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Proibida Para o CEO romance Capítulo 93

Encosto o carro na entrada da casa de James e respiro fundo antes de desligar o motor. Essa não será uma conversa fácil para ele, mas é necessária. Por Mia.

Toco a campainha e Carmen logo aparece, sorrindo como sempre faz ao me receber.

— Entre, por favor, Sr. Hayes — ela diz, dando um passo para o lado. — O Sr. Bennett está no escritório.

Aceno com a cabeça e sigo pelo caminho que já conheço bem. Ao abrir a porta, encontro James concentrado na tela do computador. Ele retira os óculos e me encara, franzindo as sobrancelhas.

— Qual whisky devo abrir para essa tal conversa? — pergunta, esboçando um sorriso debochado. — Para falar de mulheres? Para esquecer problemas? Ou para ficar bêbado de vez?

Passo a mão pelos cabelos antes de me sentar à sua frente. Assim que percebe minha expressão séria, o sorriso desaparece.

— Que tal um para falar sobre a sua filha? — respondo, me inclinando para frente. — Aconteceu algo em Carmel, e achei melhor conversarmos pessoalmente. Quanto antes, melhor.

— O que aconteceu, Ethan?

— Melhor chamar a Mia, James. Ela precisa estar aqui para essa conversa.

Ele franze as sobrancelhas, claramente confuso. Em seguida, se levanta e vai até a porta, pedindo para que Carmen chame Mia.

— Ethan — começa, voltando a se sentar —, você está começando a me deixar preocupado. O que você...

— É sobre David, James — corto-o abruptamente.

Seu semblante muda instantaneamente. O nome, por si só, já é suficiente para endurecer sua expressão. Antes que ele possa perguntar mais alguma coisa, Mia entra no escritório.

Nossos olhares se encontram e, se não tivéssemos nos falado no caminho até aqui, ela já teria se denunciado.

— Te avisei que, se você não contasse, eu viria — digo, tentando soar indiferente. — Agora, que tal contar para o seu pai o motivo de você ter chorado em Carmel?

O silêncio se instala, mas percebo que meu plano funciona quando James finalmente para de me olhar como se eu tivesse cometido um crime.

Me sinto péssimo pela forma como falo, mas sei que é necessário para afastar qualquer pensamento errado que James possa ter tido. Ainda não posso falar sobre meu relacionamento com Mia.

Não antes de me precaver caso a reação dele seja mil vezes pior do que já espero.

— O que está acontecendo, filha? — James pergunta, a voz calma, mas tensa. Mia se senta ao meu lado, engolindo em seco.

— É sobre David, pai — ela começa, entrelaçando os dedos no colo. — Sobre o dia em que Ethan me viu com ele na cafeteria.

— O que aquele desgraçado queria?

Mia respira fundo e começa a contar exatamente o que me disse algumas horas atrás. Cada palavra que David usou para manipulá-la, a forma como a encurralou, a chantagem suja que a fez se sentir sem saída…

— Podemos preparar uma armadilha — James completa meu raciocínio. — Fazer parecer que você conseguiu o dinheiro.

— Mas… e se ele desconfiar e não aparecer? — Ela questiona, hesitante.

— Ele vai aparecer — James garante, os olhos frios e calculistas. — Está desesperado. Mas dessa vez, ele não vai se safar. Aquele filho da puta vai pagar por tudo o que fez, nem que seja a última coisa que eu faça na vida.

O celular de James toca, cortando o momento.

— Preciso atender essa ligação — ele diz após checar a tela. — Já volto.

Assim que James sai, puxo Mia para meus braços. Ela enterra o rosto em meu peito, segurando minha camisa com força.

— Vai ficar tudo bem — murmuro contra seus cabelos. — Não vou deixá-lo chegar perto de você.

— Ethan… fica comigo hoje? — ela pede baixinho.

— Como se eu conseguisse dormir em outro lugar sabendo que você está assim — beijo o topo de sua cabeça. — Quando você sair, James vai querer beber, desabafar e, com certeza, vai me impedir de ir embora depois.

— Tem certeza? — Ela se afasta o suficiente para me olhar nos olhos.

— Absolutamente — limpo uma lágrima de seu rosto com o polegar. — Pode ter certeza de que não vou te deixar sozinha, meu amor. Nunca mais.

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