Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo. romance Capítulo 18

Após o agradável fim de semana, Nicole acompanhou Alexander até o hospital onde faria mais uma consulta pré-natal. Deixou o filho com Lana, com quem trocou amenidades e explicou sobre as tarefas de casa que o menino deveria realizar naquele dia. 

Ela seguiu para o consultório de Jenny pouco antes de se despedir de Alexander, que foi direto para uma reunião com dois sócios que o aguardavam.

Durante a consulta, Nicole não se pronunciou sobre o que Alexander contou alguns dias antes. Não conteve a lágrima ao ouvir os batimentos cardíacos da filha e se emocionou por saber que Jullianne se desenvolvia como o esperado.

Depois de se despedir da obstetra, Nicole seguiu pelos corredores até o departamento pessoal da empresa, já que não assinou os papéis da demissão, ela aproveitou o momento para se desvincular da empresa.

― Senhora Bittencourt! 

Uma moça loira com um corpo curvilíneo olhou para Nicole. A jovem secretária estava em uma mesa de madeira branca no escritório amplo.

― Me chame de Nicole, por favor! ― Mirou a bela secretária.

― Desculpe, é que o seu esposo pediu para que a senhora fosse até a sala dele.

― Obrigada!

Nicole caminhou devagar pelos corredores, no fundo ela sabia que Alexander daria um sermão sobre o fato de ela se desligar da empresa sem avisá-lo. Estava pronta para desafiá-lo.

Ao sair do elevador, Nicole trocou amabilidades com David ao encontrá-lo no andar da administração. Abraçou o amigo assim que se despediu e foi até a sala do diretor-executivo.

― Bom dia, Annie! ― Deu um sorriso contido ao entrar. 

― Bom dia, Nicky!

― Ele ainda está em reunião? ― indagou a voz baixa.

― Não! ― Olhou da porta fechada para Nicole.

― E por que a voz dele está alterada? ― perguntou Nicole.

― A doutora Dufour chegou há poucos minutos ― ciciou a voz adenóide da secretária. ― Ela disse que tinha algo importante para conversar com ele.

Nicole se afastou logo que Isabella saiu e bateu à porta. Passou por ela feito um ciclone tropical. O olhar furioso de Alexander mirou na esposa.

 ― Entre, Nicky! ― Ajeitou os óculos.

A forma como reagiu deu certeza de que aquela discussão teve algo a ver com ela.

 ― Sente-se!

Puxou a cadeira e ajeitou para que Nicole se acomodasse. Colocou a mão no bolso da calça jeans preta e encostou-se de frente para ela.

― Por que você fez isso? ― perguntou com uma feição inelegível.

― Alexander, se você quer falar sobre a minha demissão, então é melhor não começar. Eu assinei os papéis, você não pode me controlar desse jeito.

― Você estava abraçando o David no corredor do hospital que eu administro ― falou o tom rude.

― Foi isso que a sua amiguinha veio fofocar? ― Deu uma risada irônica.  ― Isso é típico da Isabella.

― Algum dia você me viu abraçando ela ou alguma outra mulher pelos corredores? ― Apoiou as mãos no braço da cadeira e olhou nos olhos amendoados. – Esse cara sabe que você está esperando a minha filha e ainda continua rondando você.

 ― Chega, Alexander! ― Impôs-se. ― Você não mudou nada, só estava fingindo para me manter por perto e continuar com essa sua mania de controlar tudo.

Alexander recuou e respirou fundo, estava a ponto de colocar tudo a perder. Precisava lutar contra aqueles sentimentos desproporcionais que dificultavam o relacionamento.

Nicole olhou para o relógio folheado a ouro no pulso direito enquanto Alexander ficou em silêncio.

― Como está a nossa filha?

― Está ótima! ― Nicole foi curta e grossa. ― Eu preciso ir, Alexander. ― Levantou-se da cadeira e ajeitou o vestido de manga preto um pouco mais largo na curva do ventre. ― Você quer discutir sobre outra coisa ou eu posso ir para minha casa?

― Nicky, não diga isso! ― A feição dele mudou. 

Ele recordou de uma das consultas quando o psicólogo avisou que toda atitude negativa geraria uma consequência destrutiva.

 ― Não quer discutir sobre a pensão ou sobre a guarda dos nossos filhos?

― Não diga coisas estúpidas, Nicky! ― Tirou os óculos e colocou sobre a mesa.

― Este é o momento ideal para você dizer que eu sou pobre, minha casa é horrível e que eu não tenho condições de manter os meus filhos.

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