Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 11

— Você está falando sério? — A pergunta demasiadamente alta de Julia fez com que Gio levantasse os olhinhos assustados para ela. Lhe dediquei um olhar nada agradável, e ela murmurou um “desculpa”. Aquela euforia toda dela era porque eu havia contado sobre o almoço com Quim, e também que ele havia me convidado para sair e eu não recusei. Podia ver os olhos dela brilharem de felicidade. Até parece que era com ela que estava sentindo tudo aquilo, só que, no fundo, eu sabia que não poderia julgá-la.

— É… Eu estou falando sério! — Peguei o meu filho do berço enquanto ele tentava morder o seu brinquedo de silicone. Beijei a sua apreciada querida, e ele balbuciou alguma coisa que eu não sabia o que era, mas que ele entoou com uma conotação entusiasmada, logo depois de se assustar com o jeito de Julia. — Não era o que você tanto queria? Que eu seguisse em frente? Você praticamente abriu um fã clube para o Quim, antes mesmo de conhecê-lo pessoalmente. — Falei, e ela deu de ombros.

— Você está certa. Eu quero que você siga em frente. Mas eu não disse que tinha aberto um fã clube para o Quim. — Julia debochou, imitando o meu jeito de falar, e eu segurei o riso. Já Gio achava que aquilo era a melhor comédia do século, pois ele riu como nunca. Era bom saber que pelo menos ele conseguiu não se conter. — A mamãe tem que ser feliz, não é, meu amorzinho? — Ela questionou a Gio, que lhe respondeu com mais gargalhadas. — Gabi, eu não quero que faça as coisas porque eu quero; simplesmente quero que você se permita viver e não fique presa. Ah, bem… — Ela não terminou, e nem era preciso.

— Eu não estou presa a nada, eu só estive focada em meu filho. Você sabe muito bem disso. — começamos a caminhar em direção à sala, onde o nosso jantar nos esperava. Júlia havia arrumado tempo pra preparar algo delicioso para nós, ainda mais que Diogo havia arrumado um tempo pra gente naquela noite. Era bom estarmos todos juntos depois de um longo dia de trabalho.

— Eu sei. Eu e Diogo estivemos presentes nesse processo todo, mas acho que Diogo não presenciou coisas como eu. — Engoli a seco e apertei Gio a mim. — Gabi, não faça disso uma guerra, ok? — Júlia pediu quando nos aproximamos da sala, onde Diogo já nos esperava.

Nós tivemos um jantar bem animado. Cada um falando um pouco do seu trabalho, brincando e ninando o meu filho. Tudo isso com um cardápio especial que Julia tinha preparado para ele. Gio adorou cada colher que lhe era oferecida, e a sobremesa foi uma bela torta de climão, depois que Julia abriu a boca para dizer que eu iria sair com um colega de trabalho. Eu sei que Diogo ainda não estava preparado para aquilo. A minha gravidez já foi um baque para ele, mas aquilo estava sendo bem mais real, principalmente por ele estar apegado a Gio e achar que outro homem poderia lhe tirar o lugar.

— Será que nós podemos conversar agora? — Perguntei a Diogo, assim que Julia abriu a porta do quarto com apenas uma camisa dele no corpo. Ela me deu passagem e foi colocar um short. Eu ainda não estava preparada para ver Julia desfilando de calcinha, mesmo ali, no quarto onde ela dividia com Diogo.

— Gabi. Acho que não é necessário, até porque você já não é mais a menininha que precisava de mim vinte quatro horas por dia. — Meu irmão falou, e eu me senti ao seu lado na cama, sabendo que aquilo era um grande drama dele. Julia sabia disso também e revirou os olhos.

— Sem dramas, meu amor. Gabi sempre será a sua irmãzinha. — Julia falou, e eu tive que concordar. — Só que ela já é uma adulta e mãe. Mas além de tudo ela é uma mulher jovem e que precisa viver. — Bem, eu não colocaria as palavras daquele jeito, afinal eu não estava tão empolgada pra sair conhecendo alguém, mesmo que fosse alguém tão legal quanto Quim. Eu não iria contrariar os argumentos de Julia, já que foi basicamente ela que causou aquilo.

— Não me fale dessas coisas, Julia. — Nós dois rimos, mas parece que ele não achou a menor graça e estava seriamente irritado. Ele era um verdadeiro cimento e sempre foi aquele jeito, só que ele tinha que aceitar que aquilo não tinha cabimento.

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