Entrar Via

Rejeitado: O Alfa sob a máscara romance Capítulo 2

Ponto de vista de Carolina

"Companheira." Eu o ouvi murmurar de maneira audível.

No momento em que ouvi ele dizer isso, senti minhas pernas ficarem bambas e não consegui tirar os olhos dele. Notei que os olhos dele estavam ficando mais escuros, o que me deixou assustada.

Tentei desviar meu olhar dele, mas era como se eu estivesse em transe e não conseguia me mover nem um centímetro.

Percebi que ele cerrou o punho e emitiu um som animalesco, o qual não entendi e tão pouco sabia explicar.

Por algum tempo, ficamos ali nos olhando, até que o vi piscar e se afastar de mim.

Rapidamente, dei um passo para trás e entrei no quarto, e encontrei um homem sorrindo como se tivesse achado algo engraçado.

"Oi, senhor." Eu o cumprimentei.

"Venha, sente-se."

Sorri para ele antes de sentar ao seu lado.

"Obrigado por hoje mais cedo."

"Não foi nada, senhor." Eu respondi.

No entanto, eu tinha a sensação de que alguém me encarava e quando me virei nervoso, encontrei os olhos dele em mim. Mais nervosa do que antes, virei-me e respirei fundo.

"Este é o meu filho. Ethan. Ethan, esta é Carolina, a jovem que salvou a minha vida."

O jovem saiu da porta e veio em nossa direção, sem dizer uma palavra. Ele apenas ficou me encarando e não fingiu que o fazia.

"Prazer em conhecê-lo." Eu sorri para ele, estendendo a mão para cumprimentá-lo, mas ele me ignorou, então recolhi minha mão, envergonhada, e sorri para o pai dele.

"Eu voltei apenas para ver como você está e vim me despedir." Eu disse e rapidamente me levantei, desejando poder desaparecer.

"Você está com medo do meu filho?" O senhor perguntou ao notar que eu estava com pressa para ir embora dali.

"Claro que não." Eu ri nervosa.

"Você deveria estar." Uma voz áspera e dominante ecoou atrás de mim.

Ao ouvir o tom de sua voz, senti um arrepio frio percorrer meu corpo e em seguida minhas pernas começaram a tremer de medo.

"Pare de assustá-la, Ethan." Alertou seu pai.

"Senhor, eu preciso ir agora." Eu falei apressada e saí correndo do quarto.

No segundo após sair daquele quarto, soltei um suspiro que nem eu sabia que estava segurando.

O que foi aquilo? Por que agi daquela maneira ao encontrar aquele homem? Este homem misterioso agiu como se possuísse algum poder espiritual ou algo diferente.

Sacudi a cabeça em confusão e saí do hospital.

Quando cheguei em casa, minha colega de quarto já tinha chego.

"Como ele está?" Ela perguntou.

"Ele está bem." Respondi.

"Tinha alguém com ele?" Ela questionou, parecendo preocupada. Isso era uma coisa que eu adorava em Lilian. Ela sempre se preocupava com todo mundo.

"Não precisa se preocupar, o filho dele estava lá." Ao mencionar o filho dele, senti todo meu corpo estremecer e a lembrança do que aconteceu no hospital voltou a mente.

"Está tudo bem?" Lillian perguntou.

"Algo estranho aconteceu no hospital." Murmurei.

"Me conte." Ela exigiu.

Então, expliquei tudo o que aconteceu no hospital, Lilian ficou em silêncio o tempo todo.

"Você disse que ele te chamou de companheira?" Ela indagou.

"Sim." Eu respondi.

"Nossa!" Lilian exclamou alto e pegou seu laptop.

"O que foi?" Perguntei, aproximando-me dela, para ver o que ela estava digitando.

"Carol, você acabou de conhecer um lobisomem."

"O que você quer dizer com acabei de conhecer um lobisomem?" Eu perguntei confusa.

"Olhe só isso." Ela falou me entregando seu laptop e o que li me deixou atônita.

"Isso não é possível. Achei que lobisomens só existiam em filmes e nas histórias." Murmurei em choque.

"Carol, eles são reais. E você é companheira de um." Ela parecia chocada, mas ao mesmo tempo parecia encantada.

"Pare aí, o que você quer dizer?" Perguntei, perplexa.

"Você é a companheira dele, é como se vocês fossem almas gêmeas, por isso que no momento em que ele te viu a chamou de companheira."

