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Proibida Para o CEO romance Capítulo 95

A manhã de segunda-feira nunca passou tão rápido. Por mais que eu queira que o tempo se arraste, é como se os minutos rissem da minha cara, passando mais depressa do que eu gostaria.

Após o almoço com James, tento, sem sucesso, me concentrar nos documentos em minha mesa. Mas como posso revisar qualquer coisa quando, em poucas horas, estarei frente a frente com David novamente?

Aquele pesadelo, a última mensagem dele… tudo isso me incomoda.

Seguindo o conselho de James, logo depois da nossa conversa, enviei uma mensagem para David avisando sobre o dinheiro.

Sua resposta foi quase instantânea, confirmando o que James e Ethan disseram sobre sua ganância. David nem sequer questionou como consegui dez mil dólares antes do prazo.

O telefone vibra na minha mesa, me fazendo pular. Olho rapidamente para a tela e vejo o nome de Ethan. Solto um suspiro aliviado.

“Como você está?”

“Estou bem, amor. Trabalhando.” Respondo, mas nós dois sabemos que é mentira.

“Já estou voltando para a empresa, nos vemos daqui a pouco.”

“Estou ansiosa para te ver.”

Deixo o celular de lado e me recosto na cadeira, tentando acalmar meu coração acelerado. O plano é simples: encontrar David no estacionamento de um shopping abandonado às sete da noite.

A polícia estará posicionada. Ethan e meu pai também. Não há como dar errado.

Então, por que não consigo parar de tremer?

“Nos veremos na segunda, filha.” Foi o que David escreveu, seguido do endereço do shopping abandonado, quando confirmei sobre o dinheiro. Como se estivéssemos marcando um encontro casual e não algo que pode acabar com ele na cadeia.

— Será que ele suspeitou de alguma coisa? — murmuro, sentindo um frio na barriga.

Alguns minutos se passam até que ouço o som característico do elevador privativo. Meu coração dispara quando vejo Ethan saindo, sério, enquanto conversa ao telefone.

Ele passa pela minha mesa como se eu não existisse, mas, quando está quase chegando em sua sala, para abruptamente.

— Srta. Bennett — ele se vira, tirando o celular do ouvido. — Preciso dos relatórios da próxima reunião. Pode trazê-los à minha sala?

Assinto, pegando a pasta que já está separada, mesmo sabendo que ele só precisaria dela realmente daqui a uma hora. Quando entro em sua sala, Ethan já está em pé, me esperando.

— Não precisa ficar assim — murmura, me puxando para seus braços assim que fecho a porta. — Estaremos lá com você, meu amor.

Enfio o rosto em seu peito, aspirando seu perfume. É incrível como apenas seu abraço consegue me acalmar, como sua presença faz todo o medo diminuir, mesmo que só um pouco.

— E se ele não aparecer? — sussurro contra sua camisa.

— Vai aparecer — Ethan afasta o rosto para me olhar. — Mas, se não aparecer, vamos dar um jeito. O importante é que você não está mais sozinha nessa.

Seus dedos deslizam pelo meu rosto com delicadeza, e, por um momento, me perco em seus olhos verdes. Então ele me beija, um beijo calmo e carregado de significados.

Ethan ri, satisfeito por me ver menos tensa, e se senta enquanto saio de sua sala. Me esforço para acreditar em suas palavras, confiar que tudo dará certo e que, em poucas horas, esse pesadelo finalmente chegará ao fim.

Mas como enfrentar alguém que um dia foi como um pai para mim? Como encarar o monstro que ele se tornou e ainda manter minha sanidade?

Novamente, o tempo passa mais rápido do que eu gostaria. Quando me dou conta, já é hora de ir.

— Pronta? — Ethan pergunta ao passar pela minha mesa. O tom profissional não esconde totalmente sua preocupação.

Assinto, pegando minha bolsa com as mãos trêmulas. O caminho até o elevador nunca pareceu tão longo.

Assim que as portas se fecham, Ethan me puxa para seus braços, beijando o topo da minha cabeça, como se quisesse me dar um pouco da força que ele tanto deseja que eu tenha.

— Vai dar tudo certo — murmura. — Não vou deixar nada acontecer com você.

— Promete? — minha voz sai baixa, quase num sussurro.

— Prometo — ele responde, selando sua promessa com um beijo breve.

Respiro fundo e, quando o elevador para no estacionamento, nos soltamos. Assim que as portas se abrem, vejo James nos esperando perto de seu carro, segurando um envelope marrom. As notas falsas que o detetive Elliot entregou a ele mais cedo.

— Pronta, filha? — meu pai pergunta, me entregando o envelope.

Não. Não estou pronta. Provavelmente nunca estarei. Mas assinto mesmo assim, porque essa é minha única chance de me livrar de David de uma vez por todas.

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