Proibida Para o CEO romance Capítulo 201

A volta para casa foi estranha.

Após tantos dias confinada entre as paredes brancas do hospital, meu apartamento parece surpreendentemente desconhecido.

As cores estão mais vivas, os sons são diferentes, os cheiros são intensos… Sem mencionar a versão reorganizada dele, adaptada para minha recuperação.

A mesa de centro desapareceu, abrindo espaço para que eu possa andar com mais segurança. Há almofadas extras no sofá. Uma pequena campainha ao lado da minha cama.

Minha nova realidade.

— Espero que esteja com fome — Ethan diz assim que entra no quarto, trazendo meu café da manhã.

Tento me ajeitar na cama, mas uma pontada de dor nas costas me faz parar. Respiro fundo, contando até três mentalmente antes de tentar novamente, com mais cuidado.

— Deixa que eu te ajudo, meu amor. — Ele coloca a bandeja sobre a mesinha de cabeceira e se aproxima para ajeitar os travesseiros atrás de mim.

— Acho que já podemos acrescentar “enfermeiro de primeira classe” no seu currículo — brinco, aceitando sua ajuda enquanto ele acomoda os travesseiros.

— Cuidar de você está sendo o melhor trabalho que já tive — responde, colocando a bandeja sobre meu colo.

O aroma de torradas, ovos e café me faz perceber o quanto estou faminta. Mesmo os ovos mexidos do hospital pareciam uma ofensa à culinária.

— Desse jeito, vou ficar mal-acostumada — comento, tomando um gole de café. — Hmm, isso sim é café de verdade, não aquela água colorida do hospital.

Ethan se senta na beira da cama, me observando com atenção enquanto como. Como tem sido nesses últimos dias, seu olhar transmite uma mistura de alívio e preocupação.

— Como dormiu? — ele pergunta.

— Melhor do que nos últimos dez dias, com certeza — respondo, mordendo uma torrada. — Embora ainda não tenha descoberto como deitar sem sentir que estou sendo esfaqueada nas costas. Talvez eu devesse tentar dormir em pé, como um cavalo.

— O médico disse que isso vai melhorar gradualmente — Ethan diz, acariciando minha coxa. — Clara estará aqui em meia hora para a troca do curativo.

Faço uma pequena careta ao mencionar a enfermeira. Não que eu não goste dela, Clara é competente e gentil, mas sua presença é um lembrete constante de que ainda não estou bem.

— Quando vou poder sair de casa? — pergunto, já sabendo que a resposta provavelmente não mudou desde ontem.

— Mia…

— Pelo menos até a calçada — sugiro, lançando meu melhor olhar de súplica. — Preciso ver o sol.

Ethan sorri, balançando a cabeça.

— O Dr. Ramirez foi bem claro sobre as duas semanas de descanso, lembra?

— Duas semanas parecem uma eternidade — suspiro dramaticamente. — O que vou fazer até lá? Contar formigas? Memorizar todos os canais da TV?

— Você pode ler um livro — ele sugere. — Ou podemos maratonar alguma série. Também posso te ensinar a jogar xadrez.

— Comédias românticas são melhores que xadrez — respondo prontamente, arrancando uma risada dele.

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