Matthew deixou Thomas na escola. Além do mais precisava falar com Clarice. Estacionou perto da escola e virou—se para Thomas.
—Você está melhor?
—Sim. Obrigado— E deu um sorriso— Bom, preciso ir. Até mais— Saiu do carro e foi para dentro da escola apressadamente, como se estivesse fugindo.
Matthew queria segui-lo e ver se ele realmente ficaria bem, mas tinha outra coisa para resolver e tinha hora marcada. Ele desceu até o escritório de Clarice, ela estava lá, com um terninho verde e seus capangas atrás.
—Trouxe a quantia?— Matthew assentiu e retirou um maço de dinheiro da carteira e a entregou— Muito bem— Disse depois de contar as notas— Sente—se.
Matthew obedeceu. Finalmente saberia a verdade.
—Sua família é antiga— Disse ela com satisfação— e segue tradições mais antigas que ela— Ela cruzou as mãos sobre a mesa— O primeiro homem de sua família acreditava que quando dois homens se deitavam era um sinal de amadurecimento, de sabedoria. Ele então criou um tipo de religião entre a família. Para cada jovem homem que fosse virar adulto ele teria de se deitar com um submisso, alguém que teria de ser aprovado pelo pai do rapaz da família— Matthew engoliu a saliva— Na ocasião o rapaz e o Submisso serão instruídos pelos rapazes que passaram pelo mesmo processo. Pelo que sei, três primos seus já passaram por isso, e serão eles a instruí-los.
—Eles vão me ver comer um cara?!
—Comer? Não, vocês vão fazer amor. E sim, eles verão. E é sua obrigação de macho alfa dar conta do submisso.
—E o Submisso é bonito?
—Você nunca saberá— Disse ela risonha— Ambos usam máscaras, ninguém reconhece ninguém.
—Isso é loucura!
—Verdade. Me diga, você ainda é virgem?
—Bom, não... Porque?
—Precisa ser virgem. Duvido que tenham lembrado de dizer isso. Caso perguntem, você dirá que é virgem ainda.
—Porque preciso mentir?
—Porque se não você é deserdado. Entenda que isso é um tipo de religião particular, e como tal tem leis. E você tem de obedecê-las.
—E se eu não for gay?
—Isso importa? Seu pai não é gay e passou por isso. Você passará por isso e seu filho passará por isso.
—E se caso eu não me casa e não tiver filhos?
—Então o seu Submisso será contatado pela sua família e ele receberam tudo que sua família tem, desde as empresas a fortuna.
—E se... Eu não amá-lo?
—Querido, não é um jogo de amor, e sim de sexo. Sinto muito— E ela pareceu bem sincera.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segredos de Família: Herdeiros Dominadores