A notícia não me surpreende tanto quanto deveria. No fundo, tinha certeza de que isso aconteceria.
Finalmente, duas pessoas importantes na minha vida encontraram uma à outra. O jantar dos “morangos assassinos” serviu muito bem para isso.
— Sinceramente? — faço uma pausa dramática, vendo a apreensão no rosto dela. — Acho que vocês combinam mais do que imaginam.
O alívio em sua expressão é quase cômico.
— Sei que é… complicado. Com tudo que aconteceu, e… bem, ele sendo seu pai e eu sendo irmã de Ethan. Cada vez mais, tudo isso parece uma novela mexicana — Lauren tenta brincar, mas a insegurança continua em seus olhos.
— Vocês são perfeitos um para o outro, e é isso que importa — digo com sinceridade. — Você precisa de piadas sem graça e ele precisa ser lembrado de que a vida não é feita só de trabalho.
Lauren me encara, surpresa. Então, finalmente solta um suspiro e abre um sorriso aliviado.
— Estava nervosa para te contar — admite. — Sei que sua relação com seu pai ainda é recente e não queria que pensasse que estou tentando… não sei, me intrometer ou algo assim.
— Relaxa, Lauren — respondo, estendendo a mão para segurar a dela. — Estou muito feliz por vocês.
— Isso significa que terei que te chamar de enteada? — ela brinca, voltando ao seu humor habitual. — Porque isso seria estranho até para mim.
Tento rir, mas o movimento faz meu peito doer. Lauren imediatamente se arrepende.
— Desculpe, não devia ter feito você rir.
— Vale a pena — respondo, respirando devagar até a dor diminuir. — E não, por favor, não me chame de enteada. Prefiro a ideia de sermos cunhadas.
Antes que possamos continuar a conversa, Ethan aparece na porta, seguido pelo Dr. Ramirez.
O cansaço ainda está evidente em seu rosto, mas o alívio ao me ver acordada e conversando faz meu coração acelerar como sempre.
— Olá, dorminhoca — Ethan diz, se aproximando para beijar minha testa. — Como está se sentindo?
— Estou bem, meu amor.
O Dr. Ramirez sorri, aproximando-se do outro lado da cama.
— Srta. Bennett, estou impressionado com seu progresso nas últimas 24 horas — ele diz, consultando meu prontuário. — Seus sinais vitais estão estabilizando e sua oxigenação melhorou consideravelmente.
— E isso significa…? — pergunto, esperando por uma explicação menos técnica.
— Significa que, se continuar assim, poderemos transferi-la para um quarto normal amanhã — ele responde. — Você ainda precisará de cuidados intensivos, mas é um passo importante na direção certa.
A notícia me faz sorrir e, por um momento, até me esqueço da dor.
— E depois disso… quanto tempo até eu poder ir para casa? — pergunto, sem conseguir esconder a esperança na minha voz.
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