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Proibida Para o CEO romance Capítulo 193

Miranda para na minha frente, o sorriso em seus lábios se alargando. Há uma frieza em seus olhos que me faz estremecer mais do que qualquer grito poderia.

— Sabe o que é mais patético, pequena ratinha? — ela pergunta, puxando uma arma de dentro do casaco. — Ethan realmente está disposto a sacrificar tudo por você. Todo o império que construiu, sua reputação, possivelmente até a própria vida.

Mantenho meus olhos fixos nos dela, mesmo quando o cano frio da arma pressiona minha têmpora.

Posso até morrer essa noite, mas nunca darei a ela o gostinho de me ver implorar.

— O que aconteceu lá fora? — Gabriel pergunta, olhando pela janela novamente.

— Parece que alguém quis bancar o herói e trouxe reforços — ela diz, sem tirar os olhos de mim. — Idiota! Avisei o que aconteceria se ele envolvesse a polícia.

Meu olhar encontra o de Gabriel. Ele me encara de um jeito diferente. Como se estivesse tomando uma decisão.

— Miranda, isso já foi longe demais — ele diz, dando um passo à frente. — Ninguém precisa morrer hoje.

Ela solta uma risada fria e se vira para ele.

— E o que você sugere? — pergunta, arqueando a sobrancelha. — Que a gente simplesmente vá embora? Que eu a deixe viva para contar tudo à polícia?

— Podemos sair pelos fundos — ele insiste, se aproximando lentamente. — Ainda temos tempo.

Miranda balança a cabeça, como uma professora decepcionada com um aluno lento.

— Você não entende, não é, garoto? Isso nunca foi apenas sobre dinheiro. Quero vingança.

Enquanto ela fala, Gabriel se posiciona atrás de mim.

Sinto seus dedos tocarem discretamente as cordas que prendem meus pulsos. Respiro fundo, mantendo a expressão neutra. Entendo imediatamente seu plano.

A pressão nas cordas começa a afrouxar. Ele está quase conseguindo.

Então, um estrondo vindo do corredor faz Miranda se virar bruscamente.

— Estão se aproximando — Miranda murmura, pressionando o gatilho. — Hora do show!

— Não! — Gabriel grita, abandonando a falsa calma e se jogando contra ela.

Tudo acontece em câmera lenta.

Gabriel segurando o pulso de Miranda. A arma balançando de um lado para o outro.

E então… O som ensurdecedor de um disparo ecoa pelo ambiente.

Gabriel cambaleia para trás, e uma mancha vermelha logo se espalha em sua camisa branca. Seus olhos se arregalam enquanto ele cai de joelhos.

— GABRIEL! — grito, sentindo o desespero me consumir.

Miranda recupera o equilíbrio, mas aproveito o momento para puxar os pulsos com força, finalmente conseguindo libertar minhas mãos. Meus dedos dormentes formigam quando o sangue volta a circular.

Ela se vira num movimento brusco, apontando a arma para mim novamente.

Me jogo para o lado, caindo da cadeira no exato momento em que outro tiro ecoa, atingindo a parede atrás de mim.

Com as mãos livres, luto desesperadamente contra as cordas que ainda prendem meus tornozelos. Meus dedos tremem descontroladamente, mas consigo soltá-los.

— Corra… — Gabriel murmura, quase num sussurro.

Rolo pelo chão, tentando me levantar, mas o som da arma sendo engatilhada novamente me faz congelar.

— Impressionante — Miranda diz, olhando para a arma antes de me encarar. — Mas não vai adiantar, pequena intrusa.

Com toda força que consigo reunir, afundo meu salto no pé dela, esmagando com violência. Miranda solta um grito de dor e seu aperto afrouxa.

Tudo o que preciso.

Me liberto e corro desesperadamente em direção a Ethan.

— VADIA IMUNDA! — o grito de Miranda explode atrás de mim.

Então, mais um disparo ensurdecedor.

Dessa vez, minhas costas queimam e uma dor intensa me envolve. Meus joelhos cedem, e o mundo parece girar ao meu redor.

Ouço Ethan gritar meu nome, seguido de mais dois tiros.

Então, seus braços me envolvem antes que eu atinja o chão.

— Não me deixe, perdição — ele suplica, pressionando algo contra minhas costas. A dor me faz engasgar. — Por favor, não me deixe.

Quero responder, dizer que estou bem. Mas minha boca não obedece.

— E…than — sussurro, sentindo meus olhos pesarem até se tornarem impossíveis de manter abertos. — Te… amo…

— Mia? MIA! — ele grita, me sacudindo. — NÃO SE ATREVA A ME DEIXAR! POR FAVOR, ABRA OS OLHOS!

As vozes de Ethan e do meu pai se tornam cada vez mais distantes.

E então, um pensamento irônico surge em meio à dor.

Após tudo o que passei… meu fim veio pelas mãos de Miranda.

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