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Proibida Para o CEO romance Capítulo 194

“Ethan Hayes”

O mundo ao meu redor parece girar em câmera lenta enquanto seguro Mia inconsciente em meus braços. O sangue dela encharca minha camisa, quente e viscoso contra minha pele.

— Mia, abra os olhos — peço, minha mão tremendo ao dar um leve tapa em seu rosto. — Por favor, perdição. Abra os olhos, não me deixe.

— Filha… acorda — James murmura ao meu lado, tocando sua mão.

Os paramédicos invadem a sala, dividindo-se rapidamente entre Gabriel e Mia. Me afasto apenas o suficiente para que possam trabalhar.

— Ferimento por arma de fogo, entrada posterior, possível saída pelo tórax anterior — um deles informa, cortando o tecido do vestido para acessar o ferimento. — Precisamos estabilizá-la.

Passo a mão pelos cabelos, olhando enquanto ele continua. Atrás de nós, Frank supervisiona a situação com Miranda.

Ela está no chão, algemada, gemendo de dor pelo ferimento no ombro, cercada por policiais. O segundo tiro que dispararam acertou sua coxa quando tentou reagir após atirar em Mia.

— Precisamos transportá-la imediatamente — informa o paramédico, me trazendo de volta à realidade.

A maca é trazida rapidamente, e Mia é cuidadosamente colocada sobre ela.

Desvio o olhar para Miranda, que está sendo atendida por outro paramédico. Ela me encara, ainda com aquele sorriso doentio.

O ódio que sinto é tão intenso que, por um momento, me cega.

Dou um passo em sua direção, mas James me impede, colocando a mão no meu ombro. Em seus olhos, vejo o reflexo do meu próprio ódio.

— Vá com Mia — ele ordena, sem deixar espaço para questionamentos. — Cuidarei dessa… — Ele olha para Miranda, incapaz de encontrar palavras adequadas.

Assinto brevemente e corro para alcançar a maca, que segue rapidamente pelo corredor.

Quando chegamos ao estacionamento abandonado, o nascer do sol contrasta com a escuridão do galpão.

Os paramédicos continuam trabalhando, transferindo Mia para a ambulância, conectando monitores e verificando seus sinais vitais.

— Você é da família? — um deles pergunta quando tento subir no veículo.

— Sou. — respondo, sem hesitação.

Ele assente, dando espaço para que eu entre.

As portas se fecham apressadamente, a sirene ecoa insistentemente, e a ambulância começa a se mover.

— Pressão caindo — anuncia um dos paramédicos. — Começando transfusão.

Observo, impotente, enquanto eles trabalham para manter Mia viva. Fecho os olhos por um momento, rezando baixinho para que ela fique bem. Para continuar sendo a mulher forte que sempre foi.

— Fique comigo, perdição — sussurro, segurando sua mão fria. — Não ouse me deixar agora.

Chegamos ao Hospital Memorial em tempo recorde. As portas da ambulância se abrem, e uma equipe já nos aguarda, recebendo informações dos paramédicos enquanto levam Mia para dentro.

— Mulher, 18 anos, ferimento por arma de fogo nas costas, saída pelo tórax anterior. Pressão arterial 80/50, perdeu aproximadamente dois litros de sangue no local…

O médico continua listando informações enquanto correm com ela para dentro, mas suas palavras se tornam apenas um zumbido incompreensível nos meus ouvidos.

Corro ao lado da maca até sermos barrados por portas duplas com “ACESSO RESTRITO” escrito em letras vermelhas.

— O senhor não pode passar daqui — uma enfermeira diz, firme. — Vamos cuidar dela agora.

Ele se senta ao meu lado e, por um momento, não diz nada. Apenas respira fundo, como se reunisse forças para perguntar algo cuja resposta teme.

— Alguma notícia? — sua voz sai num fio quase inaudível.

Apenas balanço a cabeça, sem conseguir falar.

James esfrega as mãos no rosto, os cotovelos apoiados nos joelhos, encarando o chão como se esperasse encontrar uma resposta ali.

O relógio na parede marca o tempo cruelmente, como se cada segundo fosse uma tortura silenciosa.

— Eu deveria tê-la protegido melhor — ele murmura, mais para si do que para mim. Me viro para ele imediatamente.

— Não faça isso.

— Sou o pai dela, Ethan. Isso é culpa minha. — Ele passa a mão pela nuca, frustrado. — Se eu tivesse percebido antes que Miranda ainda era uma ameaça…

— E se eu tivesse percebido? — interrompo, levantando a sobrancelha. — Se eu tivesse sido mais cuidadoso? Se eu decidisse não ir àquele maldito evento?

James não responde. Apenas fecha os olhos por um instante, exausto.

— A culpa é da Miranda — concluo, passando a mão pelos cabelos. — Não nossa.

Ele assente levemente, mas sei que nenhum de nós realmente acredita nisso. Porque, de alguma forma, encontrar onde erramos parece necessário.

Após duas horas de espera que se transformam em uma tortura silenciosa, um médico finalmente se aproxima.

— Família de Mia Mitchell Bennett?

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