, imaginando um Ethan adolescente parado exatamente onde estamos agora. Triste, tentando encontrar seu próprio caminho, mas carregando o peso das expectativas de uma família inteira.

— Vim para cá, fiquei a noite toda ponderando se cedia de vez às vontades dele ou seguia minha própria vontade.

— E o que te fez decidir de vez?

— Lauren. Foi ela quem me encontrou de manhã. — Ele sorri levemente. — Mesmo com apenas 14 anos e sendo uma adolescente irritante, ela me olhou e disse: “Se você passar a vida fazendo tudo o que ele quer, nunca vai ser feliz.”

Fico em silêncio, absorvendo suas palavras. Nunca imaginei que Lauren, com sua energia caótica e espírito livre, tivesse sido a primeira a enxergar isso com tanta clareza.

— É irônico que meu pai nunca tenha entendido minhas vontades — Ethan continua, virando-se para me encarar. — Ele acha que traí o legado da família, mas, na verdade, aprendi com ele a construir algo duradouro. Só que escolhi construir com leis e contratos, não com concreto e aço.

— Acho que essa é uma das coisas que mais admiro em você — digo, me aproximando um pouco mais. — A coragem de seguir seus próprios desejos, mesmo quando teria sido muito mais fácil ceder.

Ethan assente e, após alguns segundos, sorri, satisfeito.

— O Direito. A Nexus. E agora, você — ele diz, sem desviar o olhar do meu. — Nada disso teria acontecido se eu tivesse escolhido o caminho mais fácil. E talvez eu não fosse tão feliz como sou hoje.

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