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Proibida Para o CEO romance Capítulo 71

“Ethan Hayes”

Observo Mia se afastar, lutando contra a vontade de prendê-la aqui. A maneira como ela me olha antes de fechar a porta do quarto quase me faz perder o controle novamente.

— Grande ideia, Ethan Hayes — resmungo, passando a mão pelos cabelos.

Passei o almoço inteiro assistindo James praticamente planejando, com o olhar, o casamento de Mia com Theo. O homem educado, atencioso, perfeito. Não posso culpá-lo; ele é exatamente o que eu disse para Mia: alguém melhor para ela.

Mas, se mesmo conhecendo alguns dos meus defeitos, ela me quis, preciso fazer mais. Ser mais. Não posso continuar levando isso entre nós como se fosse só físico, mesmo que o sexo com ela seja, sem dúvida, incrível.

O problema é: o que fazer para mudar isso? Normalmente, a última coisa que me interessa é me preocupar em agradar alguém, mas com Mia… quero fazer diferente dessa vez. Ela merece mais que encontros escondidos, beijos roubados…

Passo a mão pelo rosto, tentando organizar meus pensamentos. Um lugar especial, algo diferente.

— Um hotel claramente não é a melhor… — corto minhas palavras ao me lembrar de um certo convite feito há pouco, e é inevitável não sorrir. — Sinto muito, Theo, mas vou roubar sua ideia.

Enquanto saio do quarto, pego meu celular no bolso e mando uma mensagem para Lauren.

“Preciso de ajuda com uma reserva para um jantar hoje. Algo bom e reservado. Urgente.”

A resposta vem enquanto desço as escadas.

“Diria que isso é um trabalho para a sua assistente, mas acho que a reserva é justamente para ela, não é? Bem, já te mando as informações, mas saiba que vou cobrar por isso, maninho.”

Balanço a cabeça, rindo, e guardo o celular no bolso. Quando levanto os olhos, vejo Mia sentada ao lado de Theo. James se levanta ao me ver.

— Pronto, ele está aqui — diz, me olhando como se eu estivesse desaparecido há anos. — O que acha de um poker?

— Ótima ideia — respondo, mantendo meu tom habitual de tédio. — Talvez assim Alec recupere o dinheiro que perdeu no mês passado.

— Nem comece, Ethan — Alec revira os olhos. — Você trapaceou.

— Não é minha culpa se você é péssimo em blefar — digo, dando de ombros.

— As meninas podem aproveitar a piscina. O dia está perfeito para isso. — James sugere, sorrindo para elas antes de começar a se afastar.

Mia me encara, esboçando um sorriso malicioso antes de subir as escadas com Emma. Claro que minha perdição não perderia a oportunidade de me provocar um pouco mais.

Sigo os passos dos homens em direção à sala de jogos na área externa da casa. Nos sentamos e Alec abre uma garrafa de whisky enquanto James distribui as cartas com a habilidade de quem já fez isso milhares de vezes.

— Então, James — Alec começa, organizando suas fichas. — Por que decidiu transformar o jantar em um almoço?

— Porque surgiram outros… planos — ele responde com um sorriso sugestivo.

— Ah, então é isso! — Alec ri, jogando algumas fichas no centro. — Um almoço te dá a chance de aproveitar o dia conosco e ainda escapar mais tarde, safado.

— Não é mais divertido quando todo mundo tem uma chance? — Alec reclama duas horas depois, jogando as cartas na mesa de poker.

— Não é culpa minha se você insiste em blefar como um amador — provoco, me levantando enquanto observo Theo se afastar discretamente.

— Certo, acho que já chega de perder para você, Ethan. — James diz, terminando seu whisky e se dirigindo para a porta. — Vamos esticar um pouco as pernas.

Saímos da sala de jogos e seguimos até a área externa. O som da água e as risadas femininas preenchem o ar enquanto o sol se põe.

Alec e Theo logo caminham em direção a Emma, que está sentada em uma espreguiçadeira, enquanto Vitória e Mia estão na piscina, rindo de algo.

Aproveitando a ausência de James, me permito encostar em uma das pilastras e admirar minha perdição. Novamente, sua risada ecoa com algo que Vitória disse, enquanto a água escorre pelos seus ombros.

É impossível não reparar em como ela fica ainda mais linda assim, despreocupada. Ainda mais provocante.

— É ela, não é? — A voz de James ao meu lado me surpreende. Mantenho a expressão indiferente, mesmo com meu coração acelerado.

— Sobre o que você está falando?

— A mulher que você está interessado. — Ele responde, sem me olhar. — É ela.

Dessa vez, não é uma pergunta.

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