Sorrindo, aproximo meu rosto do dele e o beijo suavemente. Quando nos afastamos, Ethan me puxa para deitar, e eu me aconchego em seu peito enquanto observo o céu sobre nós.
O vento sopra suavemente pelo lago e o calor do corpo dele sob minha pele é uma das sensações mais tranquilizantes que já experimentei.
Sinto seus dedos deslizando suavemente pelo meu cabelo, em um movimento quase distraído. Sua respiração está calma e percebo que ele também está perdido em pensamentos.
— Você sabia que nunca fiz isso antes?
Levanto um pouco a cabeça, apoiando o queixo em seu peito para encará-lo.
— Isso o quê?
— Pedir alguém em namoro. — Ele desliza os dedos pelo meu braço, traçando caminhos invisíveis em minha pele.
— Achei que estávamos namorando.
— E estamos. Mas nunca te pedi oficialmente.
Ethan se vira de lado, ajustando nossos corpos para ficarmos frente a frente.
— Sabe, tomei apenas duas grandes decisões na vida, decisões que mudariam tudo — diz, segurando minha mão. — A primeira foi quando escolhi ser fiel a mim mesmo, mesmo sabendo o preço que pagaria.
— Qual foi a segunda? — pergunto, quase num sussurro.
— A segunda tomei há alguns meses, mas quero oficializar agora. — Seu olhar se intensifica. — Quero você, Mia. Para sempre. Como minha namorada, mulher, amante… Quero que o mundo inteiro saiba que você é minha.
A intensidade em seus olhos me faz esquecer qualquer resposta ensaiada. Tudo o que posso fazer é sorrir como a boba apaixonada que sou.
— O que me diz, perdição? Quer ser oficialmente minha?
— Como se já não fosse sua, meu amor. — respondo, puxando-o para um beijo suave.
Ele sorri contra meus lábios, me apertando ainda mais contra ele.
— Então isso significa sim?
— Significa que você já tinha essa resposta desde o primeiro momento em que disse que não se afastaria mais. — Deslizo meus dedos pelo seu maxilar, meu coração pulsando no mesmo ritmo do dele. — Sou sua, Ethan Hayes. Inteiramente sua. E ninguém poderá mudar isso.
— E eu sou seu, Mia Bennett. — Ele se aproxima novamente, os olhos fixos nos meus. — Mesmo que o mundo inteiro tente interferir, nada pode mudar isso.
Não sei quem se move primeiro, mas quando nossos lábios se encontram, parece a conclusão inevitável do que já estava decidido.
O beijo começa suave, uma mistura de gratidão e compreensão, mas rapidamente se transforma em algo mais intenso.
Ethan me puxa para mais perto, deslizando a mão para minha nuca e entrelaçando os dedos em meus cabelos. O sabor do vinho em sua língua se mistura ao desejo contido que se acumulou durante esta semana caótica.
— Senti tanta falta disso — sussurro contra seus lábios quando nos separamos para respirar.
— Isso foi cruel, Mia — murmura, ainda me encarando como se estivesse calculando o tempo exato até poder me jogar contra um colchão.
— Paciência é uma virtude, meu amor — provoco, levando minha taça à boca.
Ethan solta um suspiro longo e pega sua própria taça, virando o resto do vinho em um único gole.
— Um dia ainda faço você implorar, perdição — murmura, deixando a taça de lado.
— Esperarei ansiosa por esse dia. — Solto uma risada baixa, me levantando e estendendo a mão para ele. — Vamos antes que alguém ache que nos afogamos?
Rindo, recolhemos as coisas e seguimos de volta pela trilha. Conforme nos aproximamos da casa, a leveza do momento começa a se dissipar, dando lugar a uma tensão silenciosa.
Assim que entramos, os sons abafados de uma conversa chegam até nós. Catherine, Lauren e Abraham estão na sala de estar, distraídos enquanto conversam.
Ethan segura minha mão com um pouco mais de força e me puxa em direção às escadas. Mas antes que possamos subir, a voz de Abraham se eleva acima das outras.
— …e no fim das contas, se o escritório parasse nas mãos de Ethan, certamente iria ruir.
Sinto os dedos de Ethan soltarem os meus lentamente. Seu maxilar trava e seus olhos se fixam na direção da sala.
— Hora de esclarecer algumas coisas. — Ele murmura, se afastando antes que eu consiga impedir.

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