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Proibida Para o CEO romance Capítulo 198

Não faço ideia de quanto tempo permaneci dormindo, mas, quando abro os olhos novamente, o sol já não brilha lá fora. A lua, no entanto, ilumina o quarto com a mesma imponência.

Viro o rosto para o lado, esperando encontrar Ethan, mas, para minha surpresa, é meu pai quem está sentado na poltrona. Assim como Ethan, ele também parece péssimo.

— Pai — chamo, num tom baixo.

Ele se vira rapidamente para mim, e vejo a surpresa e o alívio em seus olhos.

— Filha — ele diz, aproximando-se. — Como está se sentindo, querida?

— Como se um trem tivesse passado sobre mim — respondo, tentando sorrir.

Meu pai solta um riso curto, mas logo o sorriso desaparece, dando lugar à seriedade.

— Você nos deu um susto, filha — murmura, segurando minha mão.

— Me desculpe.

Sei que não foi minha culpa, mas isso não muda o fato de que ele passou os últimos dias no inferno por minha causa.

Ele suspira, passando a mão pelo rosto.

— Eu deveria ter te protegido melhor — diz, num tom baixo, carregado de culpa. — Falhei com você de novo.

A dor em sua voz é tão real que sinto o peso do que ele está carregando.

— Não, pai. Você não falhou.

Seus olhos se voltam para mim, como se não acreditasse no que estou dizendo.

— Você fez tudo que podia — continuo, sincera. — Me encontrou, me salvou. Nada disso foi culpa sua.

— Sei que, racionalmente, você está certa — ele suspira. — Mas, quando se trata de você, Mia, nada nunca parece suficiente.

— Estou aqui e é isso que importa — afirmo, apertando sua mão. — Voltei por vocês.

Ele assente, mas permanece em silêncio. Por um momento, somente o som dos monitores e sua respiração preenchem o quarto.

Então, uma lembrança surge.

— Eu… acho que sonhei com a minha mãe — murmuro, num tom baixo.

Meu pai congela, arregalando levemente os olhos.

— Sua mãe?

— Sim. Mas foi tão real que não pareceu um sonho, pai — respondo, sorrindo. — Estávamos em um campo de flores. Conversamos bastante.

— O que… o que ela disse? — pergunta, genuinamente interessado.

— Que me amava. Que você me amava. Que ainda não era minha hora. — Faço uma pausa, reunindo forças para continuar. — Vi nos olhos dela a satisfação quando disse que você era um ótimo pai.

Meu pai sorri, mas, em seguida, as lágrimas descem imediatamente. Como se minhas palavras tivessem finalmente aberto uma válvula de escape para todas as emoções que ele reprimiu nesses últimos dias.

— Sarah continua estando certa — ele diz, com a voz embargada. — Não sei o que faria se você tivesse…

Sua voz falha, como se completar a frase doesse demais.

— Acredita que foi real? — pergunto, temendo que ele pense que tudo não passou de um delírio causado pelo trauma e pelos medicamentos.

Ele me encara por um longo momento, como se estivesse escolhendo as palavras certas.

198. O Caminho de Volta 1

198. O Caminho de Volta 2

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