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Proibida Para o CEO romance Capítulo 183

“Ethan Hayes”

Depois do almoço com Mia, sigo direto para a próxima reunião com a sensação de que, pela primeira vez em muito tempo, as coisas estão realmente se encaixando.

Minha mulher decidiu permanecer no departamento jurídico e James, apesar da relutância, não tem mais argumentos para nos manter afastados.

Especialmente agora que ele mesmo cruzou a linha que tanto criticava.

E eu ainda não superei a ironia disso.

A reunião com o conselho se arrasta com a mesma energia cansativa de sempre. A sala se resume a projeções, relatórios, números…

Mas minha mente continua presa a uma única questão: dois.

Duas pessoas que, sinceramente, eu nunca imaginaria na mesma equação romântica. James e minha irmã.

O pensamento me distrai pelo menos três vezes ao longo da reunião. Principalmente porque James está sentado ao meu lado, agindo como se nada tivesse mudado.

Quando finalmente encerro a discussão improdutiva e os diretores começam a sair, ele permanece no lugar, folheando distraidamente alguns documentos.

Aguardando.

Sei reconhecer uma abertura quando vejo uma.

— Parece que, desta vez, não precisamos de um plano elaborado para ficarmos a sós — comento, num tom neutro, mas atento à sua reação.

— Aparentemente, não.

O silêncio que se segue não é exatamente confortável, mas também não é hostil. É apenas… estranho.

Como se ambos estivéssemos tentando descobrir como navegar por essa nova fase da nossa relação.

Quando ameaço me levantar, ele finalmente ergue a cabeça para me encarar.

— Você foi inteligente — James admite. — Não vou mentir, me pegou de surpresa.

— Esse nunca foi o objetivo — respondo, sincero. — Só queríamos que você visse as coisas como são. Sem manipulações.

— Você entende por que essa situação foi difícil para mim, não entende?

A pergunta não vem carregada de cinismo ou raiva. Apenas de algo próximo à exaustão.

Assinto.

— Entendo — digo sem hesitação. — Você estava tentando compensar o tempo que perdeu com Mia, e então aparece alguém como eu para desviar a atenção dela.

— Você sempre foi um problema — ele revira os olhos, me fazendo sorrir de lado.

— E agora sou um problema com o qual você precisa conviver em dobro.

James não sorri, mas também não nega.

— Você sabe que, se algum dia machucá-la, eu não vou hesitar em destruir você, certo?

— Eu esperaria nada menos de você — rebato, soltando um suspiro baixo. — E digo o mesmo em relação à Lauren.

James solta uma risada curta, mas não parece surpreso. Pelo contrário, ele me encara por um longo momento, como se estivesse avaliando o peso das minhas palavras.

— Então é assim que vai ser? Você protegendo minha filha e eu protegendo sua irmã?

— Parece justo, não acha? — pergunto, erguendo uma sobrancelha.

— Ironia fodida.

— Diga isso para mim, James.

E, honestamente? Já era hora.

Solto um longo suspiro, pego minhas coisas e saio da sala de reuniões.

Agora que os estresses que vinham me tirando do sério finalmente estão se resolvendo, outra questão ameaça a minha paz nos próximos dias: encontrar uma nova assistente pessoal.

Volto para minha sala e ligo o computador, decidido a deixar isso de lado por enquanto. Melhor deixar que o RH faça seu trabalho desta vez.

O dia transcorre sem grandes surpresas. Após finalizar alguns contratos, trocar mensagens com Mia e ignorar propositalmente três ligações de Lauren, o expediente finalmente chega ao fim.

Após pegar minhas coisas e me preparar para sair, mais uma ligação da minha irmã. Rejeito e sigo para o elevador, deixando para aguentar suas provocações no conforto da minha casa.

Quando chego ao estacionamento, vejo Mia sentada em uma das poltronas próximas ao elevador. Assim que me aproximo, ela se levanta rapidamente, sorrindo.

— Espero não ter demorado muito — digo, segurando-a pela cintura.

Ela sorri, me puxando pela gravata para um beijo rápido.

— Não se preocupe, acabei de chegar — responde, mordendo o lábio. — Agora me fale, foi tudo bem com o meu pai?

— Se “bem” significa que ele não me socou, gritou ou tentou me foder no conselho, então acho que foi um sucesso.

Mia entrelaça nossos dedos e seguimos juntos pelo estacionamento, prontos para finalmente irmos para casa.

No entanto, assim que nos aproximamos do meu carro, Mia para abruptamente. Seu olhar se fixa em um dos veículos próximos e ela arqueia as sobrancelhas.

— O que foi? — pergunto, franzindo a testa.

Ela não responde de imediato, apenas mantém o olhar fixo no carro à nossa frente antes de murmurar:

— O que ela está fazendo aqui?

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