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Proibida Para o CEO romance Capítulo 165

“Mia Bennett”

Uma semana. Sete dias exatos desde que deixei de ser assistente pessoal do CEO para me tornar… bem, seja lá o que for que estou fazendo no Departamento Jurídico.

Aprendiz de advogada? Filha problemática sob vigilância? Provavelmente algo entre essas duas opções.

— Terra para Mia. — Theo balança a mão na frente do meu rosto, me trazendo de volta à realidade do restaurante italiano onde almoçamos. — Você acabou de comer toda a sua salada sem dizer uma palavra. Isso é alarmante.

— Desculpe. — Empurro o prato vazio. — Muita coisa na cabeça.

— Está tudo bem? — Ele me lança um olhar que deixa claro exatamente ao que está se referindo.

Ao contrário do que imaginei, Theo não mudou nem um pouco após nossa última conversa no meu apartamento.

E, nesses últimos dias no Jurídico, tem sido essencial para minha adaptação. O único que não me trata como uma intrusa, minha salvação quando estou completamente perdida no departamento.

Solto um suspiro baixo, desviando o olhar para a janela.

— Estou bem — finalmente respondo, voltando a encará-lo. — Só que ainda é estranho, sabe? Mal conversamos durante o expediente.

— O plano de James está funcionando, então.

— Não acaba com meu bom humor.

— Só estou constatando o óbvio. — Ele verifica o relógio. — E, se continuar assim, com cara de quem chupou limão, James vai continuar jogando pesado. Melhor voltarmos. Pearson vai ter um ataque se nos atrasarmos.

Pagamos a conta e saímos para a rua ensolarada. Enquanto caminhamos de volta à Nexus, sinto novamente aquela sensação inquietante de que estou sendo observada. A terceira vez nos últimos dois dias.

Me viro sutilmente, como quem apenas olha para o trânsito, mas não vejo nada de incomum.

Ainda assim, meu coração acelera e a necessidade de olhar por cima do ombro só aumenta.

— O que foi? — Theo pergunta, franzindo a testa.

— Nada. — Sacudo a cabeça. — Só impressão.

“Paranoia. Deve ser isso.” Tento me convencer mentalmente.

David está preso. O homem que estava com ele também. E Miranda… bem, ela pode me odiar, mas não seria louca a ponto de me perseguir. Certo?

— Você está estranha hoje. — Theo observa quando entramos no prédio da Nexus.

— É o cansaço de ler contratos intermináveis. — Forço um sorriso, tentando não parecer louca. — Quem diria que havia tantas maneiras de dizer a mesma coisa em jargão jurídico?

Ele sorri, aparentemente acreditando no que digo, e seguimos para o elevador.

Pouco depois, ao sairmos no décimo andar, Theo toca meu braço enquanto andamos.

— Sabe, se precisar conversar, estou aqui.

— Estou bem, Theo. É sério. — Retribuo o toque em seu braço, gentilmente. — Só estou cansada dessa situação.

— Se você diz. — Ele não parece convencido, mas não insiste. — Ah, esqueci de mencionar. Pearson teve que sair para uma audiência de emergência. Algo sobre uma liminar.

— Sério? — Isso é um alívio inesperado. Pearson vive rondando minha mesa como um urubu esperando carniça. — Quando ele volta?

— Provavelmente só no final da tarde. Você está temporariamente livre da tirania.

— Mal acredito que teremos um momento de paz.

Os boatos não importam agora.

Só um detalhe me interessa: Ethan.

Ao passar pela minha antiga mesa, percebo que a Barbie humana não está lá com mais um de seus sorrisos irritantes.

Ótimo.

Mas, assim que me aproximo da sala de Ethan, noto a porta entreaberta e ouço vozes baixas vindas de dentro.

— Não está tão ruim assim… — A voz dela é baixa, suave. Forçada.

— Mesmo assim, é melhor se limpar antes que alguém veja — Ethan responde, num tom que imediatamente me faz franzir as sobrancelhas.

Em dois passos, abro a porta e a cena que encontro me faz congelar no lugar.

Amy está parada no meio do escritório.

Meu estômago se revira quando reparo em sua blusa desalinhada, alguns botões abertos, pele exposta demais para o ambiente.

E Ethan está parado próximo a ela. Perto o suficiente para ver tudo.

O tempo parece congelar enquanto tento processar o que estou vendo. Não consigo sequer respirar, quanto mais me mover ou falar.

Uma onda de náusea me atinge, seguida por um calor que sobe pelo meu pescoço até meu rosto.

— Posso saber o que está acontecendo aqui? — pergunto, quase num sussurro, sentindo todo o meu corpo tremer.

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