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Proibida Para o CEO romance Capítulo 166

“Alguns minutos antes… Ethan Hayes”

A dor de cabeça está voltando. A terceira vez hoje.

Massageio as têmporas, tentando aliviar a pressão enquanto reviso os relatórios trimestrais. Já estou na quarta xícara de café e nem passa das duas da tarde. Patético.

Uma semana. Uma m*****a semana desde que James decidiu transferir Mia. Uma semana sem poder vê-la durante o dia, sem nossos almoços rápidos, sem ela me impedindo de tomar café demais.

Uma semana com uma assistente modelo e seus sorrisos perfeitamente ensaiados. Incapaz de conversar sem se inclinar demais sobre minha mesa.

Fecho os arquivos digitais e empurro a cadeira para trás, passando as mãos pelo rosto. No mesmo instante, o silêncio do meu escritório é interrompido por batidas na porta.

— Sr. Hayes? — Amy abre sem esperar resposta. — Trouxe seu café.

— Obrigado, mas não pedi café. — Mantenho a voz neutra, sem olhar para cima.

— Pensei que poderia querer. — Ela sorri, aproximando-se da minha mesa. — O senhor sempre toma café a esta hora.

Algo no tom dela me irrita mais do que deveria. Talvez porque ela esteja certa. Eu realmente tomaria café agora, se Mia estivesse aqui para me trazer.

— Pode deixar aí. — Indico um espaço na mesa, mantendo os olhos nos papéis à minha frente.

Ela se move com aquela lentidão calculada e… óbvio. Tropeça em seus próprios saltos.

O café transborda da xícara e atinge sua blusa branca de seda, respingando na minha mesa. Um grito teatral demais escapa dela, enquanto pula para trás.

— Oh, meu Deus! — Ela olha para a mancha marrom que se espalha rapidamente pela blusa. — Que desastre…

Me levanto rapidamente, praguejando baixo enquanto tento salvar os documentos antes que a tinta manche as páginas.

Sinto o cheiro forte do café misturado ao perfume adocicado de Amy e já sei que isso vai me irritar ainda mais.

Quando ergo a cabeça, ela já abriu três botões da blusa, expondo a pele enquanto passa lenços sobre os seios.

— Que porra você está fazendo? — pergunto, sem esconder o desprezo na voz. — Feche isso. Agora.

Amy levanta os olhos devagar, como se estivesse surpresa com minha reação.

— Está queimando! — Ela faz uma cara de dor que parece ensaiada. Dramática, como se estivesse num filme ruim. — Estou tentando limpar.

— Faça isso no banheiro. — Aponto para a porta, sentindo minha paciência diminuir a cada segundo.

— Não está tão ruim assim… — murmura, num tom baixo, fingindo sofrimento enquanto se limpa da maneira mais dramática possível.

Jesus Cristo. Isso está realmente acontecendo?

Solto um suspiro longo, esfregando a mão no rosto.

— Mesmo assim, é melhor se limpar antes que alguém veja.

Não que eu me importe. Mas o teatro dela já me deu dor de cabeça suficiente por hoje.

Um movimento na porta chama minha atenção. Viro a cabeça e vejo Mia parada na entrada, pálida como um fantasma.

Merda.

— Sabe, Amy… — Mia a interrompe, balançando a cabeça em descrença. — Se vai tentar algum truque, pelo menos seja original. O café “acidentalmente” derramado é tão clichê…

O rosto de Amy cora. Não de vergonha, mas de raiva. Certamente não esperava uma reação tão calma.

Me aproximo de Mia, sem saber ao certo o que esperar. Ela não gritou, não saiu batendo a porta, mas isso não significa que está tudo bem. Ainda não.

— Srta. Frazier, quero você fora da minha sala. Agora. — Minha voz sai baixa, controlada, mas o suficiente para qualquer um perceber que não estou brincando. — E amanhã de manhã, traga sua carta de demissão.

— Não pode me demitir por um acidente! — ela protesta, fechando finalmente a blusa. — Vou falar com o Sr. Bennett sobre isso!

Abro a boca para responder, mas Mia me interrompe antes que eu possa sequer falar.

— Não, ela não vai sair.

— Não? — pergunto, franzindo as sobrancelhas.

Mia nega com a cabeça, encostando-se na mesa enquanto cruza os braços.

Seus olhos permanecem fixos em Amy, analisando cada reação. Como se estivesse dando a chance para Amy se enterrar ainda mais.

— Já que ela mencionou meu pai, vamos acabar com esse teatrinho.

— Não sei do que está falando, Srta. Bennett. Eu…

— Amy, por favor… — Mia suspira, revirando os olhos. — Sinceramente, estou cansada dos jogos do meu pai, e acredito que Ethan também está. E imagino que você, como peça nesse tabuleiro, também já deva estar. Então, vamos resolver logo isso?

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