Minha irmã sorri, parecendo satisfeita com a resposta dele. Quando a orquestra começa a tocar, ela gesticula para mim e puxa James em direção à pista de dança.
Sozinho novamente, vou atrás de Mia. Quando finalmente a encontro, minha mulher se vira com um sorriso que, mesmo após esses meses, ainda faz meu coração acelerar como o de um adolescente.
— Sobrevivendo, perdição? — pergunto, tocando levemente sua mão.
— Surpreendentemente, sim — ela responde, e noto o brilho em seus olhos. — Acabei de ter uma conversa interessante sobre propriedade intelectual com o juiz Harrington. Acho que o impressionei.
Não consigo evitar sorrir com seu entusiasmo.
— Dança comigo? — convido, estendendo a mão.
Sorrindo, ela aceita, e à medida que a levo para a pista de dança, percebo os olhares que nos seguem. Curiosos, invejosos, intrigados. Mas não me importo com nenhum deles.
Quando a puxo para perto, uma mão na base de suas costas e a outra segurando sua mão, sinto uma estranha sensação de plenitude.
Como se, após anos navegando pela vida sozinho, tivesse finalmente encontrado meu porto seguro.
— Sabe o que James acabou de me dizer? — pergunto baixinho, enquanto nos movemos no ritmo da música.
— Que sou jovem demais para você e que ele tem um advogado especializado em assassinatos por envenenamento? — Mia brinca, me fazendo rir.
— Surpreendentemente, não. Ele praticamente nos deu sua bênção.
Mia se afasta ligeiramente, me encarando com os olhos arregalados e os lábios entreabertos.
— Sério? Achei que isso ainda fosse… demorar.
— Parece que seu pai finalmente está percebendo que nosso relacionamento é real. E duradouro.
Minha perdição volta a descansar a cabeça em meu peito, e sinto sua respiração profunda contra mim.
— Então está realmente acontecendo — ela murmura. — Nosso mundo não está mais desabando ao nosso redor.
— Não é um pouco estranho? — comento, girando-a suavemente no ritmo da música. — Quase sinto falta do drama.
Ela me dá um tapa leve no ombro, rindo.
— Não diga isso nem de brincadeira. Prefiro mil vezes esta paz.
Enquanto continuamos dançando, observo o salão ao nosso redor. É impossível não concordar com ela. Mil vezes essa paz.
— Eu te amo — digo, roçando meus lábios nos dela. Ela sorri.
— Eu também te amo.
O momento entre nós é interrompido quando a música muda para algo mais animado. Outras pessoas se juntam à pista de dança e somos forçados a nos afastar ligeiramente.
— Acho que perdemos nosso momento — Mia comenta com um sorriso, olhando ao redor.
— Apenas temporariamente — respondo, mantendo sua mão na minha. — Quer continuar dançando ou prefere uma bebida?
Mia abre a boca para me provocar um pouco mais, mas é interrompida por uma voz rouca ecoando pelo salão.
Quando nos viramos, vemos um homem de meia-idade no pequeno palco ao centro, ajustando o microfone. O momento dos discursos oficiais chegou.
— Se puderem nos dar alguns minutos de atenção… — ele começa, e sua voz preenche o ambiente.
Entrelaço nossos dedos e a conduzo para mais perto do palco, enquanto o presidente da fundação beneficente agradece a presença de todos e começa a explicar o propósito do evento.
Mia ouve atentamente, aparentemente interessada, enquanto percorro o olhar pelo salão. Logo, vejo Lauren e James do outro lado.
— Preciso fazer um breve discurso depois dele — murmuro. — Parte da representação da Nexus como patrocinadora.
— Você não mencionou isso antes — ela comenta, virando-se para me encarar.
— Esqueci completamente, para ser honesto — admito. — Tive algumas distrações… interessantes.
— Bom saber que posso distrair o grande Ethan Hayes de seus deveres oficiais — provoca.
— Você não tem ideia, perdição. Mas vou pedir para James ir no meu lugar, prometi não te deixar sozinha aqui.
— Nem pensar, meu amor — diz, esboçando um sorriso tranquilo. — Faça o discurso. Não vou desaparecer em dez ou vinte minutos, prometo.
— Tudo bem. Estarei de volta antes disso — respondo, dando-lhe um rápido beijo na testa antes de me afastar.

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