"Sem chance." Eu gritei.

"Sem chance o quê?" Lilian retrucou com as sobrancelhas arqueadas.

"Não posso ser companheira dele, não o conheço, e pelo que parece é óbvio que ele não gosta de mim."

"Como você sabe disso?" Lillian perguntou, incrédula.

"O jeito como ele agiu, entregou tudo."

Lillian revirou os olhos para mim e ficou de pé.

"A maioria dos lobisomens daria a vida por sua companheira. Esse é o nível da força do vínculo entre vocês dois." Lilian ficou na minha frente, encarando-me com seriedade.

Eu grunhi, frustrada, e rebati: "Talvez eu tenha escutado errado."

"Não, você ouviu certo. Você simplesmente não quer aceitar isso. E está acasalada com um lobisomem. Meu Deus, ele pode até ser um Alfa!" Lilian exclamou de excitação.

Revirei os olhos com por causa do que ela falou e me perguntei por que ela estava tão feliz por mim.

"Você sabe o que significa estar acasalada com um Alfa?" Ela perguntou animada.

"Eu prefiro não saber." Com um movimento rápido levantei da cama e fui para o banheiro, então liguei o chuveiro para tomar banho. Meus pensamentos vagavam em direção aquele homem.

Eu ainda me lembrava de seus lindo olhos verdes e de como eles ficaram escuros enquanto nos encarávamos.

"Pare de pensar nele, pare com isso." Eu me encorajei, antes de sair do chuveiro.

Quando voltei para o quarto, Lilian ainda ocupava-se com pesquisas em seu computador.

"Você precisa ver isso." Lilian acenou com a mão para que eu me juntasse a ela.

Após a entrevista, fomos orientadas a aguardar, pois entrariam em contato para nos informar o resultado da entrevista.

"Acho que me saí bem." Eu comentei com Lillian.

"Digo o mesmo." Lilian respondeu, nós duas rimos enquanto íamos para casa.

Enquanto estávamos assistindo um filme, o celular de Lilian tocou. Ela ficou conversando com alguém por um tempo antes de encerrar a ligação. Eu estava prestes a lhe perguntar quem havia ligado, masmeu celular tocou.

"Acho que estão ligando para você."

"Quem?" Eu perguntei.

"Atenda primeiro."

Então, atendi e percebi que era do clube BDSM. Nós tínhamos acabado de fazer a entrevista, mas eles tinham me contratado, eu iria começar no dia seguinte, pois haveria uma grande festa. Com entusiasmo agradeci e desliguei.

"Parece que nós duas fomos contratadas." Eu ri contente.

"Eu sabia que conseguiríamos." Lillian falou com um grande e orgulhoso sorriso.

"Devíamos comemorar." Eu disse a ela e fui buscar bebidas para brindarmos.

Mas quando abri a geladeira, todas as bebidas haviam acabado.

Lancei um olhar para Lilian e percebi que ela estava fingindo estar ocupada mexendo no celular.

Fiquei brava e parei na frente dela de braços cruzados.

“Lillian!''

"Sim." Ela respondeu sem me olhar.

"Onde estão as bebidas?" Perguntei com as sobrancelhas levantadas.

"Oh, isso." Ela murmurou.

"Sim." respondi.

"Bebi tudo ontem à noite." Ela sussurrou.

"Você só pode estar brincando?" Eu bradei, sentada na cama.

Ela me ignorou e continuou a digitar no computador.

Eu lhe lancei um olhar severo e irritado antes de desistir.

O resto do dia transcorreu sem mais problemas e eu mal podia esperar pelo dia seguinte.

Na noite do dia seguinte, Lilian e eu fomos ao clube. Nos apresentamos para o serviço e conhecemos todos os funcionários. Depois recebemos um uniforme composto por saia preta e uma camisa branca.

Colocamos nossos uniformes e nos preparamos para o trabalho.

Olhei para Lilian e percebi o quão relaxada ela estava, queria saber como ela podia estar tão relaxada naquela situação.

Naquela noite nós iriamos conhecer um seleto grupo de homens e mulheres ricos, por algum motivo estranho, sentia-me ansiosa e com medo.

Lilian foi designada para o bar 3 enquanto fui para o bar 2.

Nervosa, respirei fundo e fui ao trabalho.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Rejeitado: O Alfa sob a máscara