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Proibida Para o CEO romance Capítulo 175

“Mia Bennett”

Quando a porta se fecha atrás do meu pai, o silêncio que se instala na sala é quase ensurdecedor.

Permaneço imóvel por alguns segundos, como se qualquer movimento pudesse quebrar este frágil momento de… vitória? Trégua?

Não tenho certeza do que acabamos de conquistar.

Ethan é o primeiro a se mover, soltando um suspiro longo enquanto passa a mão pelos cabelos.

— Você está bem? — pergunta, num tom preocupado.

A pergunta é simples, mas o suficiente para fazer minhas pernas tremerem.

Ando até o sofá e praticamente me jogo no assento, sentindo a adrenalina abandonar meu corpo.

— Acho que sim — respondo, encarando a peruca loira caída no chão. — Isso foi… intenso.

Ethan se senta ao meu lado, pegando minha mão entre as suas.

— Você foi incrível — diz, e o orgulho em sua voz me faz olhá-lo. — Forte, determinada. Exatamente como eu sabia que seria.

Tento sorrir, mas não tenho certeza se consigo.

A expressão no rosto do meu pai quando me reconheceu continua gravada em minha mente.

— Acha que funcionou? Que ele vai parar de tentar interferir nas nossas vidas?

— Acho que demos o primeiro passo — Ethan responde, entrelaçando seus dedos nos meus. — James é teimoso, mas não é irracional. Acredito que agora ele só precisa de um tempo para processar tudo.

Assinto, desviando novamente o olhar para a peruca.

— Não esperava me sentir assim — confesso, quase num sussurro.

— Como?

— Culpada. Como se tivéssemos… sei lá, o humilhado de propósito.

Ethan me puxa para o seu colo e apoio a cabeça em seu ombro, buscando conforto no calor de seu corpo.

— Era isso que estava te incomodando, não era? Desde o início, quando planejamos tudo isso.

— Sim — admito. — Ele pode estar errado, pode estar sendo controlador e manipulador, mas… ele é meu pai.

As lágrimas que venho segurando finalmente escorrem.

Uma escapa, depois outra, até que estou chorando silenciosamente contra seu peito.

— Eu sabia que era a coisa certa a fazer — digo entre soluços. — Ele precisava entender que não pode manipular nossas vidas assim. Então, por que me sinto desse jeito?

Ethan me abraça mais forte, pressionando os lábios contra minha testa.

— Escute, meu amor — pede, num tom firme, mas gentil. — O que fizemos hoje não foi para nos vingar ou humilhá-lo. Foi para mostrar a James que você não é mais uma criança que precisa ser protegida do mundo.

— E se ele nunca aceitar nós dois juntos? — A pergunta que me atormenta finalmente encontra voz.

Ethan se afasta o suficiente para olhar em meus olhos. Com cuidado, limpa uma lágrima do meu rosto com o polegar.

— Continuaremos lidando com isso. Juntos — afirma com certeza. — Mas conheço James há anos, Mia. Ele é teimoso como o inferno, mas também é justo. E, mais importante que tudo, ele te ama.

Algo na forma como ele diz isso, não apenas tentando me acalmar, mas porque realmente acredita, me faz respirar um pouco mais fundo.

— Lauren? Por quê?

— Para devolver a peruca — explico, balançando a caixa. — Ela disse que era emprestada de uma amiga. Deve ser bem cara. Além disso… podíamos agradecer a ajuda dela. Ela não precisava ter entrado nessa história, mas entrou.

Ethan considera por um instante e assente.

— Tem razão. E, conhecendo minha irmã, ela provavelmente está morrendo de curiosidade para saber como tudo acabou.

Durante o caminho até o apartamento de Lauren, a tensão do dia finalmente começa a diminuir.

Sinto um alívio estranho.

Como se, apesar do peso do que aconteceu, tivéssemos finalmente dado um passo na direção certa.

Quando chegamos e saímos do carro, Ethan me puxa pela cintura, me dando um beijo leve.

— Vai ficar tudo bem — murmura contra meus lábios. — Prometo.

Assinto, me sentindo mais leve do que estive o dia todo.

Com os dedos entrelaçados, nos aproximamos da porta e Ethan toca a campainha.

Ouvimos passos apressados do outro lado.

Alguns segundos depois, Lauren abre a porta e se posiciona diante dela, como se tentasse nos impedir de ver o interior da casa.

Estreito os olhos ao perceber que ela está ofegante.

— Ethan? Mia? — Ela nos olha com surpresa… quase nervosismo? — O que vocês estão fazendo aqui?

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